O que é o Islamismo? Em que os muçulmanos acreditam?

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O Islamismo (ou Islão) é uma religião que acredita em um só Deus e que um homem chamado Maomé foi o seu profeta. O seu livro sagrado é o Corão, que os muçulmanos acreditam ser revelações que o anjo Gabriel deu a Maomé.


Em que os muçulmanos acreditam?

Os muçulmanos acreditam em um só Deus (Alá significa Deus em árabe) que criou tudo e que enviou profetas para anunciar e lembrar ao povo a importância de o adorar. Eles acreditam que pessoas da Bíblia, como Adão, Abraão e Moisés foram profetas e aceitam partes da Bíblia como revelações de Deus mas que foram corrompidas. Para os muçulmanos Jesus foi só um profeta, porque Deus no Islão não tem filho. Maomé foi o último dos profetas e o Corão é a palavra definitiva de Deus não corrompida.

Acreditam num julgamento final de todos os homens, que ou irão para o Céu ou para o Inferno. O Islão também diz que todos estão predestinados (Deus sabe quem vai ser salvo e quem não vai) mas que temos livre arbítrio também. Acreditam que para ir para o Céu é preciso ser muçulmano.


As 5 regras do muçulmano – pilares do Islão

A vida do muçulmano é de adoração e sujeição ao seu Deus. Essas 5 regras são sua forma de mostrar isso:

Confissão de fé – uma pessoa torna-se muçulmana quando acredita e diz em árabe que só há um Deus e que Maomé foi seu profeta. Os muçulmanos repetem isso muitas vezes na vida porque é a base do Islão.

Oração – os muçulmanos oram a seu Deus 5 vezes ao dia virados para Meca, sua cidade mais sagrada.

Esmola – todo o muçulmano deve guardar uma parte do seu dinheiro para ajudar os pobres e necessitados. Muitos interpretam essa regra como uma chamada para a ação social também.

Jejum – no mês do Ramadão os muçulmanos jejuam desde o nascer até ao pôr do sol, para aprender disciplina e sacrifício. No fim do mês têm uma grande festa para celebrar.

Peregrinação – todo o muçulmano que tem possibilidade deve ir a Meca pelo menos uma vez na vida para participar de um ritual sagrado, visitando lugares importantes na História do Islão.

Há uma minoria que acredita que a guerra santa também é um pilar do Islão mas a grande maioria rejeita esse ponto de vista.


O Islão e a Bíblia

A grande diferença é que o Islão não aceita Jesus como Filho de Deus. Para o crente isso é irreconciliável com o que a Bíblia diz (1 João 2:22). O Islão não aceita a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e diz que Maomé era um homem perfeito, sem pecado (1 João 1:8).

Embora tenha raízes no Judaísmo e no Cristianismo, o Islão não está de acordo com a Bíblia. O crente deve respeitar o muçulmano mas rejeitar o Islão.


O surgimento do Islamismo

O Islão começou em 610 d.C. quando Maomé disse ter recebido uma revelação divina do anjo Gabriel quando estava no deserto. Ele começou a pregar em sua terra natal, Meca (que fica na atual Arábia Saudita), e ganhou muitos seguidores. As revelações continuaram durante vários anos e mais tarde foram escritos e organizados no Corão.

Maomé e os seus seguidores levaram o Islão para outras cidades árabes, que se uniram e conquistaram outras terras. Onde iam, pregavam o Islão e muitos povos conquistados se converteram.

O Islão é hoje a segunda maior religião do mundo, depois do Cristianismo.


Ser muçulmano não significa ser árabe

É um erro normal associar todos os árabes ao Islamismo. Mas os árabes são as pessoas que moram na Península Arábica. Tem árabes de outras religiões, como judeus e cristãos. Muçulmanos são as pessoas que seguem o Islão e podem ser de qualquer nacionalidade.

Tal como o Cristianismo, que se divide em Católicos, Protestantes, Ortodoxos e muito mais, o Islamismo também tem grupos com interpretações diferentes. Os dois grupos principais são os Sunitas e os Xiitas.

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