Capítulo 2

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Olaaaaaaa.....

Volteii, desculpem ter demoradoo

Agora aproveitemmm

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Como seria de se esperar, antes de mim, o Edu conseguiu cercar de jeito uma menina e, depois de duas semanas de cinema, passeios e beijos no portão de casa, ele conseguiu convencê-la. No telefone, ele mal podia se conter.

— Cara, vai ser no sábado. Ela disse que a barra vai estar limpa na casa dela.

— Maneiro, cara. Tomara que dê tudo certo.

No sábado de manhã fomos os dois à farmácia comprar camisinhas. Ele estava mais agitado que o normal.

— Pô, meu, já não aguento mais esperar, ontem toquei umas 5 pensando na noite de hoje. Tô até meio esfolado.

— Era só o que faltava, esperar tanto e não conseguir porque esfolou o próprio pau.

— Não se preocupe. Hoje só não perco a virgindade se me arrancarem o bilau.

Eu estava contente por ele. Eu também já estava quase na reta final com uma garota que havia conhecido há uns dois meses.

— Você é que deve jogar mais charme pra cima da tua mina, cara. Daqui a pouco vocês ficam noivos e ainda não transaram.

Ele falou isso rindo e me deu um empurrão. Eu o empurrei de volta e assim fomos a caminho de casa. De fora, ninguém entendia as nossas brincadeiras. De tão violentas, às vezes, parecia que estávamos brigando.

No outro dia ele chegou em minha casa esbaforido, irrompeu em meu quarto como um trovão e bateu a porta.

— Caralho, Lipe. É bom demais! Não quero mais saber de outra coisa!

— Conta, cara. Como foi?

E umas duas horas se foram, enquanto ele descrevia, com minúcias de detalhes, tudo o que eles tinham feito na noite anterior. Eu me senti meio esquisito, mas achei que era de vontade de passar por tudo aquilo também.

Duas semanas depois chegou a minha vez. Estava nervoso pra caramba, mas o Edu me deu todas as dicas e me deu um pacote de camisinhas de presente.

— Vai fundo, cara. É hoje!

Quando cheguei em casa já devia ser umas duas da manhã. Estava contente, tinha dado tudo certo. Tinha sido a primeira vez da garota também e, mal sabia eu, o fato de eu ter tido que usar as duas camisinhas que ela tinha também, me garantiria uma enorme reputação no colégio. No entanto, parecia que faltava algo mais. Não sabia o que era.

Quando abri a porta do meu quarto tomei um susto. O Edu estava deitado na minha cama. Ele devia ter ficado curioso e veio saber como foi e provavelmente adormeceu me esperando. Não estava preparado para aquela cena. Como eu já disse, o Eduardo é um cara muito bonito. Mais baixo que eu, ele deve ter cerca de 1,75m e tem o corpo esguio de nadador. Lá estava ele, de bermuda e camiseta, deitado meio desajeitadamente sobre minha cama. Ele já tinha dormido várias vezes na minha casa, e eu na dele. Mas naquele momento havia algo diferente. Vê-lo daquela forma, à luz do abajur, respirando calma e pausadamente me deixou momentaneamente sem ar. Sentia um aperto no coração, algo que não sabia direito como lidar.

Enquanto estava perdido em meus pensamentos ele abriu os olhos e sorriu pra mim. Eu sorri de volta.

— Faz tempo que chegou, Felipe?

— Não, acabei de chegar.

— Desculpe, eu estava curioso pra saber dos detalhes e vim pra cá esperá-lo. Acabei pegando no sono, já deve ser tarde.

— É, são 2 horas.

— Caramba, demorou, hein? Como foi?

— Putz cara. Foi muito bom. Exatamente como você falou.

— Mas você não parece muito entusiasmado...

— Sei lá. Foi legal...muuuuito legal, quero dizer. Mas acho que esperava mais da coisa toda. Fiquei meio chateado em ter que sair logo depois. Queria ter ficado um pouco mais de tempo... sei lá...

— Porra, o problema é que você é romântico pra caramba. Já demorou esse tempo todo transando, deve ter dado umas três...

— Cinco.

— O que?

— Foram cinco vezes.

— Caralho! Cinco?! E ainda tá reclamando? Eu só consegui dar três a muito custo, porque a mina não queria mais. Você deu cinco e ainda tá ai de nhenhenhem?

Eu ri. Era verdade o que ele dizia. Mas apesar do número, não estava plenamente satisfeito. Ficamos ainda trocando impressões até bem tarde e fomos dormir quase com o dia raiando.

Quando tínhamos por volta de 16 anos, começamos a malhar numa academia próxima de nossas casas. No primeiro dia o professor montou nossas séries e ficamos nos ajudando para que nenhum de nós fizesse os movimentos erradamente. Quando terminamos fomos para o vestiário tomar banho. A academia estava vazia naquela hora. Conversando sobre os exercícios, os pesos e pensando nos objetivos a alcançar com a malhação, fomos tirando as roupas e, quando eu me dei conta, estávamos completamente pelados.

Eu senti uma coisa estranha. Não sabia definir bem o que era. Já tinha visto muitos caras pelados na minha vida, mas ver o Edu, meu amigo, nu em pelo ali na minha frente estava produzindo em mim um coquetel de sensações que eu não fazia ideia do que era.

De repente, ele olhou para mim e falou:

— Caralho, cara! Que troço enorme você tem.

Eu não sabia onde enfiar a cara. Minha timidez parecia ter voltado com toda força, meu rosto parecia que ia ferver. Podia sentir as ondas de rubor me deixando cada vez mais vermelho. Fiquei sem voz. Rapidamente vesti meu short, calcei meu tênis, joguei tudo na mochila e sai dali deixando-o meio assustado, antes que ele pudesse falar mais alguma coisa.

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AMO VOCÊSSS...

Bjooss....

Felipe e EduardoOnde histórias criam vida. Descubra agora