Claustrofobia

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Gente, voltei!!! Prometo não decepcionar vocês dessa vez, me perdoem por ter demorado quase 2 anos pra atualizar essa história, juro que vou manter um ritmo de postagens por semana, uma ou duas vezes, já que a escola tá apertando mais que a calça jeans depois do almoço. Então, fiquem com a continuação e com esse capítulo. Comentem aí o que acharam e é nois! Espero que gostem, amo vocês!❤️

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Acordei já focada no meu alvo, que tinha nome, sobrenome, tanquinho, beleza, charme... Nossa! Bem focada você né Alice?! Mas enfim, meu plano já estava totalmente calculado em minha mente, só precisava da hora certa pra colocá-lo em prática. Essa hora seria depois que eu voltasse da escola, quando minha mãe e meu padrasto fossem trabalhar. Claro, eu não sou tão ingênua a ponto de pensar que ele não iria fazer algo pra me provocar também, porém a minha filosofia é a seguinte: "a vida é tipo uma partida no truco, quem faz a primeira tem 99% de chance de ganhar o resto." ( e só pra me gabar, eu sou profissional no truco!)

Os adultos começaram a liberar a casa, estava na hora de começar o meu plano. Primeiro precisava chamar a atenção dele até meu quarto, comecei a gritar.
— O que tá acontecendo?!— chegou Miguel todo desesperado, o coitado parecia que tinha corrido uma maratona de 5km pra chegar até meu banheiro.
— Tem uma barata atrás do vaso!!!— gritei quase chorando.
Até aí você pensa, o que tem demais nisso tudo não é mesmo? Calma! Eu sou um gênio quando quero.
— Não acredito que você me chamou aqui por causa de uma batatinha de nada!— ele falou debochando e querendo ir embora.
— Não, não! Por favor! Mata ela, eu tenho muito nojo dessa coisa!— falei fazendo uma carinha angelical inegável.
Ok então! Mas fecha a porta pra ela não ir pro seu quarto.— disse ele nem suspeitando que esse era o ponto chave de toda a minha obra prima chamada "meu plano". O problema era que a maçaneta do meu banheiro era estragada e se fechasse a porta não daria mais para abrí-la. Estávamos presos, num mini lugar, eu só de roupão e lingerie, naquele calor. Podem confessar, eu sou demais não é mesmo?
Véi, você é louca?! Nós estamos presos!— falou ele com raiva no olhar, que olhar!
— Eu?! Você que me mandou fechar a porta, você que devia lembrar que ela era quebrada, a casa é sua!— falei me fazendo de desentendida.
— Ah tá bom, pensa que eu não sei que fez isso só pra ficar pretinha de mim?— disse ele maliciosamente se aproximando de mim. Ele pode ter até descoberto meu plano, mas não ia desistir dele agora.
— Como se eu quisesse ficar nesse lugar apertado, cheio de barata e, pra piorar, com você? Óbvio lógico que não! Não quero saber como é o inferno antes da hora.— me enviem um Oscar de melhor atriz.
— Aham, eu acredito! Acha que eu não lembro da nossa aposta, aquela que você vai perder logo hoje e sabe por quê ?indagou Miguel enquanto passava a mão pelo meu rosto e meu cabelo, fazendo-me perder a noção das coisas por uns segundos.— Pelo simples fato de que você não vai resistir quando eu chegar minha boca cada vez mais perto da sua.
E assim ele fez. Foram exatamente centímetros de distância entre meu rosto e o dele, meus olhos oscilavam entre seus olhos e minha boca. Pude ver que o efeito era recíproco, sabia que a vontade dele de me beijar era tão grande quanto a minha. Ficamos daquele jeito por alguns minutos, na esperança de alguém ceder e fazer o que, no fundo, nós dois queríamos, porém nada aconteceu (a não ser algo nele que subiu), nós dois éramos orgulhosos demais. Eu nunca havia sentido um tipo de conexão daquela, não era somente desejo, ou mesmo o simples querer da vitória, era algo diferente, sem explicação.A batalha estava apenas começando.
Você achou mesmo que eu não ia resistir né?— quebrei o silêncio causado depois daquele momento.
Então nega que não queria me dar um beijo?— disse ele me encurralando na parede do chuveiro, agora com mais tesão.
— Nego. Não tive nenhuma vontade.— falei tentando enganar a mim mesma, que estava com ainda mais vontade de tacar o fodase e ceder a tudo.
— Nega mesmo?— Miguel foi beijando meu pescoço e segurando meus braços na parede, foi se aproximando, se aproximando, até não resistir e me beijar. Seus instintos eram mais fortes do que seu orgulho. E o que eu fiz? Nada mais do que o que eu mais queria, a carne é fraca também.
Começamos a nos pegar muito forte, nós beijávamos desesperadamente como se o mundo fosse acabar naquele instante, minha mão passava pelas suas  costas arranhando, sério acho que foi o melhor beijo da minha vida. Estávamos tão suados que resolvemos ligar o chuveiro e entrar dentro dele, a consciência ainda não tava clara e aquilo rolou. A gente não tinha noção do que tinha feito.
Sentamos no chão do banheiro molhados, suados e cansados. Foi aí que a ficha caiu.
— O que que a gente fez?— perguntei séria e em choque.
— Não sei.— ele disse com uma expressão um pouco diferente da minha. Ele tava feliz e assustado ao mesmo tempo, era para eu estar assim também, mas a vozinha na minha cabeça tava gritando de preocupação.
— O que a gente vai fazer agora, então?— implorei por uma solução, ficando em posição fetal, quase chorando.
— Calma.— disse ele me abraçando de lado. O que tava acontecendo?— Vai ficar tudo bem.
Ele tinha me surpreendido, era como se nada mais importasse a não ser nós dois naquele momento, fodasse nossos pais, fodasse o mundo, eu precisa dele. Eu queria ele.
— Mas, mudando de assunto, você que cedeu primeiro, né?!— disse rindo e me virando para ele.
— Ah, mas você não recusou em nem um segundo!— falou Miguel tão rindo, até que....
Alice, Miguel, CHEGAMOS!!

O Filho do Meu Padrasto ღOnde histórias criam vida. Descubra agora