Alguns anos atrás...

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- Boa noite, doutor Davi! - subo as escadas e vejo meu viking gostoso sentado no chão e rodeado de pedaços de MDF, martelo, pregos, e outros materiais próprios para manualidades, ou artesanato como se dizia aqui e não em sua cidade natal

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- Boa noite, doutor Davi! - subo as escadas e vejo meu viking gostoso sentado no chão e rodeado de pedaços de MDF, martelo, pregos, e outros materiais próprios para manualidades, ou artesanato como se dizia aqui e não em sua cidade natal. Uma musiquinha country tocava baixinho e por causa da noite quente de verão vestia apenas uma bermuda surrada. Seu peito viril de macho gostoso era um deleite.

- Ei... boa! - ele me encara e eu me escoro na borda do murinho da varanda. Havia tirado a nossa rede do lugar e trabalhava em alguma coisa. - Chegou cedo. Passou na sua mãe? Como estão?

Ele questiona ao me medir dos pés a cabeça. Eu estava de vestido para suportar o calor que fazia, mas ele sabia que eu não havia trabalhado daquele jeito.

- Eu passei lá pra conversar com o doutor Charles, e aproveitei pra tomar um banho rapidinho! Corri o dia inteiro, não podia chegar aqui naquele estado! - eu falo e ele sorri como quem discordava. - Pedro te mandou um beijo na testa porque na boca eu não deixaria, e meu pai perguntou quando que você vai até lá para ensiná-lo a mexer com alguma coisa que ele comprou, mas não quis dizer porque era "um segredo entre genro e sogro". - eu falo e ele concorda sorrindo e me olhando com aquelas duas esmeraldas que me tiravam o foco. - O que está aprontando aí?

- Bom... era pra ser uma surpresa, um presente...

- E cadê? - eu me abaixo, olho para toda aquela parafernália e não consigo identificar o que ele estaria montando ou criando. Só tinha ferramentas e pedaços de madeira por todo lado. - O que está fazendo?

- Coloquei atrás de mim quando ouvi você descer do carro. - ele articula com as mãos para trás e ri de uma forma gostosa. Me olhava nos olhos como se não pudesse me deixar desviar para espiar o que tinha ali. - Quer olhar pra cima, por favor? Deixa eu terminar, senão não terá graça!

Ele pede, eu me levanto e viro de costas, ouço ele mexendo em tudo creio eu que para esconder o tal objeto, mas imediatamente sinto seu corpo forte colar em minhas costas. Ele me abraça, sua boca avança em meu pescoço, e uma paz absoluta toma conta de todos os meus sentidos.

- Tão cheirosa... - ele deposita um beijo demorado ali, e aperta minha cintura em seu abraço de urso grande. Davi era um armário de tão forte, alto e gostoso. - Não gosto de pegar folgas em dias diferentes de ti. Sinto tua falta o dia inteiro!!!

- Você viu que eu tentei mudar, não consegui. Lin não pôde trocar comigo!

- Eu vi. Você tentou... mas a saudade foi mais dolorosa hoje! Quase me matou.

- Por quê? - eu me viro a tempo de vê-lo sorrir.

- Porque você não deixou arroz pronto e eu não sei fazer. Sempre sai queimado embaixo, e cru em cima. - ele fala e eu dou risada. - Estou com macarrão instantâneo no estômago o dia todo!!! - ele fala e ri da minha cara. Sua risada era deliciosa!

DEGUSTAÇÃO - Nas Suas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora