Traição

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Gente, desculpa por hoje, o capítulo vai ser bem curtinho, porque o dia foi pesado e agora a noite eu to passando mal, prometo que amanhã vou fazer algo bem maior e melhor. Desculpa de coração, espero que entendam... amo vocês! Outra coisa, me perdoem os erros de escrita e formatação, não tive tempo de olhar antes de postar. Desculpa (muitas desculpas em uma introdução só)

Acabei dormindo depois de tanto chorar, fui acordar só a noite. Tinha um dia que eu não comia e mesmo assim não estava com fome, acho que a bebida do dia anterior me deu uma úlcera no estômago, pois não tem como ele estar doendo tanto. Minha cabeça ainda latejava e meu corpo estava fraco. Eu estava muito mal, física e psicologicamente.
Tomei um banho para ver se melhorava o mal estar, desci na cozinha e peguei uma caneca de leite com chocolate e fui para ir jardim, tomar um pouco de ar fresco.
O que estava acontecendo comigo? Eu dei PT (nunca tinha dado), fiquei com meu melhor amigo, quem eu nunca tive interesse de ficar e estava tão mal por causa de um menino. Nada disso tinha acontecido, pode parecer drama, mas isso era muito para mim. Eu só queria chorar e fugir de todo mundo, era muito ruim não ter para onde correr, queria meu pai, só que ele estava longe demais, queria alguma avó , porém ela nem nesse mundo estava mais, queria minha mãe, mas essa não podia saber de nada que estava acontecendo, queria um irmão... ele era o principal motivo de tudo isso.
Estava perdida em meus devaneios e nem percebi quando alguém chegou, era Miguel trazendo um pacote de bolachas de maisena consigo.
Miguel: Oi, Alice.— disse ele com tom leve e meio triste, ele estava se esforçando.
Alice: Oi, Miguel.— falei no mesmo tom que ele, sei lá, eu queria ficar sozinha, mas parecia que precisava dele, não sei nem explicar isso.
Miguel: Como você está?— perguntou ele sentando-se ao meu lado no banquinho.
Alice: To normal...— falei e tudo que a Giovana e o Enzo tinham falado mais cedo voltaram à tona e ecoavam na minha cabeça.— Desculpa por ontem e por hoje, não sei o que me deu, eu fiquei muito bêbada, não lembro de nada que aconteceu.
Miguel: Não lembra de nada mesmo?
Alice: Não.
Miguel: Quer que eu te conto.
Alice: Não precisa, a sua namorada já me contou mais ou menos o que aconteceu.— aquele 'namorada' saiu rasgando da minha garganta.
Miguel: Eu tenho certeza que não foi do jeito que ela te falou, você não devia acreditar nas pessoas que não querer seu bem.
Alice: Então por que deveria acreditar em você?
Miguel: Porque tudo que eu queria era ser o melhor para você, mas eu não posso.— sobre o que ele estava querendo dizer? E por que eu to paralisada com meu coração disparado?
Alice: Ah, então me fala o que aconteceu.
Miguel: Promete que você não vai falar isso pra ninguém? O que eu vou te contar que aconteceu?!— ele me assustou com essa pergunta, tava parecendo mais sério do que o que eu pensava. Fiz que sim com a cabeça, ele começou a falar.— Você bebeu muito, mas não fez nada demais, você estava apenas dançado e curtindo com as suas amigas, mas teve uma hora que o Enzo chegou em você e te puxou a força da pista tentando te levar pra casa dele, você não queria, só que por estar bêbada, você você não tinha força pra fazer nada e foi com ele.— quando ele terminou de falar meu mundo desabou, eu comecei a chorar muito, ele me abraçou de lado, só que eu não parava de chorar, eu não conformava que aquilo realmente tinha acontecido, não era possível que o meu melhor amigo tinha se aproveitado de mim, não dava pra acreditar. E o pior de tudo, ninguém fez nada!
Alice: Ninguém tentou me ajudar?— custei dizer isso aos soluços.
Miguel: Eu... eu tentei, eu briguei com ele, fui atrás até o último segundo, a gente quase saiu no soco, só que seguraram nós dois, não iria deixar ele levar você, mas a Giovana me impediu de ir, quando consegui me livrar dela, ele já tinha te levado embora. Eu nunca vou me perdoar por isso.— ele também começou a chorar, estava realmente culpado, não sabia se me acudia ou acudia ele, nos abraçamos com ainda mais força. Eu me sentia usada, triste, nojenta, porém estava feliz com Miguel, eu estava feliz porquê ele me protegeu, porquê ele estava ali e porquê o amava. Calma... eu o amava.
Virei para ele, olhei no fundo dos seus olhos e ele nos meus, eu conseguia ver algo diferente em seu olhar, parecia que, sei lá, minha alma estava lá dentro, meu corpo entre seus braços e meu coração em suas mãos. Me entreguei completamente a ele e o beijei, ele correspondeu, e enfim pude saber qual o gosto de um beijo de amor verdadeiro.

O Filho do Meu Padrasto ღOnde histórias criam vida. Descubra agora