Em uma fuga pela sobrevivência Luana tente se esconder por debaixo de uma ponte,o problema é que além de está noite seus agressores à encontram e resolvem joga lá no mar.
"Me debato tentando miseravelmente salvar minha pobre vida,mais não tenho mais...
Sabe quando você se sente protegida? Nesse exato momento estou me sentindo assim. Não sei quanto tempo ficamos abraçados, mais só paramos porque meu estômago deu sinal de vida.
Ele se afasta só pra mudarmos de posição, agora caminhamos de mãos dadas pelos corredores. Ainda sinto uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo. Suas mãos ainda contem as membranas que unem os dedos,ela é escorregadia e gelada, me lembra muito escamas de peixe.
Pode até parecer nojento em pensar que neste exato momento minhas mãos estão tocando uma pele pegajosa e escorregadia, que sou louca de confiar numa criatura metade humano e a outra peixe.
Mais por incrível que pareça estou me sentindo normal, é como se eu me identificasse com ele e com tudo aqui embaixo.
Posso até está sob o efeito da água salgada, mais não me importo. Ainda mais olhando ele como estou nesse exato momento.
Seu rosto me transmite paz, Seu toque me faz queimar, só de ficar sem sua presença me sinto vazia.
E não posso nem imaginar ficar sem sua presença.
Caminhamos até chegar novamente na grande sala a qual estive antes e estava vazia, mais ao contrário de antes, agora a grande mesa está farta.
Ele me leva até a cadeira e puxa para me acomodar. Assim que estou sentada ele me posiciona de frente pra comida.
Espero ele se sentar também mais isso não acontece. Olho pro meu lado e ele está parado com os braços cruzados, como se me vigiasse até aqui.
Olho para seu rosto afim de encontar algum sinal de expressão, ou algo em que eu possa descifrar,mais como já estou me habituando, nada ele faz a não ser me encarar com seus grandes olhos negros.
Lua:__É.. Hum...,você não vai comer?
Pergunto guaguejando.
Ele continua calado e na mesma posição. Desisto por agora pois meu estômago está roncando.
Pego um pedaço de carne e ponho na boca, já pego um pedaço de pão pra acompanhar.
Enquanto me delicio com o farto banquete ouso sua respiração calma. Depois de me sentir satisfeita faço menção de me levantar, mais ele é mais rápido e afasta a cadeira para que eu possa me afastar.
Me levanto e ele já pega minha mão, saímos da sala a caminho de um outro corredor que nos leva a um espaço onde da pra vê melhor o outro lado do castelo.
Paramos e ele me abraça por trás e move seu grande braço à uma direção Para que eu possa segui.
Me acomodo melhor em seu peito largo e rígido aonde me sinto bem. Novamente ele aponta pra uma certa direção d e eu sigo com os olhos.
Penso que ele quer me mostrar algum peixe ou golfinho, mais nunca em minha mente pensaria nas imagens que surgia no horizonte.
Ele vê as imagens também e me aperta mais em seus braços, é como se quisesse me tranquilizar dizendo que ele estava ali comigo. E posso afirmar que confio nele, não sei por que só sei que me sinto protegida.
Enlaço meus braços em torno dos seus e sinto ele me aperta mais. Sorrio com isso.
Foco minha visão novamente a minha frente e me assusto um pouco com as criaturas paradas e flutuando a minha frente.
Lua:__Nossa!
Exclamo surpresa.
Ele me pulsiona a andar pra frente, assim que faço vejo melhor as criaturas e percebo que se parecem com ele.
Elas permanecem paradas me olhando com certo receio e curiosidade. Toco na parede que nos separa e me ponho a olhar fixamente um pequeno ser agarrado que deduso a sua mãe.
Ele me lança um sorriso que o meu automaticamente retribui. Mais der repente ouso um grito estridente me fazendo virar e agarra a cintura dele.
Ele por sua vez me acolhe e retribui me apertando mais.
Ouso novamente o grito, sem que eu perceba lágrimas de medo rolam em meu rosto. Sinto quando ele puxar meu rosto em sua direção,e assim que faço ele encosta seus lábios em meu rosto e deixa um singelo celar.
Fico com os olhos fechados absorvendo a deliciosa sensação. Ele passa seu dedo em toda a extensão de onde minhas lágrimas descem.
Sinto meu corpo esquentar com esse gesto.
Quando ele vai tocar meus lábios o grito é ouvido novamente. Ele se afasta brutalmente e caminha desaparecendo por entre a escuridão.
Fico um pouco parada ainda tentando entender o que aconteceu agora pouco. E sem que eu perceba estou com meus dedos tocando onde a pouco tempo seus lábios estavam.
Suspiro com os olhos fechados...
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