Na vida todos tem um ponto fraco, isso é fato, Roy tem seu ponto fraco assim como qualquer outra pessoa, sua esposa era seu ponto fraco.Roy era um cara consciente de suas ações e era um caçador exemplar, por isso não aceitaria fazer um acordo com aliens, mas aquele acordo se tratava de sua esposa, a coisa que ele mais ama no mundo.
Os aliens tem uma incrível capacidade de trazerem as pessoas, que já morreram, de volta à vida. Isso tudo se da pelo que eles chamam de "cérebro" ou "mãe" que é uma inteligência artificial que comanda todos eles. O "cérebro" seria uma espécie de Deus para eles, sem o cérebro eles jamais conseguiria ressuscitar.
Roy viveu muito tempo com sua esposa e todo e durante esse tempo foi muito infeliz. Será que realmente é necessário alguém pra nos fazer feliz?
Essa é a pergunta que Roy se faz todos os dias ao acordar e ficar um bom tempo sentado na cama esperando a resposta que nunca vem e provavelmente um dia virá, Roy é otimista em relação a isso.
-E o que vocês querem?
-Liberdade de todos os aliens que estão presos!
-ESTÁ LOUCO?
-Não precisa gritar
-Eu não irei fazer
-A escolha é sua, mas aposto que daria qualquer coisa para ver a Lady!
A chuva começa a cair sobre a cabeça de Roy e lembranças da Lady surgem em sua confusas memórias.Até onde vai um homem por amor? Roy foi longe, longe demais.
-Tudo bem. Eu liberto os aliens , e aí?
-Eles irão nos encontrar no local marcado e você terá sua esposa de volta!
-Como me garante isso?
-Eu não sou humano. Eu não irei lhe trair!
Roy queria não fazer isso, mas não teve outra opção de ver novamente Lady.
Regressou ao carro-nave para fazer uma missão extremamente arriscada, aquilo podia custar sua vida e sua felicidade.
-Amanda?
-Senhor
-Para prisão!
-Agora mesmo, senhor!
Essa era a maior chance de Roy, ele não pode erra de jeito nenhum. Roy tentou não ficar nervoso e relaxou o máximo possível. Roy liga o som do seu carro-nave e coloca Dream A Little Dream of Me, Doris Day, para tocar.
Após uma longa jornada, era hora de resolver isso de uma vez.Seu carro-nave pousa discretamente perto da prisão de aliens e ele adentra o local na maior tranquilidade, que fosse possível demonstrar.
-Boa noite , senhor como posso ajudá-lo?
-Eu estou aqui para interrogar alguns... é... prisioneiros!
-Ok, cadê seu distintivo?
Roy entrega seu distintivo à mulher, que o devolve logo em seguida
-Tudo bem! sua entrada está liberada, senhor
-Obrigado!
Roy estava muito nervoso com aquela situação toda e a cada passo que dava naquele longo corredor, iluminado por Led's azuis, na parte inferior , era estressante.
Roy subiu lentamente às escadas da cabine de controle da portas das celas, assim que adentrou encontrou o homem que trabalhava lá dormindo no horário de trabalho. Roy sabia que aquele homem levaria toda a culpa, mas mesmo assim o fez. As portas das celas se abriram e Roy observou, da cabine, os aliens saindo normalmente, o último a sair olhou para Roy e Roy olhou para ele, logo em seguida o alien virou o rosto e saiu. Até aonde um homem vai por amor?
Mais tarde, no seu apartamento, Roy não conseguia dormir pensando no dia seguinte. Oque aconteceria? será que ele será descoberto? Aquilo o incomodava muito, seu cansaço era visível.
Aquela manhã foi extremamente diferente na vida de Roy, ele acordou, não com o som do despertador, nem do barulho urbano daquela cidade cinza, mas com o som doce da voz da sua mulher chamando-o
-Acorde, seu dorminhoco-Disse Lady com um sorriso no rosto
-Lady, é você!
-Sim querido, sou eu-Disse Lady abraçando-o
-Eu senti muito sua falta Lady!
-Eu estou aqui, meu amor-Disse ela com lágrimas que caíam no seu rosto, mas um sorriso imenso.
Roy tinha mais uma vez despertador nele a felicidade, em uma simples mulher, mas momentos de felicidades são passageiros e uma hora ou outra Roy seria descoberto, mas ele não ligava. Lady estava de volta e só isso que importa para ele.