Capítulo 7.

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Alguns dias se passaram,hoje é domingo,a semana passou em um piscar de olhos...

Antes de sair do quarto e ir comer algo no café da manhã eu olhava para as cartas que tinha recebido ao longo desses dias,cada carta com uma mensagem e um sentido diferente me trazendo um ótimo conforto. Assim como no sábado hoje seria mais um dia qualquer e levantar da cama com desanimo faz parte dessa coisa maravilhosa que chamamos de vida.

Indo tomar café tenho uma surpresa quase que desagradável...minhas tias. Agnes e Selma,ambas irmãs da minha mãe,quando essas três se juntam uma forte onda de constrangimentos estar por vir.

Enquanto elas estavam sentadas tomando café fui me aproximando lentamente.

— Olha ele ai. — Falou tia Agnes.

— Esse ainda não fugiu de nós. — Falou tia Selma.

Provavelmente Gustavo foi mais esperto que eu,ele deve ter saído de casa assim que elas  chegaram.

Eu não as odeio,é a forma como elas falam que me irrita.

— Cadê as paqueras?. — Perguntou tia Selma.

Eu apenas sorrio para disfarçar o constrangimento.

— Ele ainda é muito novo para namorar. — Defendeu minha mãe.

— O Allan tem a idade dele e já namora. — Comentou tia Agnes.

Elas sempre gostam de me comparar aos meus primos pois o que eles fazem é motivo de orgulho para a família.

Depois do café passei o domingo todo no quarto,era uma das formas de se proteger do mundo moderno. Assim que as tias foram embora minha mãe veio falar comigo.

— Vi que você ficou constrangido com as perguntas de suas tias. — Disse ela

— Elas são inconvenientes,estou acostumado com esse tipo de gente. — Falei rindo.

Minha mãe fica em silêncio por um tempo...

— Graças a Deus você não é como eles...

Dizendo isso ela sai do quarto me deixando pensativo.

Talvez ela teria mais orgulho de mim se eu fosse como um garoto padrão e fazer o que a sociedade espera de um adolescente,mas não é assim que penso...na verdade isso me incomoda agora.

...

Pode se dizer que no restante do dia não fiz praticamente nada,de vez enquando eu saia do quarto para dar um "oi"...já tenho o título de preguiçoso e seria uma péssima ideia ganhar o novo de anti social. Chegando na sala vejo uma cena comum,de um lado do sofá minha mãe assistia TV e do outro meu irmão estava no celular.

Fico triste comigo mesmo pois talvez eu seja a pessoa mais ingrata da terra,mas vendo aqueles dois ali dia a pós dia repetindo os mesmos costumes me faz perceber que perdi o significado da vida.

Fiquei ali por mais alguns minutos e logo volto para o meu quarto,não estava tão tarde da noite para dormir mas gosto de passar o tempo entre devaneios,eles sempre me levam a algum lugar,diferente do amanhã...

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(Continua No Próximo Capítulo)

A Pessoa Que Não ExisteOnde histórias criam vida. Descubra agora