Capítulo 16 - Nervos à Flor da Pele

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Mãe: O que foi?

Eu: Mãe é a Jéssica, ela tá no hospital.

Mãe: Como assim menino? O que aconteceu?

Eu: Eu não sei ao certo, parece que ela foi encontrar com o irmão no aeroporto e começou a sangrar e desmaiou.

Mãe: Ai meu Jesus, mas espera desde quando a Jéssica tem irmão?

Eu: Na verdade é meio-irmão, ela me disse uma vez que o pai dela traiu a mãe dela antes dela nascer e dessa infidelidade nasceu um menino. Nunca o conheci, só ouvia a Jéssica falar sobre ele. Mas esse não é o ponto mãe, temos que ir agora pro hospital.

Entramos no carro de minha mãe e fomos até o hospital, naquela hora percebi que estava mais que na hora de comprar um carro pra mim.
Chegamos ao hospital e já fui direto até a recepcionista, e perguntei sobre a Jéssica, a mesma me disse que o médico estava com ela e em breve apareceria para dar notícias.

Me sentei em uma das cadeiras da recepção e fiquei aguardando aflito. É quando percebo um rapaz sentado no lado oposto da sala, aparentava ter minha idade, cabelos loiros, olhos pretos. Ele me olhava como se tentasse me reconhecer de algum lugar, estranhei aquilo mas achei que fosse coisa de minha cabeça.

Após alguns minutos de espera o médico aparece e pergunta

Dr: Quem são os familiares da jovem Jéssica Soares Silva?

Imediatamente me ponho de pé e vou até ele

Eu: Eu sou o pai do filho dela

: Eu sou o irmão dela

Olho para trás e vejo o mesmo rapaz que me encarava se aproximar, tinha a impressão de conhece-lo de algum lugar, mas minha preocupação agora está direcionada Jéssica. Volto minha atenção ao médico e pergunto

Eu: Como ela está doutor?

Dr: Ela está bem agora. O sangramento foi devido a uma ferida no útero dela.

Eu: E o bebê? Está tudo bem com ele?

Dr: Teremos que fazer alguns exames, mas ela não perdeu o bebê e isso já é uma boa notícia.

: Eu posso ver minha irmã?

Dr: Claro, sigam até o final do corredor, o quarto dela é o 109.

Seguimos pelo longo corredor, ambos calados, porém eu sentia seu olhar em mim. Até que ele quebra o silêncio

: Minha irmã falou muito de você, é como se conhecesse desde criança.

Eu: Espero que ela só tenha falado coisas boas sobre mim. E poderia parar de me encarar? Eu notei e me sinto desconfortável com isso.

Ele ia responder quando chegamos em frente ao quarto com o número 109 na porta. Abri a porta devagar e a vi deitada na cama, não estava dormindo, estava apenas quieta. Me aproximei dela

Eu: Vocês me assustaram bastante hein

Jéssica: Nosso filho... Eu perdi ele? - as lágrimas molhavam seu rosto, acariciei suas bochechas e disse

Eu: Fica tranquila, nosso filho está bem. Vai ficar tudo bem. - e a abracei

Jéssica: Senti falta do seu abraço, ele me acalma.

Após sair do meu abraço consigo ver um sorriso tímido em seu rosto, é quando ela olha para trás de mim e vê seu irmão. Ela faz um gesto para que ele se aproxime e o mesmo o faz

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