Por muito tempo perguntou-se quem era de fato... Mas descobriu que era incerteza. Seu coração reagia diferente a cada nova experiência vivida, tinha muitas opiniões formadas sobre muitas coisas, mas, não era tudo. Padrões? Essa palavra nem existia em seu vocabulário. Seu coração era como um bicho selvagem, ou melhor, era livre, e só queria sentir essa liberdade que tanto falam por aí. Ele (o coração) sempre a fez agir conforme suas batidas, aceleradas ou não... E talvez ter agido pelo pulsar do coração tenha sido sua melhor escolha. Ela usava o cérebro, claro, mas acreditava que pensar demais no que fazer em todas as situações talvez pudesse a travar, parar, e não deixá-la ir além. Mas, mesmo em meio à incerteza que ela era, descobriu algo certo: Era bom ser talvez! Deixava nas pessoas um gostinho de quero mais, um tantinho de curiosidade e até de admiração... Um dia alguém tentaria descobrir se esse talvez era 'sim ou não', mas, pensava que se ninguém viesse não haveria problema, pois, mesmo sendo incerteza, tinha certeza de quem ela era! Assim, encontrou nas suas dúvidas, no mistério do seu eu, no incompreensível sentir do seu coração, um motivo para ser feliz: ELA era ELA, ou talvez...
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Resquícios de mim
PuisiCada pessoa é um universo e cada universo é feito de pequenos fragmentos. Esses são os meus, em forma de poesia.