Capítulo 4

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Dois dias depois Victor avistou um castelo ao longe.

-Acho que o encontrei - Disse para si mesmo.

Ele correu mas antes de chegar ao castelo passou pelo vilarejo e estranhou. Todos pareciam adormecidos a julgar pelos roncos.

O feirante sentado num banco roncando, as crianças adormecidas perto do chafariz, como se em uma vida passada estiveram a brincar por ali, as pessoas caídas ao chão.

Por via das dúvidas, Victor tocou algumas para saber se elas realmente não estavam mortas.

Tudo parecia congelado no tempo.

Foi então que Victor percebeu que não só o castelo e a princesa estava adormecidos, o reino inteiro estava adormecido e isso incluía os animais também.

Contudo o príncipe continuou a caminhar, passou pelo vilarejo e chegou ao castelo, os guardas dormiam, não havia ninguém para descer a ponte levadissa, não vendo escolha o príncipe começou a escalar a enorme muralha. Ele chegou num ponto tão alto que evitou olhar para baixo. Mas não era apenas isso que o atrapalhava, era os espinhos também. O príncipe já se encontrava com os braços machucados.

Depois de muito escalar, finalmente chegou no topo da muralha e conseguiu entrar no castelo.

Desceu pelas escadas rapidamente e corria para chegar onde a princesa descansava em seu sono eterno.

Victor utilizarava a espada dada por seu pai, para cortar os espinhos que atrapalhava o caminho, começou a procurar onde se encontrava tal princesa. Olhou nos quartos e nada encontrou.

Foi então até a sala do trono e encontrou um homem e uma mulher sentados nos tronos, Victor supôs que aqueles seriam os monarcas daquele lugar.

Era intrigante como todo castelo encontrava-se dormindo.

Victor então subiu para a torre leste e lá encontrou aquela que tanto procurava: A princesa.

Se aproximou da cama e sua surpresa não poderia ser maior.

Era ela. A donzela que ria e gargalhava da janela da torre.

E como era bela.

Sua pele pálida, seus cabelos loiros em volta do travesseiro, sua boca formava um coração e seus lábios finos.

Victor então tocou nos ombros dela pensando que um sim toque iria acordá-la.

Queria tanto ouvir sua voz, tanto ouvir a gargalhada que o hipnotizava a tantos anos.

Quem sabe casar com ela e fazê-la feliz, não pela sua beleza aparente, mas sim por que algo dizia que ela era bela por dentro também.

Ela era sua bela adormecida.

Victor inclinou sobre ela e seus lábios tocaram os dela em um beijo de amor verdadeiro.

Victor estava tão distraído que nem percebeu que seu beijo era correspondido.

Quando percebeu isto, parou imediatamente Victor olhou para a donzela deitada na cama.

Ela o encarava.

-Olá! -Ele a cumprimentou.

-Olá -Ela bocejou e coçou os olhos -Quem é você e como eu vim parar aqui?-Logo ela perguntou.

Victor abriu um sorriso lindo"que voz linda ela tem",pensou.

-Prazer sua alteza, eu sou o príncipe Victor de Schensenburg e como você veio parar aqui é algo que eu não sei. -Explicou um tanto confuso.

A Bela Adormecida - Série Contos de Fadas 1Onde histórias criam vida. Descubra agora