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Depois da breve conversa com Kylo sobre vinhos Rey focou toda suas forças em engolir o vinho cheio de álcool. Estava ruim mas iria servir para a deixar menos tensa.
O cavaleiro se retirou e seu lugar ficou vago por alguns minutos até que um jovem,provavel de mesma idade que Rey tomasse o acento.
Era um menino ruivo,magro e irado.
-Sou Hux -disse o menino de uma hora para outra esticando a mão sem nenhum cavalheirismo,parecia mais um general que queria fazer negócios  com o país. Rey adorou o tratamento sério e respondeu também séria apertando a mão do homem.
De longe Kylo olhou a cena revoltado,ela se recusava a cumprimentar o cavaleiro e apertava a mão de um qualquer.
-Está perdendo para o filho de Hux -murmurou Florence perto dele segurando uma taça na autura da boca -Seu mestre irá adorar isso.

Kylo ren trincou os dentes,a energia de ódio que emanou de seu peito foi pesada para qualquer um sensitivo no salão. Que se resumia a Rey,era pouco notável para muitos mas a garota era poderosa na força,nem ela mesmo sabia o nome a dar para isso. A religião de seu sistema era cética a respeito de jedis e siths,davam outros nomes a fantasmas na força e ao lado sombrio.
Por isso mesmo seu professor de literatura um gohg de um metro e poucos havia a ensinado as coisas de um jeito diferente do que Kylo havia aprendido com seu tio jedi Luke e posteriormente com Snoke.
Ela sabia que haviam forças ruins,as fraquezas,que quando ela sentia medo ou ódio tomavam força e a controlavam,deixando forte com o corpo e fraca de espírito.
Mas também havia o equilíbrio,que se mostrava nela em grande parte do tempo,a tornando esperançosa,paciente e sábia.
Quando ainda escutava Hux-filho se apresentar ela sentiu uma tentação para a fraqueza vindo por todos os lados. O suficiente para se levantar deixando o homem falando sozinho e se retirar do salão.
Kylo imediatamente sentiu um estralo em sua mente,a garota era sensitiva a força.
Saiu do salão em passos largos arrastando a capa preta e seguindo a menina de capa vermelha.
No fim do corredor estava ela,encostada no vidro com os olhos fechados.
-Você é sensitiva a força -disse Kylo e garota abriu os olhos estressada.
-Sensistiva ao o que? -perguntou sem muita paciência. Não iria adiantar fingirsse de surda,ele era insistente.
-A força! -respondeu e ela continuo com cara de boba -Ora você é uma futura rainha,sabe do que estou falando!
-Você está falando de lado negro força sombria?
-Obviamente é meu lado.
-Interessante -ela respondeu dando as costas,cortando o assunto sem mais nem menos.
-O que? -ele perguntou para o vitro vermelho enquanto ela seguia pelo corredor -Espera ai garota!
Ela continuou andando e Kylo saiu igual um monstro atrás da menina. E quando não podia puxala pelo braço puxou a capa vermelha.
Rey quase caiu para trás com o puxão.
-Pare de correr de mim -ele disse estressado então suspirou -Porque você foge de mim?
Ela o mediu de cima a baixo. Era uma curiosidade genuína levando em conta que ela falava com outros homens.
-Você -suspirou -Não vem falar de negócios,está flertando.
-Não estou! -ela ergueu as sobrancelhas duvidando -Mas o filho de Hux também estava!
-Ele não sabe nem falar - ela disse e Kylo viu surgindo uma vontade de rir,enbotida na carranca.
-Então o problema é que eu flerto bem? -ele questionou e ela continuou muda -Ein?
-Nao estou disposta a perder meu apoio do consulado por um flerte bobo.
-Sinto lhe informar mas eu não flerto. Não me insinuo,se eu quero eu deixo bem óbvio.
Rey observou suas palavras e sentiu um certo convencimento.
-Magnífico -ela respondeu soltando a capa do vestido,deixando seus ombros a mostra e Kylo como um bobo com o manto na mão.
Dois passos ele alcançou Rey,com um puxão.
-Espera -ele chamou e ela se virou girando o vestido pesado preto. Os ombros eram recotados e sem a capa era bem mais insinuante do que bizarro -Que tipo de negócio um Hux poderia querer com você?
-Não te contaram que meu sistema tem minerio de metais?
-Contaram -ele disse sem deboche.
-Esse tipo de negócio.

