E no fim das contas...

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Hanabi cuidadosamente pulou a cerca de sua casa, já que abrir o portão faria muito barulho, partindo em direção à praia mais do que nervosa. Fez o sinal da trindade, logo juntando as mãos em reza, olhando para o céu.

— Minha mãezinha santa, num deixe o pior acontecer.... - rezou antes de suspirar com pesar, ajeitando a saia de seu vestido amarelo, sacudindo a poeira que nela havia, seguindo cuidadosa para as árvores onde certamente Kono estava lhe esperando. Seu coração disparou ao vê-lo galante como sempre, com aquele sorriso de quem num valia nada e que mesmo assim ela adorava. - Mas tinha que ser tão bonito, o cabra? - praguejou enquanto se aproximava, sorrindo ao vê-lo segurando uma flor, que logo lhe entregou.

— Boa noite, morena... - resmungou um pouco por conta do sorriso bonito do rapaz que lhe puxou para um abraço, lhe beijando e fazendo Hanabi pegar fogo.

"Bem, se for pra ele me deixar, que seja depois da despedida, num é mesmo?" - pensou enquanto Kono lhe apertava contra a árvore, mordendo seu pescoço.

— Já tava com saudade de ti, Hanabi. - confessou enquanto suas mãos passeavam pelo corpo da jovem que gemia, sensível a seu toque, expondo seus seios ao abaixar as alças de seu vestido, se excitando ainda mais quando o boa vida passou a massageá-los, mordê-los e sugá-los. A boca beijava o colo e a mão acariciava a virilha da Hyuuga que também lhe tocava, o estimulando, mordendo seu próprio lábio inferior enquanto seus olhos reviravam. Estavam prontos para chegar ao extremo do ato sexual, mas o latir do cão do capataz os assustou, os despertando.

— Se Akamaru latir de novo, painho é capaz de acordar. - alertou antes de beijar seus lábios de forma provocante, sorrindo maliciosa. - Vamo tomar banho de rio? - propôs já correndo enquanto erguia as alças de seu vestido, sendo seguida pelo rapaz assim que ele fechou o zíper de sua calça, mas logo Hanabi sumiu de suas vistas, se misturando à mata.

— Morena? Cadê tu, morena? - perguntou lhe procurando por todos os lados, seguindo por uma trilha de pedras que certamente havia sido feita por ela, curioso e ansioso pelo que lhe esperava ao fim dela. Boquiaberto ficou ao lhe encontrar na outra margem do rio, já retirando sensualmente o vestido que foi ao chão, assim como o pouco de senso de perigo que ele ainda possuía, enquanto ela lhe olhava provocante. Tentou se esconder por impulso ao notar que era encarado, o que a fez rir.

— Eu tô vendo teus olhinhos de jabuticaba, Kono, tu já num viu isso tudinho aqui? Pois venha pegar que é teu, cabra! - enquanto o malandro começava a retirar as roupas, Hanabi jogou-se nas águas cristalinas, surgindo rapidamente na superfície, retirando o excesso de água do rosto e dos cabelos que agora caiam cobrindo seus seios, lhe fazendo parecer com uma sereia de contos de fada, com seu olhar praticamente o queimando ao ver tanto desejo ali refletido. - A água tá gostosa... - provocou mordendo o lábio, o fazendo rir de canto.

— Contigo dentro num tem como não tá, morena... - completamente nu, atirou-se ao rio, mergulhando, sendo imitado por Hanabi, com quem praticamente brincava de pique sob as águas, até, quando o ar quase estava prestes a lhe faltar, conseguir lhe abraçar, emergindo junto à ela, tomando seus lábios com volúpia ao retomar o fôlego, até que ele novamente lhes faltou, agora por conta do beijo. - Tu é fogosa, visse? - elogiou antes de ter o lábio inferior sugado e mordido.

— Pois apague meu fogo então que eu tô fervendo igual uma chaleira! - enlaçou a cintura do rapaz com as pernas, gemendo manhosa com o choque dos sexos e com o abocanhar de seu seio esquerdo. Ele acariciava sua pele macia, da nuca até os quadris, aos quais apertou com força e desejo. Puxou os molhados cabelos de sua nuca, mordendo todo seu pescoço enquanto tinha as costas lanhadas pelas unhas da morena que oscilava entre risos, suspiros e revirar de olhos, reações causadas pelas sensações prazerosas do toque de Kono em sua pele. A suave brisa, junto do tesão que sentia, fazia seu corpo arrepiar e seus mamilos enrijecerem, enquanto afagava os cabelos do amante, sem sentirem que, aos poucos, começavam a se aproximar de uma pedra lisa, onde sutilmente esbarraram. Sapeca, Hanabi deixou seus braços e também a água, indo até a margem e de lá correndo para a pedra, sendo seguida, abraçada e deitada ali, aos risos, deixando-o deitar por  cima de si, o acomodando entre suas pernas. Com os dedos, ele sentiu a textura e umidade de seu íntimo, enquanto seus lábios sentiam a doçura de seus lábios e ele próprio sentia o latente desejo que lhe deixava praticamente bêbado. Ela mais uma vez o acarinhou, mordendo sua orelha. - Deixa eu provar de ti, deixa? - pediu já o fazendo deitar sobre a pedra, o levando à loucura ao lhe abocanhar. Suspirava, até mesmo gemia, tocava o céu igual ele próprio tocava o céu da boca de Hanabi, que logo depois foi novamente posta sobre a superfície da pedra, com Kono lhe apertando as pernas e provando de sua fruta, apreciando seu gosto e sua textura de carne de caju maduro, desfrutando do rio do prazer da morena que mordia a mão evitando gritar, respirando cansada antes de puxar o rapaz pelos cabelos, novamente o enlaçando com as pernas, se oferecendo a ele. - Chega, num me torture mais não! - teve o pescoço beijado, mordendo os ombros do rapaz ao ser penetrada com força, com toda a vontade que Kono possuía de saciar a fome que sentia de devorar seu corpo, a apertando, acarinhando, completamente insano. Os olhos dos dois reviravam, Hanabi só num gemia mais alto porque era praticamente calada pelos beijos do rapaz que logo lhe mordia a boca e o queixo. Só a Lua era testemunha de mais uma noite de amor entre os dois, aquela que podia ser a última, por isso a morena se entregou mais ainda, arranhando suas costas, esperando pelo ápice que logo veio juntamente ao dele, com os dois relaxando exaustos sobre a pedra que lhes fez a vez de cama. A jovem deitou sobre seu peito, ouvindo as batidas de seu coração, olhando para as estrelas como se elas pudessem lhe salvar. Só quando sua mente voltou ao normal que Kono se lembrou que, no fim das contas, estava ali era para tratar de um assunto urgente.

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