dezesseis

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(Narração na terceira pessoa do singular)

- Mas tem que haver algum jeito, sempre há. - Lisa falava andando de um lado para o outro naquela sala, procurando uma saída. - Nesse mundo sobrenatural onde coisas loucas acontecem, não seria impossível trazer uma humana de volta a vida, seria?

- Eu não sei. - Jamie disse, com a cabeça baixa, ainda tinha Laura nos braços. - Ela estava com o cristal de minha irmã em seu colar, mas o tiraram, não está aqui. - Ele passou os dedos de leve sobre o pescoço daquele pequeno corpo deitado em seus braços. - O cristal, além de proteger dos males de seres sobrenaturais, também restaura a vida uma vez.

- É ISSO! - Lisa pausou. - Use o seu cristal pra fazer o feitiço e ela reviverá.

- Uau, como não pensei nisso? - Jamie retirou o anel que usava desde sempre e o colocou no dedo anelar da mão direita de Laura. - Mas para isso ela terá que ficar pro resto da vida com o cristal.

- Se o retirar, ela morre? - Lisa interrogou.

- Não e sim... quer dizer, digamos que ela faz um selo com o cristal, se retirar ela fica fraca, doente e tem sim uma pequena possibilidade de morrer. É uma coisa séria. Você chama Raabe por mim? posso sentir que ela ainda está na parte externa do porão e meus feitiços não funcionam sem outro bruxo.

Lisa concordou e foi procurar Raabe, que ficou na carroça, junto de Marcus e Antônio, que estavam completamente apagados. A bruxa entrou novamente no porão e Lisa ficou na parte de fora ao lado de seu irmãozinho. Raabe não questinou nada, apenas aceitou em ajudar Jamie a fazer o feitiço. Os dois juntaram suas forças e selaram o cristal com a vida de Laura. Ela não despertou imediatamente, a reação de uma bruxaria séria não era tão rápida.
Os que dormiam sob feitiço acordaram e ficaram felizes ao ver que tudo ocorreu como planejado. Jamie agradeceu por todos terem ajudado e cada um foram para suas casas. Laura ficou sobre a carroça e seu corpo estava entre Raabe e seu namorado. A bruxa não tinha dito uma palavra sequer desde que se sentiu culpada por matar a mulher de seu primo.

- Então, vamos pra sua casa? - O Príncipe perguntou.

- Pode ser. - Raabe respondeu.

- Foi muito cansativo, você sabe. Vamos dormir? Amanhã resolvemos tudo isso. - Jamie se pronunciou novamente, mas dessa vez não houve resposta. Raabe deu partida nos cavalos, os direcionando novamente para a Vila Alarious.

❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁

Aquela noite tinha sido longa e todos se cansaram, mas foram dormir felizes porque, no fim, tudo ocorreu bem.

O dia amanheceu, Jamie estava em sua casa e seus pais tinham acabado de chegar. Eles não podiam, de forma alguma, saberem o que aconteceu há algumas horas no porão daquele grande Castelo. A família real foi á mesa para o clássico café da manhã. Cada um em seus lugares, o mais novo ali não se pronunciou em nada, sobre nada; os únicos que conversaram eram Ana e Joseph sobre como a noite tinha sido muito produtiva... até ai tudo bem, mas Ana percebeu algo diferente.

- Filho?

- Senhora? - Jamie a olhou.

- Como foi sua noite?

- Bem normal. - Definitivamente não tinha sido normal.

- Ah, que bom, fico feliz em ver nosso filho crescer, se tornando um homem responsável, sabendo cuidar bem de nosso Palácio. Me sinto uma mãe orgulhosa. - Ela falou e o Príncipe forçou um sorriso o máximo que pôde.

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