CAPÍTULO 3

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Enquanto pensava no que fazer para sair dessa, uma batida na porta me fez pular. Nossa, agora estão batendo na porta. Era ele. Max me olhava com preocupação. O que está havendo?

— Melissa, preciso sair — E eu com isso? — Tenho que resolver algumas coisas. Eu não confio nesses dois e não me agrada a ideia de deixar você sozinha com eles. — Ele me olhava com ternura. Por que tanta preocupação com alguém que sequestrou?

— O que você quer dizer? — Fiquei confusa.

— Tome cuidado. Você é uma mulher bonita e atraente demais. — Ele disse me analisando. Senti o pânico tomar conta de mim — Volto o mais rápido que puder. — Ele se levantou, caminhou em minha direção, passou o dedo suavemente pelo meu rosto, se abaixou e beijou minha testa. Ele era quente. Senti meu rosto ferver e meu coração acelerar. — Até mais.

E ele se foi, me deixando ali, sem entender absolutamente nada. Que coisa!

Meu coração, que acelerou com seu contato, demorou a se acalmar. A estranha sensação de vazio que ele deixou ao sair, me deixou inquieta. Queria que ele estivesse aqui, que não tivesse ido. Mas por quê? Deve ser medo, concluí.

Levantei-me e fui ao banheiro, o único lugar que me sentia confortável e segura. Tranquei a porta. Resolvi tomar um banho demorado. Quando terminei, abri a porta do banheiro bem devagar. Não havia ninguém. Sai e encontrei em cima da mesa um copo de suco de laranja, café, pães e biscoitos. Entraram aqui enquanto estava no banho. Forcei-me a comer. Quando estava terminando, meu quarto foi invadido pelos outros dois homens que estavam sem o capuz. Um era negro, forte, ele tinha uma tatuagem que não consegui identificar no braço esquerdo, olhos pretos. Senti calafrios. O outro era o mais baixo do trio, mas também forte. Seus músculos eram desproporcionais ao seu tamanho. Ele era loiro, branco e com olhos escuros, trazia em suas mãos uma câmera.

— Vamos fazer um vídeo amorzinho, vamos? — Disse o Negro. Parecia que estava possesso.

O Baixinho caiu na gargalhada:

— Aposto que sou muito melhor do que seu namoradinho — passou me filmando — quando a gente acabar, você vai implorar por mais.

— Sei fazer umas coisinhas que você vai adorar — O Negro disse se gabando.

O pânico, mais uma vez, tomou conta de mim. Fiquei paralisada. Ele rasgou minha blusa e me jogou na cama enquanto o outro registrava tudo.

— Quando ele acabar, você será minha. — Disse o que estava filmando. Eu gritei, gritei, gritei... Mas ninguém podia me ouvir

— Pare, por favor. Pare! — continuei com os gritos. Fiz força, esperneei, mas nada fazia-o recuar. Quanto mais eu berrava, mais ele se excitava. Ele me tocava com fúria, mordia meus lábios e eu lutava inutilmente contra sua força. Levei uma bofetada quando, em um momento de desespero, mordi sua boca. O gosto de sangue imediatamente brotou em meus lábios.

— Vadia! — Ele gritou, me dando mais um tapa no rosto. Só que desta vez, a dor me deixou tonta.

O que aconteceu a partir daí foi como um flash. A câmera voou para longe juntamente com o dono e o Negro foi puxado de cima de mim, este tentou inutilmente acertar Max, que já estava com a arma apontada para ele.

— O que você pensa que está fazendo? — Perguntou o Negro. O outro ainda estava no chão sem entender o que estava acontecendo.

— Eu quem te pergunto. Que merda é esta que você pensa que está fazendo?

— Tá pensando que é só você, Max, que pode se beneficiar do corpinho lindo dela? — Ele cuspiu as palavras na cara de Max — Tá com ciúmes é?

O Homem que Roubou meu Coração [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora