Meire voltou com uma bandeja cheia de comida, mas imediatamente ficou pálida ao ver a porta da torre aberta.
-Não, não, não- Sussurrou Meire.
Ela tinha esquecido a porta aberta, claro que era praticamente impossível a princesa espetar o dedo numa roca e o feitiço se cumprir, mas nada mudava em relação a deixar a princesa escapar.
Meire entrou no quarto pensando que Aurora poderia estar lá dentro mas pelo que previa não era bem assim.
Deixou a bandeja em cima da mesa de refeição e saiu a procura de Aurora.
Revistou todo o corredor, mas, era em vão, a princesa não estava lá.
O castelo era enorme e Aurora não sabia onde ir, pois ela não conhecia o castelo. A coitadinha passou a vida inteira trancada no alto da torre.
Meire então tomou coragem e foi falar com seus superiores.
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-Como VOCÊ permitiu isso?- Perguntou o rei furioso, frisando a palavra você.
Meire tremia.
-Astolfo, fique calmo, não há nenhum perigo para Aurora nesse castelo- A rainha suavizou a situação - general Growver por favor, selecione um grupo de soldados e vasculhe o castelo em busca da princesa. Quando a encontrarem traga para a sala do trono.
O general Growver acenou.
-Como quiser Majestade. - Logo general se retirou.
O rei encarava a Meire como se fosse engoli- lá.
-Astolfo, pare já de encarar a pobre da Meire como se fosse comê-la viva. Você está a assustando!- A rainha o repreendeu. -Meire venha, aproxime-se Astolfo late mas não morde, ele apenas está preocupado com nossa filha, mas tenho consciência que nada irá acontecer a minha menina- A rainha abraçou Meire - Muito obrigada por cuidar de Aurora por todos esses anos. - Agradeceu- Jussara!- A rainha chamou sua criada de quarto- Leve Meire para tomar um chá para os nervos. Logo Aurora estará conosco, tenha fé.
Meire tinha fé, mas em seu âmago sabia que algo de errado tinha acontecido com Aurora.
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Aurora se deparou com uma velhinha fiando fios de lã em uma engenhoca que nunca viu.
Era diferente de tudo que tinha visto até hoje.
Aurora sempre foi mantida longe de objetos cortantes e sua mão sempre era coberta por uma delicada luva de couro.
O objeto era pontudo com uma enorme roda no meio.
-Ora,ora,ora...Quem é que me visita?-Questionou a velhinha. - Chegue mais perto, meus olhos já não vêem bem como antes.
Aurora nunca tinha visto alguém tão velho antes.
-Fale algo ou pensarei que você não escuta e não fala.
-Olá, Eu me chamo Aurora- Ela disse baixo, mas simpatizante.
A velhinha sorriu mostrando sua boca desprovida de dentes.
-Olá Aurora, pode me chamar de Velha da Roca.
-Como funciona esta coisa? -Aurora perguntou curiosa.
-Venha que eu te ensino, aproxime-se.
Aurora ainda meio insegura dava passos quase falhos.
-Tire primeiro essas luvas horrorosas.
Aurora mais que depressa tirou as luvas.
-Agora vem.
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A Bela Adormecida - Série Contos de Fadas 1
Historia CortaEra a comemoração do nascimento da tão esperada filha do rei Astolfo e da rainha Lièrgy. Era nessa ocasião que as fadas vinham presentear o recém nascido com "presentes" que era nada mais nada menos que qualidades. Eram sete fadas, mas apenas seis...