Capítulo 10

312 14 3
                                    

"Demoras muito?" Consigo ouvir o Harry a bufar atrás do gabinete de provas, tal como consigo ouvir o bater das botas castanhas e velhas dele. Vesti o lindo vestido que, provavelmente ía levar à festa de hoje à noite. Este era azul escuro, e cativou-me à primeira vista, desde o momento em que entrei na loja. Como Harry também gostou decidi experimentá-lo.

Assim que puxei o meu cabelo preto para trás, para se verem os detalhes do vestido, abri a cortina. Harry rapidamente se levantou, mas logo parou de andar na minha direção. Ele arregalou os olhos e desviou os olhos para o vestido, de cima a baixo. Dei um rodopio e sorri.

"É muito bonito." Referi. "Compro?"

"Não." Harry consegue falar. Olho para ele, com medo de que o vestido me assente mal. "Eu compro." Ele diz, carregando o seu tom de voz na primeira palavra. Abanei a cabeça em forma de desaprovação. "Vai lá tirar o vestido. Rápido." Pediu.

Quando acabei de despir o vestido que, posso dizer que é o mais bonito que tenho, Harry já tinha pagado. Lancei-lhe um olhar mortífero, mas só consegui uma gargalhada dele em vez de um olhar de medo.

[...]

"Harry, tenho mesmo de ir?" Perguntei retoricamente. Harry desvia o olhar da estrada para mim e eu fico aliviada por ser um semáforo uma das razões pelo qual Harry parou. Encolhi os ombros, já sabendo a resposta dele.

"Não tens de ir contra a vontade." Harry suspirou, fazendo-me ficar surpresa.

"Sabes, estava à espera que tu dissesses que sim, eu era obrigada a ir. Fazia-me sentir muito mais segura." Encosto o meu rosto ao vidro frio, arrependendo-me logo de seguida. Não tem nada a ver com o tempo, porque está uma noite maravilhosa. Será que finalmente o Verão vai aparecer em Holmes Chapel ?

"Queres que te prenda à cadeira até chegarmos?" Harry goza.

As nossas gargalhadas eram acompanhadas pela música I will never let you down, de quem desconheço a cantora. Sei o nome da música porque Harry disse-me.

Às vezes penso qual a razão de o Harry e eu nos dar-mos. No início correu um pouco mal, ele estava sempre a tratar as pessoas de uma forma rude - mais do que trata agora - incluindo eu, mas não sei como, desenvolveu-se uma espécie de amizade, e desse sentimento surgiu isto. Isto que nós temos, não sei bem. Não sei se somos melhores amigos ou apenas se sou uma amiga para ele. Alguma vez ele teve amigos? E será que eu sou uma amiga para ele? Se não fosse, Harry não ter-me-ía dado tantas coisas no entanto. Tal como este vestido lindo que trago.

Quando a minha cabeça liberta os meus pensamentos, reparo que estou a olhar para as feições de Harry. Este encontra-se atento na estrada, com os braços, carregados de tatuagens que devem fazer algum sentido para ele, no volante a controlar o veículo. De repente, sou obrigada a saltar devido à paragem repentina de Harry.

"Chegamos." Ele declara e eu assinto. Pego na minha mala preta e abro a porta do carro. Finalmente ganho coragem para olhar para o sítio onde iria passar umas longas e, espero, divertidas horas. A casa parecia um castelo, cuja cor não se podia reconhecer devido ao escuro da noite. A música ouvia-se a quilómetros de distância, deve ser por isso que aqui não há vizinhança.

Quando me encontro com Harry na entrada de casa, este procura a minha mão com a dele, acariciando-a em forma de segurança. É suposto sentir-me segura?

Finalmente, Harry abre a porta de madeira - que não estava trancada, ou seja, quem quisesse podia entrar lá e não estava muito bem com isso - e vamos dar a um corredor, cheio de pessoas. 

Eu sentir-me-ía segura numa festa se conhecesse mais de uma pessoa, caso o contrário aconteceria exatamente o mesmo que está a acontecer agora. E eu até gosto de festas, só fui a duas no entanto - esta é a segunda. 

Harry puxa-me levemente por entre as pessoas, para sairmos do corredor. Após alguns segundos este parou e, quando olho para a frente, encontro um grupo de pessoas, sentados num amplo e largo sofá. Eles estavam a rir todos, o que me pareceu que estavam para além da sobriedade (n/a**sim, esta palavra existe**). Não só por isso, mas também pelo facto de alguns deles agarrarem um copo com bebidas lá dentro.

