Liberdade

Amores asumidos

Meu coração tá batendo forte meus pés não param quietos no chão , observo a ambiente até que o guarda chega com Eduardo , ele me olha e por um momento vejo receio em seus olhos , coloco os cotovelos sobre a mesa e ele senta na cadeira que está na minha frente .
- Oi . - Sua voz me tira do transe que seus olhos me provocaram.
- Oi .
- Como vc tá ?
- Bom eu que divia te perguntar isso , como vc está ?
- Bem , aqui não é bem um hotel cinco estrelas mas tô sobrevivendo .
Sorrio e a tensão que dominava meu corpo some , até que seu rosto fica sério .
- Seu pai foi preso.
- É , eu sei . - Ficamos nos olhando . - Sei que não  e o melhor momento ,  definitivamente não é mas ... - ele se levanta e vem até mim , ele pega minha mão e levanto , assim que suas mãos envolvem minha cintura pela primeira vez eu me lembro de um grande detalhe .
- Vc tem namorada Eduardo .
- Não tenho mais e quero que vc termine com o Felipe .
- Vc não quer nada idiota. - Ponho as mãos em seu peito o impurando levemente e óbvio que ele não me solta .
- Vc vai continuar nesse jogo duro Marta , eu sei que vc gosta de mim como gosto de vc .
- Gosta mesmo ?
Ele sorri e morde o lábio inferior .
- Gosto , gosto muito . Até que tentei negar isso pra mim mesmo mas não adiantou . - Diz bem próximo de mim , sinto sua respiração e sorrio .
Seus lábios se celam os meus e meu corpo estremece não acredito que isso está acontecendo , abro sutilmente minha boca e sua língua a envade , aproveito a sensação é acompanhado seu ritmo , coloco minhas mãos sobre seus ombros , e logo encerramos , fico sem graça e tiro minhas mãos de seu ombro , ele me abraça e me aconchego em seu ombro.
- Eu já terminei com o Fê .
Ele respira fundo .
- Vc não sabe o quanto isso me deixa feliz . Marta a partir de agora meu banco e seu também.
Sorrio e dou um soquinho e me seu ombro saindo de seu abraço .
Ele ri .
- O banco nunca foi seu .
- Sempre foi meu .
- Idiota .
- Bom , o tempo acabou . - diz o guarda .
- Ok . - assinto e ele sorri pra mim em despedida , dou um tchauzinho e saio dali , voltando pra casa .
(...)
- Então vc é o Fê já eram ?
- É Ly mas eu gostaria de voltar no tempo em que éramos somente amigos mas agora já foi .
- Pois é shipava tanto .
- Eu sei , mas o coração gritou , eu não podia continuar com ele , meu sentimento pelo Eduardo é muito forte .
- Quem diria ... Eu diria .
Riu .
- Vamos lá pro meu quarto quero cantar e estravassar um pouco .
Não dá outra , ligo o som e Projota envade o quarto .
- Minha alma pulveriza a faça de quem tenta me ferir . - gritamos em rimos .
Guto narrando :
- O que significa isso Guto ? - O tom alterado do meu pai envolve o quarto assim que entro nele .
- E isso mesmo . - digo de cabeça baixo , deveria ter queimado mas não consigui pois era a única carta que minha mãe me enviava a anos , fui fraco .
- Por que não me contou .
- Por que vc não merecia saber e eu não merecia ficar sem a herança , sem casa ! - o enfrento com toda a minha mágoa.
- Vc não é meu filho mas até uma hora atrás era , vc acha que eu te expulsaria de casa , quem vc acha que eu sou ?
- Um prepotente arrogante que só pensa  em trabalho .
- Vc não me conhece ! Apesar de tudo sou seu pai e te amo !
- Não , vc acabou de ler a carta que minha mãe me escreveu , vc não é meu pai !
- Sou sim , não importa o que essa carta diz , eu te amo .
- Merda nenhuma , sai do meu quarto .
- Não , agente vai se acertar agora , não agredito que chegamos a esse ponto .
- Mas chegamos .
- Não vou te deserdar pra todos os efeitos vc é meu único filho , quando quiser conversar me procure ! - diz e sai do quarto.
Por essa eu não esperava !