Angel Beats - Yui E Hinata [HISTÓRIA EXCLUÍDA]

O recomeço de Hinata e Yui - Cap 7 [Final Parte 5]

Deve ser difícil pra uma mãe ver a filha em um estado onde não pode nem se mexer, impossibilitada de realizar seus sonhos, impossibilitada de fazer qualquer coisa. Aguentar isso por anos deve ter sido difícil para Akame.

Eu realmente entendo Akame? Ou só estou tentando entender? Aah eu já não sei mais, tudo aconteceu tão rápido, uma responsabilidade imensa foi jogada sobre mim tão de repente.

Depois da Polícia a primeira pessoa de quem eles desconfiaram de matar Akame foi eu, era óbvio que isso iria acontecer.

Eles me deixaram em uma prisão para menores por alguns dias até provarem que Akame realmente se suicidou, depois disso me soltaram, mesmo sendo difícil de alguém acreditar que uma pessoas é capaz de se esfaquear. Quanto a Yui ela foi lavada a um hospital da cidade e recebeu os devidos cuidados até a minha mãe voltar de viagem e levá-la para nossa casa.

Yui não é a mesma há duas semanas, não come direito e nem fala. Ela fica sempre no quarto e também não gosta de recebe visitas, sempre que eu tento puxar assunto ela me da respostas frias. Assim já faz uma semana que não nos vimos, não subo no quarto nem pra dizer um  ''oi''.

Minha mãe tem cuidado dela por todo esse tempo, até largou o trabalho pra isso.

Nesse exato momento estou tentando escrever um bilhete pra Yui, mas a folha insiste em ficar em branco. Pretendia pedir pra minha mãe entregar esse bilhete pra ela quando fosse levar seu almoço, mas no ritmo que estou isso vai chegar até ela só na janta.

Não consigo pensar em nada para confortar ela, que droga.

- Hinata, o que está fazendo? - Minha mãe pergunta sorrindo e se sentando perto de mim.

- Só estava pensando em algo pra dizer a Yui.

De repente aquele sorriso vai embora e deixa o lugar para uma expressão séria.

- A polícia me disse que Akame sofria depressão, e isso não é de hoje, ela convive com isso desde que a Yui sofreu o acidente e perdeu o movimento do corpo. Isso é incrível, ela conseguiu esconder isso de todos até da própria filha... - Minha mãe fala e da um suspiro.

Um silêncio toma a cozinha por alguns segundos.

- Será que depois dessa vida tem um mundo para adolescentes como a Yui onde eles podem realizar seus sonhos e terem a felicidade que eles não conseguiram ter aqui? - Pergunto com um sorriso forçado.

- Quem sabe...

Escrevi algumas coisas que queria dizer pra ela pessoalmente no papel e pedi para minha mãe entregá-la. Depois de um tempo minha mãe desceu do quarto e disse que Yui queria me ver.

Se eu fiquei feliz? Mas é claro que sim. Subi às escadas correndo mas na hora de abrir a porta do quarto eu mal tive coragem. Abri devagar a porta e lá estava Yui deitada na cama. Sua aparecia não era mais a mesma.

- Y-Yui, pediu pra me chamar? - Pergunto.

Me sento em uma cadeira ali perto da cama.

- Sim. - Ela responde com um olhar frio.

- Você leu o bilhete?

- Não... Ainda não, te chamei aqui pra falar sobre outra coisa.

- Ah sim, pode falar então.

- Eu quero voltar pro hospital, assim não estarei mais dando trabalho pra sua mãe. Não quero ser um peso pra ela assim como fui para minha mãe.

Por mais que eu tente eu sei que não vou escolher as melhores palavras pra falar com ela... Tomara que eu não diga nada idiota.

- Acha mesmo que foi um peso pra ela? Eu não acho isso, você só carrega um peso quando quer, quando você escolhe se comprometer com algo isso não quer dizer que você está carregando um peso. Sua mãe podia muito bem ter te colocada em um hospital e te visitar todos os dias, mas não... Ela escolheu cuidar de você em casa por conta própria a vida toda, ela não queria ficar longe de você nem por um segundo, ela não queria que você se sentisse sozinha nem por um segundo, por isso esperou por todo esse por uma pessoas que te amasse tanto quanto ela pra cuidar de você enquanto ela pudesse descansar em paz. Essa pessoa que te ama tanto quanto ela sou eu, e eu prometo que nunca vou te abandonar, eu vou cuidar de você pra sempre...

Yui muda sua expressão triste para uma de assustada, mas logo solta um pequeno sorriso forçado.

- Mas o que você poderia fazer por mim? Isso seria estranho né? Um amigo cuidando de mim.

- Hmm... Então vamos casar oras, assim não seria estranho né?

Ela solta uma sorriso, dessa vez não parecia ser falso.

- Você é engraçado...

- Não estou brincando. - Falo com uma expressão séria.

Quando ela ouve isso sua expressão de surpresa volta, e então sem perceber ela começa a chorar.

- Hã, mas por que você iria querer se casar com alguém como eu? Isso não faz sentido. - Ela fala chorando ainda mais.

Me levanto e sento na beira de sua cama.

- Você sabe o motivo. - Falo pegando em sua mão.

Ela inclina a cabeça pra frente como se quisesse me abraçar e então eu abraço ela.

- Promete que nunca vai me deixar?

- Prometo... É claro que prometo.

Nem a morte nos separa mais...

Agora podemos seguir em frente...

                       Fim