faça de conta • fillie

#4 ciúmes, babe?

Brown ~

Acordei com o rosto todo amassado. Dizem que quando acordamos assim é porque o sono foi bom.
Rio ao perceber que Finn estava tocando a música "Shoul I Stay or Should I Go". Era essa a música que nossos pais - meu pai e de Finn - costumavam cantar pra gente quando eram amigos. Antes do meu pai falecer.

Fiquei sentada na cama ouvindo Finn cantar e tocar. Sorri igual uma boba na parte em que ele soltou um pequeno grito.

Finn tocava bem a guitarra. Isso porque ele cisma de criar uma banda. Seríamos eu, ele, Caleb e Noah; um primo de Finn que costuma aparecer sempre por aqui. Noah é muito legal, sempre dávamos apelidos um para o outro. Saudades desse carinha.

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Levantei da e fiz minhas necessidades. Tomei o café da manhã - dessa vez eu tive que dar o meu jeito; não tinha o bolo de chocolate da mamãe.

Minha priminha, Ava, ia passar o final de semana aqui com a minha tia. Ela é uma fofura. Já estou ansiosa.

As aulas na escola seguiram normalmente. Normalmente entre aspas, teve um "mini-desentendimento" entre o Finn e eu.

Flashback On:

Eu voltava do recreio no meu jeito bem lerda, prestando atenção no nada, quando esbarrei com um garoto desconhecido.

- Desculpa. - Ele disse segurando na minha mão, super gentil.

- Não foi nada. - Sorri sem mostrar os dentes. - Quem é você?

Eu não o conhecia. Pelo jeito era novo na escola ou estudava a tarde.

- Eu estou procurando a minha irmã. Ela estuda aqui. - Ele soltou minha mão. Ele era bonito e parecia ser legal. Estava vestido como um adolescente normal, tirando sua touca cinzenta num calor de 28 graus.

- Talvez eu possa te ajud... - "POW" foi esse o barulho de quando meti a cabeça em um daqueles armários no corredor. Um grupo de líderes de torcida tinha nos empurrado, agora o garoto-sem-nome estava com a testa colada com a minha, nós dois fomos empurrados no armário. E por sinal, Chloe fazia parte das líderes de torcida. Chloe não era ninguém mais do que a minha pior inimiga.

- O que foi isso? - Perguntou ele ainda próximo de mim. Sua respiração rápida se embolava jutamente a minha. Olhei nos seus olhos e corei. Eu estava próxima demais de alguém que tinha acabado de conhecer. - Você se machucou? - Ele deu um passo para trás, distanciando-se de mim com as bochechas levemente coradas.

- Ei, ei, ei! Que cena foi essa que eu acabei de ver? - Uma voz bastante conhecida vinha por trás do garoto desconhecido.

- Pois não? - Disse o garoto-que-eu-não-conheço.

- Pois não vai ser a minha mão no meio do seu rosto. - Era Finn. Percebi isso quando o garoto-sem-nome havia virado e eu pude ver os cachos dele.

- Finn? - Hesitei.

- Sou eu sim. Achou que poderia dar uns amassos por aí escondendo-se de mim? Bonito. - Revirei os olhos. Finn dar um de machão não é novidade.

- Como assim? Olha, eu só vim aqui procurar a minha irmã. Com licença. - O garoto disse saindo dali.

- Você da em cima da minha namorada e acha que vai ficar assim? - Finn havia puxado o braço do garoto. Merda. - Eu vou socar a tua cara. - O garoto-sem-nome tentava ignorar Finn, mas o cacheado o segurou pelo pulso.

Os alunos ali já estavam prestes a gritar "briga, briga, briga"

- O que está acontecendo aqui? - Perguntou Lauren assustada. E então eu juntei tudo. Aquele era Jhonny, irmão da Lauren, uma menina que estuda comigo desde quando eu era menorzinha.