Em Pedaços

A vingança que me motiva

"Ela quer ir pra casa, mas não há ninguém em casa.                                       É aí que ela se encontra, quebrada por dentro.  Sem ter para onde ir, sem ter onde ir  para  secar suas lágrimas, ela esta em Pedaços por  dentro."       
                                                                                                                                                             

Acordo me levanto e sinto meu ombro arder,  ainda doía muito, mesmo assim levantei. Não sei quanto tempo eu fiquei desacordada ou como cheguei ali, puxo meu cabelo para trás e gemo de dor, a também uma ferida em minha cabeça, eu estava vestida com um conjunto de moletom azul era quente e confortável.

Olho ao redor eu estava em uma cabana, observei  havia um par de cadeira na varanda. as guarnições das janelas foram pintadas de branco, a floreira da janela estava tristemente vazias, havia também um tapete na porta de entrada dizia: Seja Bem Vindo.

A cabana era mais que pitoresca, havia tapetes no chão, um sofá velho estampado com rosas dominava a decoração da sala.
Uma lareira feita com pedras de rio, a frente enegrecida pelo uso, tinha duas cadeiras de balanço pintadas de amarelo diante dela, me aproximei com uma sensação de bem estar. toco em meu pescoço e sinto algo gelado entre meus seios. tiro e observo um cordão de couro prendendo um comprido pingente vermelho. 

_Como você esta se sentido?. virei-me para a voz de um senhor crisalho com uma cara um tanto carrancuda.

_Que bom.
venha comigo. Eu o segui até uma pequena cozinha, muito bem organizada, sentei-me em uma mesa de madeira maciça com cadeiras amarelas o que dava um toque muito especial a cozinha. Uma senhora que aparentava ter uns sessenta anos, serviu-me um prato de sopa quente. 

_ Qual seu nome moça?. perguntou o senhor.

_ Sou Alice. respondi com relutância.

_ Passou por mal bocados não é mesmo? Minha mulher e eu, te encontramos na porta da nossa casa, que bom que você conseguiu chegar até aqui. Caso contrario acho que você não teria sobrevivido com este ferimento sangrando.                                                                                                       você deve se considera uma moça de sorte.      - seu olhar era pura especulação.

_Diga-me Alice do que você esta fugindoobsevei a senhora foi tão direta que me engasguei com a sopa. todos os meus sentidos ficaram alertas. enquanto eles me olhavam aguardando uma resposta.

_Não estou me escondendo. só fiquei perdida.

_Então não haverá problema algum se te entregamos a policia amanhã, não é mesmo?

_ Não, Não a problema.  - _menti.

Levantei-me e me aproximei da janela. A noite já  caia novamente, o frio ameaçava entrar, limpo o vidro com a barra da manga do suéter que me vestiram, aperto  meus olhos afim de observa a paisagem já se escondendo na escuridão, ouço o riacho, mesmo longe, seu barulho parecia alto demais, assustador demais, toco meus lábios e meu coração se quebra, lembro da dor e tento apagar aquela triste memoria. 
Ela chama novamente minha atenção para ela, seu rosto demostra preocupação.

_ Bom, você pode ficar aqui por hoje.
Volto para a cama, sinto o olhar da velha senhora me acompanha. Decido ir embora assim que acorda.

O dia mal raiou e eu estou de pé ao lado da estrada, ergo meu braço assim que avisto um carro vindo em minha direção, ele não para, depois de alguma tentativas fracassadas consegui em fim uma carona.