Desejo Iminente

Capítulo 4

  "Finjo estar bem para economizar explicações... " 

                                                                                              -RR.

Ainda estou aqui, andando por Manhattan, realmente é um lugar muito bonito e as pessoas daqui combinam com esse lugar, suas roupas combinam com esse lugar, esse pensamento faz com que eu desça o olhar pelo o meu corpo e definitivamente minha roupa não tem nada haver com esse lugar, isso me faz lembrar a minha mãe, ela sempre reclamou do meu jeito de me vestir, mas poxa, quero andar por aí confortável. Percebo pelos meus pés latejando que já andei um bom tempo, olho no relógio e são 20:40, meu deus! com certeza vai ser uma bela caminhada de volta, andei mais do que tinha imaginado, começo a procurar os pontos que gravei em minha mente, talvez uma loja ou uma placa, só assim para lembrar o caminho de volta. Sim, já andei um bom tempo, talvez uns vinte minutos, a rua que estou andando agora não tem erro, é só andar em linha reta, e vamos lá mais quinze minutos de caminhada, as lojas já estão fechadas e as pessoas começaram a sumir, por mais que meus pês esteja doendo, eu tento acelerar os passos, ouço um barulho de carro, olho para atras e só tem um único carro, estou tendo um déjà vu, não sei se é impressão minha mas tenho certeza que já li em algum livro uma cena parecida com essa que está acontecendo agora, melhor deixar minhas brincadeirinhas fora de hora de lado e começar a andar mais rápido, olho para trás novamente e consigo ver melhor o carro preto fosco que antes longe, agora está bem mais perto, se eu estava com alguma duvida de que esse carro esta me perseguindo, agora não estou mais, á medida que vou andando mais rápido, o carro vai acelerando, isso só pode ser brincadeira! O carro me alcança e começa a andar bem devagar atras de mim, minhas pernas começam a cansar mas eu me obrigo a correr mais rápido, então o carro para, e do nada ele acelera e some no meio da poeira que deixou para trás, mas que merda foi essa? provavelmente algum carinha de merda com um cérebro de merda! Tento descansar apoiando minhas mãos nos joelhos, começo a andar de novo poque não sou boba de ficar dando mole aqui, mas quando olho para frente... só pode ser brincadeira! O carro está à minha frente de novo vindo ate mim de ré, QUE MERDA! Fico parada sem saber o que fazer, mas o carro novamente para a mais ou menos cinco metros á minha frente, olho para os lados para achar alguma saída, mas não tem nada, as casas são muito distantes e a iluminação está pouca, quando eu ouço o ronco do motor eu me preparo para gritar, oh mas eu ia gritar muito, mas de novo o carro continua em linha reta, rápido demais para ser verdade, oh carrinho potente! Eu mal começo a pensar no que está acontecendo e começo a correr que nem uma louca, depois de cinco minutos eu vejo a maldita casa que parecia ter sumido do mapa, chego a entrada e comprimento o segurança e então, a unica coisa que consigo fazer é sentar no chão e respirar.

Ouço algo vibrando no meu bolso, fazendo me lembrar que ainda tenho um celular.

- VALERIE SIMONS, EM QUE LUGAR VOCÊ ESTA QUE NÃO É DENTRO DESSA CASA? -   a voz da minha mãe atravessa o telefone e finca no meu ouvido.