Capítulo 7 - Flores e mentiras.

371 85 270
                                    


O sol estava começando a nascer quando Nikollay foi avisado que Pablo estava de volta ao acampamento. O homem então levantou de sua cama e foi para o banheiro que tinha em seu quarto, tomou uma ducha fria para despertar e não tardou a se vestir e ir de encontro ao jovem. Quando ele chegou a sala de reuniões o jovem estava dormindo sentado em uma das cadeiras e Madame Seraphine observava a janela.

Bom dia Nikollay, chegou um corvo de Ethan. Ele conseguiu o que você pediu. — Disse Seraphine com um sorriso nos lábios avermelhados enquanto estendia uma carta para ele. Nikollay pegou a carta e leu rapidamente, um sorriso formou-se em seus lábios e ele assentiu para Seraphine. Entendendo o olhar dele, a mulher se virou em direção a saída e caminhou lentamente para fora da sala. Quando estava sozinho com Pablo, Nikollay chutou um dos pés da cadeira fazendo o rapaz acordar assustado e quando ele viu Nikollay a sua frente ele ficou de pé. Estendeu uma outra carta para ele, Pablo sorriu de forma sínica enquanto esperava Nikollay ler.. Com o cenho franzido Nikollay tomou a carta em suas mãos e se surpreendeu um pouco ao reconhecer a letra. Ele sentou-se em uma das cadeiras e observou com atenção cada palavra que sua filha dizia e naquele momento seu sangue ferveu. Como Albert ousava se insinuar para ela daquela forma? Ele tinha o dobra da idade dela, ele era mais velho até que Nikollay, isso fez o estomago dele se revirar. Leu sobre os filhos mais novos de Travis e sentiu pena deles por alguns segundos, teriam que pagar pelos erros do pai. Quando leu as palavras da filha sobre banhos de água quente em banheira não conseguiu conter uma risada.

Você quase coloca o disfarce dela e o seu em risco com isso, Pablo. — Nikollay depositou a carta sobre a mesa e o encarou de forma séria. — Estou começando a reconsiderar enviar você, você me pediu para participar e eu já consegui a forma perfeita para te colocar lá dentro. Mas não posso deixar que arrisque a segurança da minha filha porque não consegue controlar sua paixonite. É, eu sei sobre vocês, deveriam aprender a ser mais discretos. — As palavras de Nikollay eram sérias e precisa, ele não poderia arriscar a vida de Luna por Pablo ser imaturo. Quando Nikollay fez menção a eles terem alguma coisa os olhos de Pablo se arregalaram, mas Mark havia descoberto tudo na última visita deles e contou para Nikollay, afinal seria algo que poderia distrair Luna e atrapalhar os seus planos. Mas ele tinha que admitir que seria bom ter alguém perto dela e alguém com algum tipo de dependência emocional, faria de tudo para protegê-la.

Me deixe ir, vamos fazer conforme combinamos. Eu prometo que não irei interferir na missão dela e nem irei coloca-la em risco. Eu daria a minha vida por ela. — Nikollay observou enquanto Pablo dizia aquelas palavras, o moreno ponderou por um tempo e depois assentiu. Sabia que Pablo era um excelente guerreiro e que no menor sinal de perigo ele tiraria Luna de lá. Sua filha era intensa o suficiente para ver o cerco se fechar aos seu redor e não fugir, ela ficaria e lutaria. Mas Nikollay não podia perde-la, ele não suportaria, então por isso ele precisava de mais alguém lá dentro.

— Você vai ter um dia longo pela frente. Tome um banho, fale com seus pais e depois se apresse para me encontrar, pegue todas as suas coisas. vou deixa-lo no limite da floresta e Ethan ira busca-lo no portão da cidade as 06:00. Não se atrase. — Ao terminar de proferir aquelas palavras Nikollay se levantou e Pablo fez o mesmo, acompanhou o rapaz até o lado de fora e respirou fundo aproveitando o ar fresco da madrugada.

◤━━━━━━━ ☆. ☪ .☆ ━━━━━━━◥

Ao ouvir a batida em sua porta Luna resmungou, ela estava cansada e morrendo de sono. Mas para todos ela tinha se recolhido logo apos o desastroso jantar, ouviu a porta se abrindo e estranhou. Pelo que ela se lembrava tinha trancado a porta, isso queria dizer que outras pessoas tinham a chave daquele quarto. O que não era muito bom para ela e seus planos, soltando um suspiro a jovem Luna se obrigou a sentar na cama enquanto um bocejo escapava de seus lábios. La estava Abigail, com seu uniforme impecável Luna sentiu preguiça só de olhar para ela, porque sua vontade era ficar dormindo.

Utópico. - Duologia Deverpolt.Onde histórias criam vida. Descubra agora