E eu tentarei... Consertar você

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Oláaaaaa demorei mas CHEGAAAYYYYY!

Esse cap eu trouxe para uma leitora que fez niver dia 10. Infelizmente eu não consegui fazer uma maratona, mas dedico esse cap à ela. 

Parabéns anjo lindo!

A música do cap é Fix You - Coldplay. Na verdade, eu ouvi apenas o instrumental, mas podem ouvir a música original e deixar tocar até acabar <3

Agora, DIVIRTAM-SE!

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Camila

- Sua filha da puta! - Machine berrava para mim, que estava deitada no chão sujo com a boca ensanguentada. - Eu odeio você, sua... - Chutou minha barriga com força.

Eu via a mim mesma agonizando pela surra que meu amigo me dava, ele andava ao meu redor, lágrimas de dor e ódio desciam pelo seu rosto pálido e seu peito subia e descia com força, evidenciando sua respiração errática.

- Você quer morrer, não é? - Gritou perto de meu ouvido, fazendo-me gemer de dor. - É isso que você quer! SEMPRE QUIS!

Ergue-me pela gola da camiseta e socou meu nariz, jogando-me no chão novamente. Eu chorava ao reviver aquela cena. Era doloroso saber que eu e meu melhor amigo havíamos passado por aquilo.

Uma hora antes ele me pegou usando coagulum, uma substância líquida e verde, muito parecida com absinto, porém com efeitos psicodélicos e que proporcionavam a experiência de quase morte.

Eu estava fortemente viciada naquilo. Bebia todos os dias, mas naquela noite, eu havia exagerado. Machine me viu com uma garrafa escura e tomou de minhas mãos, em seguida me arrastou para fora do galpão de lutas.

- EU AMEI VOCÊ PORRA! - Berrou novamente. - Você me prometeu que não usaria essas merdas se eu te trouxesse aqui! - Chutou meu estômago. - Em que momento perdeu todo o amor por sua vida?

Ele não entendia. Eu não tinha vida naquela época, tudo foi tirado de mim, arrancado pelas mãos do destino de forma brutal, sem que eu tivesse chance de defender o que me pertencia, perdi tudo, até a mim mesma.

- MACHINE! - Ergui a cabeça para ver Matts correndo em nossa direção. - PARA PORRA! - O soldado empurrou o outro alfa e rosnou. - Você vai matá-la!

Karla, a minha memória, havia parado de se mexer ou defender. Estava imóvel, aceitando a surra. Eu era capaz de sentir em meu corpo a dor dos golpes que a minha memória havia sofrido. Os olhos negros estavam opacos e fracos, com o supercílio sangrando.

- É o que ela quer! - O loiro berrou. - É o que ela sempre quis! Morrer! - Levou as mãos á cabeça e caiu de joelhos no chão imundo, soluçando, desesperado. - Ela quer morrer... porra...

Lágrimas pesadas escorriam por sua face, nunca havia o visto daquela forma, Gun Kelly estava derrotado, a forma física da dor. Fitava meus olhos sem brilho e sussurrava "por favor" em uma súplica para que eu parasse com aquilo, uma súplica que não foi ouvida por mim naquele dia.

- Camila. - A voz do doutor se fez presente. - Toque em na cabeça de sua memória.

Tudo ao meu redor girou e voltou ao escuro. Um grande vazio de nada, comigo no centro, apenas aguardando a próxima memória que meu Alpha Interior mostraria. Logo me vi dentro de um quarto de hospital.

Uma garotinha pequena segurava um ursinho pelo braço, era eu quando tinha sete anos. Fitava minha mãe sem entender o porquê ela estava naquela cama, dormindo por tanto tempo.

Picture of an AlphaOnde histórias criam vida. Descubra agora