Capítulo 2

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** Vou postar o conto todo ainda hoje gente <3**


Kyrie

Segui o olhar do Johnson a tempo de vê-lo indo atrás das repórteres. Não sabia qual delas ele queria, mas se fosse a morena, era melhor dar pra trás e desistir, porque eu passaria por cima dele sem pestanejar.

- Ei. – Falei alto, me aproximando, vendo-o contrariado a me ouvir ou continuar com a perseguição.

Ele com certeza parecia a merda de um doido atrás de mulher.

- Kyrie.

- Qual das duas?

- A loira.

Respirei aliviado, mesmo que ele não tivesse percebido.

Não queria brigar com ninguém, mas aquela mulher tinha algo que eu queria muito entender. Seu sorriso, sua voz, pareciam me atrair e eu não correria contra. Sempre fui atrás do que queria, seja troféu, quebra de recorde ou mesmo um carro novo, e eu com certeza queria Dayane.

E eu iria atrás dela.

Não que fosse um objeto para eu possuir, mas sim, uma mulher com a qual eu queria ficar.

- Quer a morena? – Ele perguntou, lendo meus pensamentos, fáceis de adivinhar quando nossos olhares estavam voltados na mesma direção.

- Dayane.

- São melhores amigas. Ela é doida, boa sorte.

Eu gargalhei.

Se ela era doida, eu era insano.

Tinha alergia a pessoas normais e o que eu mais precisava era de uma suposta doida para me tirar de órbita por uma noite inteira.

- O que estamos esperando aqui?

Eu não era um cara que curtia ficar olhando, meu lema era ir pro ataque, sempre e quando precisasse. Arrependimentos ou xingamentos que ficassem pra depois.

Meu foco nesse momento era ganhar. Azar no jogo, sorte no amor. Tinha perdido essa partida pro Globe, mas eu poderia ganhar aquela morena e compensar a balança.

- Diane não gosta de astros, se eu for atrás posso ferrar de vez.

Não gostava de astros? E o que ela imaginava sobre astros?

Duas com o mesmo nome?

- Mesmo nome?

- Parecidos... São brasileiras.

- Eu sei.

Diziam umas coisas interessantes de brasileiras. Não que eu me deixasse levar por isso, mas eu gostava de mulheres tão interessadas quanto eu. O prazer seria para ambos, por que tentar disfarçar?

Eu achava idiotice. Por isso evitava as estúpidas e as que se faziam de idiota. Me irritava.

- Sei o que tá pensando, mas vai por mim, essas são incomuns e valem a pena.

Se tinha uma coisa que eu tinha certeza era que valiam a pena.

- Não duvidei disso em momento nenhum.

Ele continuou olhando e eu dei um tapa nas suas costas.

Ficar parado só atrapalhava.

- Eu vou atrás, você vem ou não? – Perguntei, já andando apressado na direção do vestiário.

Com a bola Toda - Conto Boston GlobeOnde histórias criam vida. Descubra agora