Kyungsoo passou por sua sala, puxando a coberta que cobria o rosto de Yifan, este resmungou com a claridade e o Do revirou os olhos, caminhando até a cozinha. O maior havia dormido em seu sofá, pois na noite anterior quando parou em frente ao prédio velho, o Wu travou, sentindo o peso de tudo que iria enfrentar se continuasse vivendo no passado, como um fantasma.
— Pode dormir lá em casa de novo, se quiser.
O Wu assentiu uma vez, então partiram sem falar nada.
Não era a primeira vez que acontecia, pois o Do havia percebido como era ruim para o outro ficar remoendo tudo que aconteceu, e morar no apartamento do seu falecido namorado não ajudava muito.
Tudo estava acontecendo rápido demais, e sem saber como, já havia se afeiçoado a ele, não queria mal ao grandão que tinha olhos sinceros e até, porque não, infantis, com toda aquela carência.
— Yifan, lembra do que eu te disse ontem? Levanta daí — gritou o dono da casa, o som vinha da cozinha e fez o convidado suspirar resignado antes de se levantar. Usava shorts e uma camisa do policial, que ficavam extremamente curtos em si.
— Como pôde ter conseguido uma entrevista no sábado?
— Tenho minhas conexões e é uma oficina, abre todos os dias.
O Wu assentiu uma vez, observando o Do que estava segurando uma caneca de café, em pé e apoiado no balcão da cozinha, muito seguro de si e de sua posição.
— Por que está fazendo isso?
— Eu vi que é bom com essas coisas, outro dia você consertou meu carro e vive fazendo essas coisas na sua moto e naqueles veículos adulterados dos rachas, não é? Nada melhor do uma vida honesta, usar suas habilidades da forma certa, é uma forma de recomeçar.
— Deveria ter desistido de mim já.
— E você deveria me odiar, não é? Depois de tudo, depois do que eu disse para você naquele bar, quando eu ainda o seguia por aí, mas aqui estamos nós.
— Eu não te odeio.
— Eu também não me odeio — brincou o policial.
— Você é um convencido. — o Wu revirou os olhos, pegando uma caneca de café para si.
— Confiante.
— E foi com essa confiança que arrumou um emprego pra mim.
— Uma entrevista, tem que estar lá em uma hora, é melhor não manchar minha reputação, garoto.
— Garoto? — Yifan riu baixinho, algo que não fazia há um bom tempo. — Eu acho que sou mais velho.
— Realmente — confirmou Kyungsoo, por já ter lido a ficha policial do outro. — Mas eu sou mentalmente mais evoluído.
— Está me chamando de infantil, então?
— Claro, você babou meu sofá todo, como um bebê.
Dessa vez Yifan riu com gosto, se assustando com o som rouco que escapou dos seus lábios, vendo o sorrisinho de lado e bonito de Kyungsoo.
Bonito.
Sim, o policial era muito bonito, agora que parava para realmente apreciar os lábios carnudos, os olhos expressivos, o formato do rosto masculino. Era sério, e até sexy com seu jeito de sabe tudo, não era algo que pudesse ter reparado antes, afinal, estava preso na própria dor. E talvez, inconscientemente, o menor começava a tirá-lo daquele quarto escuro e vazio em sua mente, o qual não conseguia enxergar nenhuma luz.
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Confusão em dobro
Fiksi Penggemar[chanbaek] Um acidente tirou a vida Baekbeom, trazendo para Baekhyun muito mais do que a dor de perder um irmão; tal tragédia também trouxe a responsabilidade de cuidar dos gêmeos, seus sobrinhos órfãos. O Byun tem uma vida em prol de sua carreira e...