No quarto depois de relatar o que podia a Florence,Kylo ficou curioso pela princesa.
Ela era esperta,poderosa e ainda sim não percebia que a mãe planejava sua execução.
Talvez não fosse tão esperta em relação a quem ela nutria carinho,mesmo sendo quem era Florence era sua mãe e bem na cultura de Rey a rainha não possuia pai nem marido. A filha herdeira era gerada por uma loteria genética,e os próximos filhos da rainha poderiam ser com seus amantes não oficias.
Por isso era proibido o amor antes de ser rainha-mãe,iria tornar em si o desejo de gerar a criança com o amante e seria uma desgraça que o primeiro filho fosse homem.
Do outro lado da base os pensamentos de Rey não iam muito além disso. Fora de seus castelo ela via rostos novos a todo instante,se via tentando não parecer uma idiota e falhando.
Não gostava da aproximação forçada de Kylo Ren,iria passar o máximo de tempo possível longe dos locais onde ele a acharia e foi o que fez.
Ficou no quarto,com as portas fechadas por longos dois dias,a mãe a tentou convencer de não ser rude mas Rey não podia deixar que ela notasse o comportamento do aprendiz de Snoke.
Dormia,comia e havia conseguido algumas tintas para pintar. Sua mão estava tremula e isso ainda se devia a toda energia que gastou no dia da invasão.
Depois de duas folhas rasgadas se virou para dormir. Mas estava impossível as paredes a sufocavam e nem podia abrir as janelas pois o ar exterior era carregado de polizominadol que acabaria com seu pulmão.
-Rey! -ouviu do lado de fora do quarto e gelou com a voz da mãe. Pegou o manto e se cobriu para abrir a porta.
Logo A rainha despejou informações sobre os países mais pobres do sistema estarem se juntando a resistência.
Rey entendia que eles queriam paz,e a resistência os ofereceria segurança melhor que o governo da mãe que era focado nas riquezas nas mãos de poucos.
-Você irá em missão até os Klabers,acalme a população dê um banquete. Você sabe resolver as coisas com eles.

Voltou para o quarto,era uma das raras situações que sua mãe a valorizava. Sorriu animada.
Iria para frente de uma rebelião,mas iria ser rainha por algumas horas.
Foi até o armário e escolheu o vestido mais simples ali,palha e leve,tocava o chão com apenas alguns detalhes dourados. Não iria usar joias diante de um povo que estava morrendo de fome.
Quando chegou a sala de entrada da ala leste não se surpreendeu por ser Kylo Ren que iria acompanha la.
Ele por outro lado estava muito surpreso dentro do capacete escondendo suas feições.
Não entendia porque mandar a menina que era como uma criança para resolver assuntos políticos,era estúpido e perda de tempo.
Já haviam sido mandandos troopers que dariam conta da revolta.
Na garagem do andar de saída os dois se acomodavam na pequena nave que dividiram apenas com o piloto. Rey olhava as próprias mãos respirando fundo enquanto a porta se fechava fazendo o barulho de compressão.
Cogitou em tentar conversar mas sabia que não teria o tempo de dissuasão necessário para ela não o ignorar.
Depois do salto até o sistema foram poucos minutos para aterrissar no alto de um enorme monumento.
Quando a cabine descompressionizou os dois ouviram os gritos do povo.
Desceram escondidos até o interior do prédio.
Lá dentro era luxuoso quase tanto quanto o castelo. Cheio de tapetes e decorações caras e tecnológicas.
Um homem com a farda do exército se aproximou logo dos dois e se ajoelhou aos pés da menina a comprimentando solene.
-É um prazer receber aqui vossa excelência. Sei que apenas com sua ajuda conseguiremos acalmar a revolta dos trabalhadores.
Rey assentiu e ignorou o que mais ele tinha a dizer o cortando. Para a surpresa de Ren ela era incrivelmente autoritária quando falava livremente.
-Preparem para um pronunciamento. Retirem os troopers das ruas não estamos em guerra com nosso próprio povo.
-Sem os troopers estavamos sendo ameaçados de saqueamentos da produção.
O homem alegou e Rey não sequer o olhou para responder.
-Pois se estão roubando o que mesmo produzem não estão roubando de mim! -respondeu passando os olhos pelo salão desorganizado-Preparem então os troopers eles iram servir de assistentes e enfermeiros para quem está doente.
-Senhorita...
-Sem nenhum porém. Mestre Ren o senhor pode vir comigo até minha sala -continuou sem exitar por um segundo -E o senhor general ordene logo a preparação do palco.

