Noutro planeta

Capítulo 2

--Lauren on--

-Olha, eu ia agora almoçar na cafeteria. Queres vir comigo, Ell? -perguntou-me ele.

Ell? Gostei. Pergunto-me como ele me chamaria se soubesse o meu nome real.

-Ok. Por acaso estou a morrer de fome. - respondi.

Segui atrás dele até sei lá onde. Ele podia me estar a levar até à morte e eu sabia disso. Sabia, mas não me conseguia importar o suficiente para me afastar. Ele fazia-me querer aproximar, e eu não estava nada a gostar da sensação.

Chegamos, por fim, a uma sala gigante com imensas mesas e uma cozinha de cantina escolar. Aquilo devia ser uma escola, mas porquê que estava tudo vazio. Estava tudo tão deserto.

-Ora. Tem massa, arroz, frango, preparado de musse, queijo e pão. Eu não sei cozinhar. - diz-me ele enquanto penteia para trás o seu cabelo.

-Eu sei e vou-te ensinar. - digo-lhe.

Ele sorri para mim e assente.

Pego numa assadeira e em duas panelas. Numa das panelas meto massa a cozer e na outra preparo o frango. Digo-te para ir preparando a musse. Tenho de lhe explicar como fazer cada passo.
Estou a preparar a assadeira com massa, frango e queijo quando sinto a presença dele atrás de mim. Ele imana um calor sobre as minhas costas que me provoca arrepios por todo o corpo. Sinto algo no meu nariz. Ele ri-se. Passo o dedo no meu nariz e sinto um bocado de musse. Viro-me para ele e o olho intensamente. Ele para de rir.
-Não. Por favor, não. - diz-me.
Lembro-me de alguma coisa: eu podia me infiltrar mais facilmente se tivesse alguma relação com alguém do núcleo do grupo. Este rapaz estava mesmo aqui. Ele ia ser a minha chave para salvar o meu planeta. Sorri ao lembrar disto.
Olhei para ele novamente. Tinha de começar a tentar "seduzi-lo". Algo que não ia funcionar muito bem porque eu nunca tinha feito isso. Na minha escola, ninguém me conhecia. Tinha amigas que eram aquelas que todos os rapazes queriam, mas eu era apenas mais uma. Era baixinha, as minhas pernas eram gordinhas, minha anca era larga o que me fazia parecer mais gordinha do que era na verdade, os meus olhos eram castanhos assim como o meu cabelo. Não me achava feia, porém não era nada demais. O que era único em mim era a mancha de nascença que eu tinha na minha bochecha esquerda. Sempre gostei dela.
-Estás bem? - perguntou.
Acordei dos meus pensamentos com a sua mão que repousava sobre a minha bochecha esquerda. Ele esfregava o seu dedão sobre a minha mancha. Olhava-me intensamente. Olhei-o com a mesma intensidade.
Abri levemente os meus lábios. Tentava controlar a minha respiração. Ele desvia o olhar para os meus lábios. Coisa que eu normalmente odiaria. Mas normalmente eu também já teria ficado irritada com a sua mãe a tocar na minha face. Não gostava muito de toques. Principalmente de parte do sexo oposto. Voltou a subir os olhos para os meus e passou a mão para a minha nuca e chegou-se para mais perto. Deu um passo para trás. Senti o balcão atrás de mim. Não  conseguia ir mais para trás. Ele sorri e encosta a mim. Começa a baixar a cabeça para mais perto da minha cara. Sinto a sua respiração fundir-se com a minha de tão perto que as nossas bocas estão. Aproximo-me mais para ele e assim que ele vai tocar nossos lábios. Passo o meu dedo com musse nos seus lábios. Ele afasta-se e eu começo a rir.
-Sério?! Tu és má! - exclama.
Não contigo parar de rir. Assim que consigo me acalmar, pego na assadeira e meto no forno.
Ele pega em dois pratos e dispõe numa das mesas da enorme cantina.
-Queres beber o quê? - pergunta-me ele.
-Água, por favor. - respondo.
Ele pega numa garrafa de água e pousa na mesa. Pega numa garrafa de Ice Tea e pousa ao lado da água.
Estou a preparar uma pequena entrada com pão e queijo. E começo a ouvir uma música de fundo. Era uma musica linda Para Sempre do Dengaz. Ele aparece ao meu lado a sorrir muito. O quê que ele queria? Ele nem me conhecia e já me tinha tentado beijar e agora esta música.
Mas eu precisa dele para o meu plano. Mas su tinha medo de o beijar. Nunca tinha beijado um rapaz a sério. Olhei-o e mordi o meu lábio levemente a tentar decidir se o devia beijar. Ele suspirou e afastou-se. Estranho.
Levei a comida para a mesa e começamos a comer. Ele não falava. E parecia um tanto triste. Agora ouvia-se Friends do Justin Bieber.
Acabámos de comer e eu peguei nos pratos para os levar para a cozinha. Ele ajudou-me.
-Porquê que está tudo vazio aqui? - perguntei.
-Estão todos ainda na outra terra. Eles não querem se mudar para cá. Eles querem salvar a nossa terra. - respondeu.
-Tal como tu. - disse tentando obter alguma reação.
