Capítulo 2

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Ela saiu rebolando e me deixou ali, feito besta. Foi até o bar e se escorou em um moleque qualquer. Deve ser mais velho que ela, mas foda-se. Ainda assim, é apenas um moleque.

— O que tá acontecendo Anderson? — Pedro me assustou ao colocar a mão em meu ombro, despertando-me para o mundo e me mostrando o quão patético estava naquele momento.

— Nada! — Respondi seco.

— E posso saber então, por que você e a Manuzinha estavam quase se comendo em público? — O tom de sua voz também não é nada amigável.

Não sei por que o drama. O cara não é nada da garota.

Pedro era um grande amigo. Não só meu, mas do Léo e da Manu. Trabalharmos todos juntos na academia do Léo nos fez os mais próximos possíveis.

Manu era a garotinha do grupo. Chegou há pouco tempo e se tornou importante para todos nós. Entendia o medo dele. Éramos três caras bem vividos e que sabíamos nos divertir. E ela? Apenas uma garota inocente.

Não falei com nenhum deles sobre meu desejo de parar as loucuras e me estabelecer. E mesmo se soubessem, continuariam com medo das minhas intenções com Manu.

Léo era o chefe de nós três e o mais tranquilo em relação a isso. Gostava e queria proteger a Manu, mas era da teoria que ela deveria fazer o que quisesse. Protegeria a garota se, assim, achasse necessário.

Eu e Pedro éramos amigos a mais tempo. Sermos apenas os professores da academia ajudou a nos aproximarmos mais facilmente. Léo, apesar de mais novo, era o chefe, logo, um pouco mais distante.

Manu foi meio que o centro para nos aproximarmos tanto. Chegou de mansinho, uma ótima recepcionista que estava fazendo apenas um pequeno estágio. Sabia que seria efetivada agora que era maior de idade, ela só não sabia disso ainda.

Ela com seu carisma é que nos uniu tanto. Em quase um ano ela fez milagres com todos nós. Tornou a academia menos impessoal e acabou fazendo com que nos tornássemos uma família.

Então, por mais que minha vontade fosse de mandá-lo a merda, respirei fundo e olhei bem para ele. O que raios ele quer que eu diga?

Suspirei esgotado. Queria ir embora dessa porcaria de boate desde o momento que cheguei. Não curtia mais esse tipo de coisa. Gostava mesmo era do meu sossego.

— Você não vai querer saber Pedro.

Ele praguejou.

— Ela é só uma garota, Anderson. Você não pode simplesmente fazer o que tá pensando. Ela ainda deve ser virgem.

Sim. Eu acreditava naquilo também. Ela deixou várias pistas e, por mais que quisesse duvidar, não teria motivos para a menina mentir.

Ser o primeiro dela seria algo fenomenal. Imaginá-la tão linda e sensual na minha cama era algo difícil de fingir indiferença.

— Você só pode estar brincando. — Pedro jogou os braços fortes para cima.

— Acredite, não é como se eu gostasse de para onde meus pensamentos vão.

— Claro. Sei. Tô vendo seu desanimo com seus pensamentos.

Ele apontou para o volume da calça que usava. Sim, a dança foi intensa.

— Mas eu não controlo e ela não está facilitando.

— Então se afaste. A não ser que você realmente goste dela.

— Infelizmente não é essa a questão.

— Não? Então, qual seria? — Não perdi o tom irônico em sua voz.

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⏰ Última atualização: Oct 17, 2020 ⏰

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