O homem saiu marchando tentando esconder o estresse com o que ele achava pirralhice.
-Então quer minha companhia? -Ren debochou e Rey negou.
-Preciso de um brutamontes caso alguém tente enfiar uma faca no meu pescoço. E não confio nos brutamontes daqui.
-E confia em mim?
-Confio que Snoke quer que me mantenha viva...por enquanto.

Kylo riu debaixo da máscara enquanto entrava num gabinete. No centro havia uma pintura de um pássaro,parecia feito de ouro o desenho. Assim como tudo ali era muito caro e luxuoso,até mesmo Kylo que havia vivido sempre cercado de conforto,aquilo era mais que tecnologia e conforto era ostentação de poder.
-É bem bonito mesmo -comentou ela parando de olhar a estante e dando um pouco de atenção ao cavalheiro.
Kylo se assustou,estava com o capacete,como ela sabia para onde estava olhando?
Voltou se para ela que pegava dois livros na estantes. Eram biografias das rainhas antes dela.
-O que está procurando? -perguntou com a voz robotizada e Rey o ignorou.
Sem muita paciência tirou o capacete,Rey ergueu os olhos quando ouviu o barulho da trava. Aproveitou os segundos que ele usava para ajeitar os longos cabelos negros,para observar seu rosto. Era bem bonito,meio assustador mas bonito.
Voltou os olhos para os livros o livro,estava lendo sobre sua tataravó,ela era uma apaziguadora.
Ren contornou a mesa e parou ao lado dela lendo o livro por cima dos ombros da menina. Ela se desviou deixando o rapaz parado olhando para o fundo da sala. Havia ali uma história contada na linguagem oficial do sistema,Kylo leu com pouca facilidade em um tom baixo.
"A cada rainha deve se uma função e dela vem seu nome. Anara troxe a fortuna,Dainy foi sinônimo de severidade,Florence está nos trazendo prosperidade,logo com Rey virá com a compaixão e união deixando que Kira seja como seu nome diz a destruição de quem nos trair!"
Ficou meio chocado que antes mesmo de nascer já era decidido a função.
-Eu sei -ela disse olhando o quadro de lado -Kira é uma droga de nome.
-Você vai ter uma filha chamada Kira que vai queimar seus inimigos.
-E aterrorizar -ela comentou e foi ali que Kylo percebeu uma chance.
-Não é uma certeza,ninguém nasce cruel.
-Mas é criado para tal -comentou ainda mais chateada -Ela será uma guerreira então não espere ver uma criança sorridente,divertida e boa.
-Você pode fazer que ela seja mais que isso -ele continuou insistindo,não podia perder a pequena brecha.
-Talvez essa não seja a minha função -ela disse e olhou no fundo dos olhos do homem de preto e disse seria -Que tipo de rainha eu seria se não desse ao meu povo o que eles necessitam,todos eles são meus filhos.
-Você realmente foi criada para a compaixão -ele disse sincero dessa vez.
-Não se foge à regra mestre Ren.

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