Perfect Sense

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I

Os olhos são a calma da alma
Na iris do infinito ja se encontraram e perderam
A calma,
A alma,
Num piscar de lírios

II

Há dias que o aroma esvai
E noites que o perfume desdem,
De encaixe no seu cheiro,
Sou presa única

Prisioneiro em seu frasco
Eu sou ar
Sou brisa
De a-mar,
De seja

III

Olhei-a como quem olha o pôr do ser
Sentia como quem pisa na areia
Acorda perto da lareira
E em noites de calor
Sonha com brisa de interior

Olhei-a como quem
Ao ver, se espelha
E via um tudo em forma,
de ver,
De ser,
De transcrever a si
no corpo de outrem

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