-Sim. Tal como eu. Mas eu não posso fazer nada. - desabafou.
-Então e a história da LM? - perguntei.
-Eu não faço a mínima ideia onde ela está ou quem ela é. Ninguém sabe. Nem mesmo ele. - bufou.
Será que devia mostrar-lhe os meus poderes. Talvez eu fosse mesmo a LM.
-Bem, tenho um sítio para te mostrar. - disse-me pegando na minha mão e entrelaçando os nossos dedos.
Andamos até à entrada principal e ele pediu que eu fechasse os meus olhos. Tive um pequeno receio de início mas este desapareceu quando ele sorriu para mim.
-Já podes abrir os olhos. - diz-me.
Assim que abro os meus olhos vejo uma enorme piscina interior. Aquilo era mesmo uma escola. Ainda estou a olhar para a grandeza da piscina quando ele fala.
-Anda. Vais ficar aí a olhar para a água? - diz com um sorriso enorme.
Começa a tirar a camisola e de seguida as calças. Atirasse para a piscina. O corpo dele era moreno e extremamente atraente. Não demasiado para um rapaz de 15 anos. Apenas melhor do que todos que eu vira. Muito melhor. Ele olha para mim à minha espera. Eu não tinha muita vontade de me pôr de roupa interior com ele. Não gostava de mostrar o meu corpo nem para a família. Quanto mais para um rapaz que eu mal conhecia.
-Não me digas que tens vergonha. - diz ele indignado.
-Eh, eu não te conheço. - gaguejei.
Ele sai da piscina e olha-me atentamente. Chegasse perto e sinto a sua respiração quente. Ele põe a mão na bainha da minha camisola e puxa-a para cima. Eu não consigo largar o meu olhar do dele. Então apenas levanto os braços pata que ele consiga passar as mangas. Agora vai para o botão das minhas calças e abre-o. Eu afasto e puxo pelas pernas ficando agora de roupa interior. Ele olha cada parte do meu corpo intensamente e sinto o meu corpo a arder. Cada olhar seu é como um lazer na minha pele. Agora ele chega-se mais perto e pega na minha mão. Caminhamos até à margem da piscina e nos atiramos. A água está morna muito agradável. Mergulho uma vez e quando volto à superfície noto que ele está encostado à parede da piscina a observar-me. Chega de pensar e pensar. Eu quero beija-lo. Nado até ele, que sorri. Me encosto a ele e observo os seus lábios. Chego perto. Ele põe a mão dele na minha nuca e eu agarro os seus ombros. Encosto os meus lábios nos dele. Os seus lábios são macios e carnudos. Sinto a sua língua a pedir passagem para a minha boca e sem mesmo pensar em como não estou pronta, abro passagem. Cravo as minhas unhas nas suas costas e ele passa as suas mãos pelo meu corpo. Eu jamais teria deixado alguém me tocar assim. Odiava toques. Odiava que alguém tocasse no meu corpo. Mas ali estava eu a beijar um rapaz numa piscina de roupa interior enquanto ele explora o meu corpo com os dedos. Eu já não era a mesma. Antes que aquilo dê em demais, afasto-me dele. Ele agarra-me e protesta contra o afasto. Ele me olha amuado agora.
-Já tiveste suficiente. - falei antes de sair da piscina.
Peguei numa toalha que tinha pousada numa cadeira. E estendi-lhe a outra.
-Beijas-me assim e depois só paras. - diz ele ainda um pouco amuado.
O seu beicinho é adorável.
-Fazemos assim. Eu vou te pedir um favor gigante. E em troca recebes mais um beijo. - disse-lhe.
- Um beijo igual a este. - exige.
-Ok. Então é assim. Eu meio que não sou da tua terra. E eu meio que tenho ali 2 amigas minhas desta terra que co segui salvar. Eu preciso de saber se este sítio é seguro para nós. Por exemplo, não nos vais matar, ou algo assim. - digo.
-Eu meio que já sabia. Mas tudo bem. - responde a rir.
Ele meio que já sabia? Quê?
-Eu matei duas raparigas que estavam a dormir ali. Eu achava que isto ia estar cheio de pessoas e tinha de arranjar os cartões. Sei que é estupido apenas pedir desculpa, mas eu não sei mais o que fazer. - desabafei de cabeça baixa.
Ele pega na minha cabeça e levanta-a para eu o olhar.
-Não penses nisso. Nem gostava delas. Somos só eu, tu e as tuas amigas aqui. Eu ajudo-te a salvar o mundo. Mas temos de encontrar a LM. Ela consegue salvar os que morreram. - explica.
- Obrigada, obrigada. - agradeço.
Sem pensar pego no seu pescoço e o trago para mim beijando-o quase tão intensamente como antes.
Ele agarra-me novamente. As nossas toalhas caem no chão. Paro o beijo e pego na toalha.
-Mais umas coisas. Onde posso dormir, tomar banho e arranjar roupa? - perguntei.
-Podes dormir na minha cama, eu durmo no sofá. Podes tomar banho na casa de banho do meu quarto e podes usar alguma roupa minha até arranjares alguma coisa para ti.
Ele pega novamente no meu braço e leva-te até ao seu quarto.