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nao se esqueça da estrelinha.

Unknown: Quer brincar de gato e rato, Jimin?

Unknown: Muito bem. Você será o rato.

Olhei para os lados totalmente perdido. Eu estava preso na minha própria casa.
Eu sabia que no meu quarto e no quarto da minha mãe tinham saídas secretas para o lado de fora, mas eu não usaria agora. Eu poderia por tudo a perder.
E, além do mais, primeiramente queria entender quem era essa pessoa.

Me: Apareça.

Unknown: É isso que você quer?

Não, na verdade não era isso que eu queria. No corredor, uma porta foi aberta. Parecia ser.. Meu quarto?

Me: Esquece

A porta no mesmo momento foi fechada.

Me: Por que está fazendo isso?

Unknown: Sera que já não está claro?

Unknown: Sempre tão bobinho.

Me: Me conhece?

Unknown: Mais do que imagina.

No andar de baixo da casa, ouvi o barulho de algo se quebrando. Tinha mais alguém na casa?

Me: Quantos de você tem aqui?

Não obtive resposta. Então decidi eu mesmo descer as escadas e ir para a sala. No chão, um porta retrato estava estilhaçado.
Afastei os cacos de vidro e observei a foto. Era uma foto minha, da minha mãe e do meu pai. Eu tinha uns sete anos, isso foi antes dele sair de casa.
Deixei a foto em cima do sofá e olhei em volta, procurando por rastros de alguma pessoa. A sala ainda estava escura, afinal, eram duas da madrugada, e resolvi andar até o interruptor para acender as luzes.

— Não acenda. — Ordenou uma voz. Gelei na mesma hora. — Se afaste desse interruptor. Agora.

Com o coração batendo a mil, lentamente me afastei da parede do interruptor e olhei a volta, procurando pelo dono da voz. Era claramente um homem. No canto esquerdo da sala de jantar, eu vi uma sombra escura. Ele estava olhando pra mim.

Puta que pariu. Estava olhando para meu futuro assassino.

Pensei em ir até ele. Péssima ideia. Pensei em sair correndo de alguma maneira. Mas iria para onde? Eu estava trancado.
Por isso mesmo, fiquei onde eu estava. Ele ainda me olhava e por um momento observei sua sombra. Tudo o que conseguia ver era que ele era alto, bem alto. Certo, não era difícil eu encontrar alguém mais alto que eu com meus 1,74, mas ele parecia realmente alto. Parecia estar relaxado, totalmente ao contrário de mim, ele levava as mãos nos bolsos da calça. E a descrição parava por aí, já que era apenas uma sombra.

— Por que está fazendo isso? — Perguntei, estreitando os olhos. Ele deu um passo para frente e eu recuei.

— Você deu azar, Jimin. Existem pessoas más no mundo apenas esperando a chance de encontrar pessoas como você. Ingênuas.

— Eu não sou ingênuo. — Retruquei, e ele soltou uma gargalhada. Estremeci ouvindo aquele som.

— Tudo bem, mudarei a palavra. Você é previsível. Extremamente previsível. Todas as possíveis fugas que você tentou eu premeditei.

— Porque você não é normal. Psicopata. Problemático, acha que invadir a casa dos outros é algo que se faça? Você tem algum problemas psiquiátricos ou coisa do tipo? A minha mãe conhece um médico bem legal e... — Me calei. A sala ficou em silêncio por alguns segundos, e então, ouvi um estralo. Ele tinha engatinhando uma arma?

— Nunca mais fale assim comigo. — Ordenou.

— O que..

— Peça perdão. — Cortou ele, apontando a arma para mim. Naquela escassez de luz, vi a pistola brilhar.

— Perdão. — Pedi, rapidamente.

— Repita.

— Você além de psicopata é surdo? — Bufei. Ele atirou no chão. Vai destruir minha casa, esse homem?

— Eu disse para pedir perdão! — Ele apontou a arma para mim.

— Perdão. — Estendi os braços em rendição.

Ele desarmou a arma e eu voltei a respirar normalmente.

— Vamos começar novamente. — Disse ele, a voz calma. Acho que tinha esquecido o fato de ter atirado no chão da minha casa. — Você vai fazer tudo o que eu mandar se ainda quiser continuar vivo. Do contrário.. — Mais um estralo estranho.

— Você não pode simplesmente sair dessa sombra? Está me assustando.

— A intenção é essa.

— Por favor. — Pedi.

E lentamente ele se afastou da parede que estava encostado, revelando aos poucos suas feições. Se aproximando em uma velocidade um pouco duvidosa, pé depois de pé, ele parou poucos centímetros de mim. Fiquei petrificado ao ver seus incríveis olhos negros.

Serial Killer | JK. Onde histórias criam vida. Descubra agora