Contemplar a vida

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CHEGAAAAAAAAAYYYYY RAPAZIADAAAAA

Estão se hidratando? Geeeennntteeeeee eu não via a hora de chegar nesse cap!

DIVIRTAM-SE <3

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Camila

Paramos em frente a uma casa que há muito tempo eu não frequentava. Se bem que eu nunca cheguei a realmente frequentar, os pais de Rebecca nunca gostaram de mim, então era raro permitirem minha entrada.

Matts usou toda sua autoridade de militar para os guardas abrirem os portões, assim que estacionamos em frente a escadaria que levava até a porta principal, desci do carro.

Eu não estava nervosa, irritada e nem mesmo com medo do que iria enfrentar. Queria apenas saber se a ômega estava bem, queria conversar com ela e explicar o meu lado da história para ela. Não sairia daqui até ter tudo resolvido.

- Vou ficar aqui, Milk. - Matts deu um beijo em minha testa. - Qualquer coisa, grita.

- Ok, amigo. - O abracei e comecei a subir as escadas.

Toquei a campainha e logo uma senhora abriu a porta. Sorri ao reencontrar Nona, a governanta da casa que cuidava de Rebs e de mim, quando eu entrava escondida para passar a noite com a ômega.

A senhora sorriu para mim e puxou-me para um abraço apertado e cheio de saudade. Afundei em seu colo, aquele colo de vó maravilhoso em que nos sentimos protegidos e acolhidos. Ela fazia carinho em meus cabelos e eu senti meus olhos se enxerem de lágrimas.

- Oh, minha menina, que saudade! - Segurou em meu rosto. - Mas que mulher maravilhosa você se tornou, eu sempre soube que ficaria mais bela. Entre, entre, temos tanto a conversar!

E foi puxando-me para dentro da enorme mansão. Nada havia mudado durante esses anos, até mesmo François, o mordomo, ainda trabalhava ali. Nos cumprimentamos de longe, franceses não são muito chegados à abraços e contato humano.

- Rebecca não mudou nadinha, meu bem. - Colocou um bolo de chocolate em cima da mesa da cozinha. - Não, não. Só cresceu. Está tão bonita! Você vai se encantar novamente! - Disse sorrindo. - Ela está estudando Direito em Harvard. Sim, sim. Conseguiu entrar lá. - Colocou uma jarra de suco de laranja ao lado do bolo. - Mas ela está aqui! Volta um final de semana sim e outro não. Os pais dela ainda não sabem que ela ficará aqui até quarta.

Nona gostava de falar bastante, como toda italiana. Eu apenas ria e assentia com a cabeça, eu sabia que não deveria interrompê-la. Aquela adorável senhora não havia mudado em nada, continuava a mesma ômega acolhedora de sempre.

- Os pais dela estão viajando. - Revirou os olhos. - Sirva-se menina, não os coloquei aí de enfeite. - Cortou uma fatia de bolo e colocou em minha frente, eu aceitei, claro. - Os pais da menina nunca estão presentes. Então ela decidiu ficar aqui comigo por mais algum tempo.

Encheu meu copo de suco e colocou perto de mim, para só então puxar uma cadeira e sentar-se ao meu lado. François apenas observava nossa interação, usava o típico traje de mordomo, enquanto Nona usava um vestido rosa clarinho e um avental bordado com florezinhas de crochê.

- Eu estou feliz, claro, sinto falta da criança. Bom, de criança ela não tem mais nada. Está uma moça. Senti sua falta também. Becca também sentiu. - Eu ia responder, mas fui cortada. - Eu sei, eu sei, aqueles dois. Nunca se importaram em ser pais e sentiram-se no direito de expulsar você da vida dela. Eu sei que não fez aquilo, não, não. Você não seria capaz, foi aquele menino endiabrado. Sim, sim, quando Becca acordou do coma, ela contou o que houve.

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