Capítulo 12.

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No cinema até que foi divertido,logo na entrada Brandon e Dena não paravam de discutir sobre o filme que a gente ia assistir,por fim ela acabou ganhando a batalha e todo mundo teve que assistir ao filme de vampiro. Saídas em grupos como o nosso é bastante raro,uma pessoa se diverti mais do que as outras.

Durante o filme Brandon cochilava,Glória não expressava nenhuma reação ou emoção,eu estava com a mão no queixo e Dena olhava apaixonadamente para o casal protagonista. Resumindo,não podia ser melhor do que isso.

Quando acabou respirei aliviado...

— Gostaram do filme?. — Perguntou Dena satisfeita.

— Claro. — Brandon e eu respondemos ao mesmo tempo.

O filme foi péssimo...contar a verdade a ela também seria.

— E você Glória?. — Insistiu Dena.

— ...

— Sei,amou tanto que ficou sem palavras.

— ...

— Vamos,diga alguma coisa.

— ...

— Entendi.

Eu queria que Glória tivesse dado  uma de suas brilhantes respostas,mas até ela entende que contar o que se pensa nem sempre é bom.

Assim que cheguei em casa contei para minha mãe o quão divertido o cinema foi e por fim nós caímos na gargalhada,eu já imaginava que coisas como essa iriam acontecer.

...

Já pulando para o dia seguinte eu acordei bem cedo,estava com uma animação inexplicável,isso não acontecia a muito tempo. Durante o café eu cantarolava uma música junto com minha mãe,Gustavo com sua cara de sono nos motivava a continuar com o barulho.

A caminho da escola todo mundo parecia sorrir,me encontrei com Dena e nos fomos andando juntos,minha agitação perto de sua preguiça era explícita. Chegando no colégio vimos algo bem comum.

— Sua maldita máquina,quero meu refrigerante. — Dizia Brandon furioso.

Dou uma risada enquanto Dena o ajuda a pegar seu refrigerante.

— Essas coisa não se resolvem com violência querido. — Disse ela com tom de deboche.

— E o que eu faço então?. — Perguntou ele.

— Diga por favor. — Respondeu ela rindo.

Os dois começam a discutir novamente,eu tampo os ouvidos cantarolando a mesma música de hoje cedo.

— Como você consegue aguentar isso Glória?. — Perguntei.

— ...

— Concordo,os dois já podem casar.

— ...

— Exatamente isso que eu tava pensando.

Dena segura em meu braço e me arrasta para a sala de aula.

...

Assim que eu me sento pego a carta que estava de baixo da mesa e começo a ler a frase do dia.

— "Assim como podem existir dias tristes também podem existir dias felizes".

Respiro só de pensar no alívio que essas frases me dão.

— Quase um mês e você ainda não descobriu quem escreve essas benditas cartas?. — Perguntou Dena.

— Bom,na parte da tarde a sala não funciona e fica trancada a maior parte do tempo. — Respondi.

— Mas você não se interessa de saber Tyler?.

— Talvez...não tem muitas pistas.

Dena pega a folha e faz uma breve análise.

— Sabe,essas frases se perecem muito com alguém que conhecemos,talvez essa pessoa coloque as cartas de baixo da sua mesa antes de você chegar.

— Não entendi. — Falei confuso.

Dena suspira indignada com o que eu disse.

— Tyler,essa pessoa não seria a Glória?...

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(Continua No Próximo Capítulo)

A Pessoa Que Não ExisteOnde histórias criam vida. Descubra agora