3 - Chuva

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RELEVE OS ERROS! ^^^

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- O que aconteceu? - Perguntei, ainda estávamos abraçados. As mãos do Victor me apertavam tão forte que eu quase perdi o fôlego. - V-você foi espancado?

Meus dedos alisaram os lábios cortados e inchados quando desgrudei dele e o encarei.

Tudo de mim queria ajudá-lo, ele alisou meu rosto com delicadeza e percebi que sua respiração estava tão curta, seus olhos voltaram para minha boca e...

Ele se afastou de uma maneira bruta de perto de mim, como se eu fosse algo ruim.

Já me encontrava apreensiva pelo seu estado.

Não sabia o que fazer, chamar pelo Yan ou a dona Leila? Se eu chamasse a dona Leila, o Sr. Shilde iria acordar, e... Optei em não chamar ninguém. Talvez eu conseguisse lidar com o enigmático Pedro Victor sozinha.

- O que você está fazendo em minha barraca, Somoskive? - Ele perguntou, como se só naquele momento percebesse que era a sua barraca.

- O Yan estragou a minha, e como, ele que disse, você não iria dormir aqui, então eu poderia dormir na sua.

Ele se afastou mais um pouco de mim.

- Onde o Yan achou que eu fosse dormir? - Questionou me encarando.

Saí da barraca pisando no chão e só depois acertei enfiar os pés em minhas havaianas.

- Não faço a mínima ideia - respondi, o olhando séria. Victor tinha me abraçado? Sério isso? Não que eu tenha gostado muito e tenha ficado encabulada, longe disso, mas ele sempre demonstrava que me detestava e por quê me abraçou? - Você estava brigando? E por sua situação física, levou uma bela surra.

Ele me ignorou e caminhou até a "cozinha", pegou um copo sobre a mesa improvisada e abriu a garrafa de café, enchendo o copo quase até transbordar. Isso não é Coca-Cola, cogitei em dizer.

Sentei em uma cadeira e Pedro Victor em outra.

- Por que você não pode tomar café? - Perguntei, lembrando do dia que eu menti para salvar a pele dele.

Dona Leila falou para ele seguir a receita médica corretamente e não tomar café, pois senão ele poderia ter um desmaio.

Pedro Victor ignorou minha pergunta, mas me olhou tão intensamente que me arrependi de ter falado algo.

Escutara os grilos, sapos e as trovejadas. O rio estava calmo, porém ainda se escutava os peixes pulando.

O vento fazia meus cabelos dançarem. Era engraçado.

- Você deveria cuidar da sua vida, Somoskive - ele retrucou no seu romântico tom de grosseria.

Levei um baita susto quando ele jogou o copo de vidro em uma árvore e o copo se estraçalhou em cacos. Fez um tremendo barulho, ainda bem que tampei minha boca para abafar o meu grito que parecia mais quando eu estava tentando alcançar um tom em soprano.

Por que ele fizera isso com o copo e não tomou o café?

Antes que eu questionasse sua atitude,
ele saiu rumo há uma trilha na mata, atrás da barraca dos pais do Yan, e eu o observei, preocupada.

Um desejo de seguir ele me preencheu e lutei contra isso.

Ele me detestava e já provara isso muitas vezes.

Victor me via como uma garota que tinha uma doença contagiante e até aquele momento não entendia o porquê dele ter me abraçado, ele realmente estava fora de si de tão bêbado. No entanto, eu não senti cheiro de bebida. ISSO ERA BEM ESTRANHO!

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⏰ Última atualização: May 02, 2019 ⏰

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Imprevisivelmente - A Grande Perda (Em breve)Onde histórias criam vida. Descubra agora