Capítulo 3: Um recomeço

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Na vida todos tem um ponto fraco, isso é  fato, Roy tem seu ponto fraco assim como qualquer outra pessoa, sua esposa era seu ponto fraco.Roy era um cara consciente de suas ações e era um caçador exemplar, por isso não  aceitaria fazer um acordo com aliens, mas aquele acordo se tratava de sua esposa, a coisa  que ele mais ama no mundo.

Os aliens tem uma incrível  capacidade  de trazerem  as pessoas, que já  morreram, de volta à  vida. Isso tudo se da pelo que eles chamam de "cérebro" ou "mãe" que é  uma inteligência  artificial  que comanda todos eles. O "cérebro" seria uma espécie  de Deus  para eles, sem o cérebro  eles jamais conseguiria ressuscitar.

Roy viveu  muito tempo com sua esposa e todo e durante esse tempo foi muito infeliz. Será  que realmente é  necessário  alguém  pra nos  fazer feliz?

Essa é  a pergunta que Roy  se faz todos os dias ao acordar e ficar um bom tempo sentado na cama esperando a resposta que nunca vem e provavelmente  um dia virá,  Roy é  otimista em relação  a isso.

-E o que vocês querem?

-Liberdade de todos os aliens que estão presos!

-ESTÁ LOUCO?

-Não precisa gritar

-Eu não irei fazer

-A escolha é sua, mas aposto que daria qualquer coisa para ver a Lady!

A chuva começa a cair sobre a cabeça de Roy e lembranças da Lady surgem em sua confusas  memórias.Até onde vai um homem por amor? Roy foi longe, longe demais.

-Tudo bem. Eu liberto os aliens , e aí?

-Eles irão nos encontrar no local marcado e você terá sua esposa de volta!

-Como me garante isso?

-Eu não sou humano. Eu não irei lhe trair!

Roy  queria não fazer isso, mas não teve outra opção de ver  novamente Lady.

Regressou ao carro-nave para fazer uma missão extremamente arriscada, aquilo podia custar sua vida e sua felicidade.

-Amanda?

-Senhor

-Para  prisão!

-Agora mesmo, senhor!

Essa era a maior chance de Roy, ele não pode erra de jeito nenhum. Roy tentou não ficar nervoso e relaxou o máximo possível. Roy liga o som do seu carro-nave e coloca Dream A Little Dream of Me, Doris Day, para tocar.

Após uma longa jornada, era hora de resolver isso de uma vez.Seu carro-nave pousa discretamente perto da prisão de aliens e ele adentra o local na maior tranquilidade, que fosse possível demonstrar.

-Boa noite , senhor como posso ajudá-lo?

-Eu estou aqui para interrogar alguns... é... prisioneiros!

-Ok, cadê seu distintivo?

Roy entrega seu distintivo à mulher, que o devolve logo em seguida

-Tudo bem! sua entrada está liberada, senhor

-Obrigado!

Roy estava muito nervoso com aquela situação toda e a cada passo que dava naquele longo corredor, iluminado por Led's azuis, na parte inferior ,  era estressante.

Roy subiu lentamente às escadas  da cabine de controle da portas das celas, assim que adentrou encontrou o homem que trabalhava lá  dormindo no horário de trabalho. Roy sabia que aquele homem levaria toda a culpa, mas mesmo assim o fez. As portas das celas se abriram e Roy observou, da cabine,  os aliens saindo  normalmente, o último a sair olhou para Roy e Roy olhou para ele, logo em seguida o alien virou o rosto e saiu. Até aonde um homem vai por amor?

Mais tarde, no seu apartamento, Roy não conseguia dormir pensando no dia seguinte. Oque aconteceria? será que ele será descoberto? Aquilo o incomodava muito, seu cansaço era visível.

Aquela manhã foi extremamente diferente na vida de Roy, ele acordou, não com o som do despertador, nem do barulho urbano daquela cidade cinza, mas com o som doce da voz da sua mulher chamando-o

-Acorde, seu dorminhoco-Disse Lady com um sorriso no rosto

-Lady, é você!

-Sim querido, sou eu-Disse Lady abraçando-o

-Eu senti muito sua falta Lady!

-Eu estou aqui, meu amor-Disse ela com lágrimas que caíam no seu rosto, mas um sorriso imenso.

Roy tinha mais uma vez despertador nele  a felicidade, em uma simples mulher, mas momentos de felicidades são passageiros  e uma hora ou outra Roy seria descoberto, mas ele não ligava. Lady estava de volta e só isso que importa para ele.



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