"Olá pessoal." Harry chama, quando repara que ninguém deles deram pela nossa presença. A primeira pessoa que olhou fora uma rapariga. Esta plantou um sorriso nos lábios  assim que avistou Harry, ajeitou o seu cabelo loiro e levantou-se. Assim que ela o fez, arregalei os olhos ao avaliar a sua vestimenta. Usava uma saia preta - muito curta - , uma camisola de renda vermelha e um casaco, que pouco tapava.

"Bethany senta-te porra." Um rapaz, moreno, avisa-a e ela obedece. Wow.

"Esta é a Isab - " Harry ía apresentar-me, mas eu logo o interrompi.

"Bella." Dei um leve sorriso.

"Finalmente, uma rapariga decente, foda-se!" Uma rapariga, em pior estado do que a outra, exclama. Esta usava um vestido vermelho dentro dos possíveis, o problema é o excesso de tatuagens que apresentava. Para não falar nos metais que se encontram no rosto dela. Mas é incrívelmente bonita assim. E a linguagem dela não é a melhor.

"Cala-te Anna, tens inveja de mim." A outra rapariga que, pelo que percebi, se chama Bethany declarou e Anna soltou gargalhadas.

"Vai para o Zayn e cala essa boca." Sinto-me a mais, mas continuo com o meu sorriso no rosto.

"Calem-se." Harry pede, arranjando espaço para nos sentarmos naquele sofá.

Reparei que todos usavam tatuagens, exceto a Bethany e um rapaz, loiro também. Um dia penso fazer uma tatuagem, mas tenho de me lembrar para não exagerar na quantidade. A tal Anna assustou-me de uma maneira não saudável.

"Vou buscar bebidas." Harry avisa e levanta-se. Porra. Não acredito que ele me deixou sozinha com pessoas desconhecidas, às quais só sei o nome, de algumas

Rapidamente, Anna, acho, sentou-se ao meu lado, tomando o lugar de Harry como renovado.

"Então.. Olá." Ela ergue um sorriso, recebendo um meu de volta.

"Olá."

"És namorada do Harry?" Ela questiona e luto contra a minha vontade de arregalar os olhos. 

"Não." Encolho os ombros.

"Ele não entrelaça as mãos com ninguém. És a primeira pessoa que eu vejo que está minimamente perto dele sem que ele te ..." Anna volta a sorrir e encosta a sua cabeça aos meus ombros, sem acabar a frase. Decidi não responder, apenas aproveitar o elogio. Acho que foi um elogio. Eu sabia o que ela queria dizer.

"Tequila?" Harry aproxima-se de mim, perguntando pela bebida. Assinto em forma de aprovação e este entrega-me um copo.

"E se eu dissesse que não?" 

"Ah?" Harry pergunta, provavelmente pelo barulho exagerado em que se encontra o ambiente.

"Se eu dissesse que não queria Tequila."

"Eu sei que tu queres." Harry puxa-me para o seu colo e eu, reticente, obedeci. A verdade é que eu não queria dar nas vistas; queria passar despercebida.

"Diverte-te esta noite. Se não o fizeres por ti, fá-lo por mim." Harry murmura no meu ouvido, enquando coloco o copo comprido nos lábios, fazendo com que o líquido ardente entre na minha boca.

Alguém está aí? Leiam até ao fim por favor.

Eu peço mesmo imensa desculpa, mas tenho justificações, espero que válidas aha:

--Problemas pessoais;

--Falta de inspiração;

--Imagens punk;

--Acho que é só. Eu tentei ao máximo postar ontem mas nem sequer escrevi nada.

Eu ía mostrarvos as edições punk mas não consegui publicar. 

Agora tenho uma pergunta. Porque raio vocês pensam que a fic se chama "Bathroom" ?? Pois, um dia vocês iriam descobrir. Não sei se é no próximo capítulo porque ainda não o fiz, mas está próximo de acontecer.

Peço desculpa por demorar mais de uma semana a atualizar, mas as férias podem ser mais atarefadas do que as aulas, uff.

PASSEI OLÉÉÉ. Passaram de ano? xx

Bathroom {l.t.} Onde histórias criam vida. Descubra agora