Helston, Inglaterra
Fevereiro de 2008
Era meia noite quando foi acordada por barulhos vindo da parte de baixo da casa.
Normalmente, ela desceria para ver o que ou quem era, mas estava sobre o efeito de drogas e das duas garrafas de Vodca que tinha bebido. Tinha apenas doze anos, mas poderia se dizer que sabia beber com uma pessoa adulta.
Estava na casa de um dos amigos do seu pai, já que o mesmo havia viajado em busca de novas vadias para vender e até se aproveitar de algumas delas, obvio.
A porta do quarto foi aberta bruscamente, e seu pai passou pela mesma, com a expressão vazia no rosto.
-Você bebeu? - Perguntou à garota que riu debochada.
-Um pouquinho.. - Apontou para as garrafas caídas no canto do quarto.
Seu pai respirou fundo, passou as mãos pelo cabelo em sinal de nervosismo e começou a andar de um lado para outro pelo quarto.
-Vai acabar fazendo um buraco no chão.. - A menor gargalhou.
Seu pai parou de andar, indo até ela a olhando com raiva. Puxou o braço da menor bruscamente, a fazendo ficar sentada na cama, e com a outra mão apertou suas bochechas a fazendo ficar com 'bico', e olhou em seus olhos dilatados e vermelhos.
-Você se drogou também... - Afirmou a soltando bruscamente.
-Qual é o problema? Você faz isso todos os dias! - Gritou, mas se arrependeu logo em seguida.
-Me respeita, caralho! Eu sou seu pai!
-MAS EU PREFERIA QUE NÃO FOSSE! - Falou rápido.
Seu pai a olhou sem expressão alguma no rosto, mas a menor conseguia ver a raiva em seu olhar.
-M-me descul..
-CALA A BOCA! - Gritou a interrompendo. - EU DEVERIA TER SALVADO SUA MÃE - A menor se encolheu na cama, segurando as lágrimas. - ELA NÃO SE DROGAVA, E DAVA VALOR PELO QUE TINHA!
-Pai.. - Começou mas foi interrompida novamente.
-NÃO ME CHAMA DE PAI!
Saiu do quarto, fechando a porta com uma força enorme, fazendo as paredes balançarem.
Essa era a primeira vez que seu pai a tinha visto daquele jeito, bêbada e drogada, e a primeira vez que havia gritado com a mesma. Alguns minutos depois seu tio, Ryan, entrou no quarto se aproximando da menor.
-Vem, vamos embora Ally.
Assentiu ainda tonta, e levantou da cama. Não conseguiu dar três passos e acabou caindo. Ryan a ajudou se levantar, e a pegou no colo.
Aalyah Mason Bieber. Esse era o seu nome. Sua mãe havia escolhido seu nome, Aalyah, e Mason era o sobrenome da mesma, pois seu pai a chamava sua mãe apenas de Mason.
Ryan a levou até o carro, a deitando no banco de trás e sentou na frente, ao lado de seu pai.
-Deveria cuidar dela. - Ryan murmurou.
-Ela deveria se cuidar.
-Justin, a Ally..
-Aalyah caralho! O nome dela é Aalyah. - O interrompeu.
A verdade é que Justin não gostava que a chamassem apenas de Ally. Motivos ocultos até então.
-A Aalyah tem apenas doze anos, e bebe como você.
-Foda-se. - Deu de ombro.
Aalyah soluçou alto devido ao choro, fazendo seu pai a olhar através do retrovisor do carro.
-Engole esse choro, antes que eu pare o carro e te de motivo para chorar. - Falou rude.
A menor mordeu o lábio inferior reprimindo outro soluço, desta vez mais alto, e fechou os olhos esperando chegar em casa e correr para seu quarto.
-Ela é sua filha, caralho! Aprenda a cuidar dela!
-ELA NÃO É MINHA FILHA! EU APENAS DOEI MEUS ESPERMAS PARA A MÃE DELA! - Gritou.
-MAS NO DIA QUE ELA TE CONTOU QUE ESTAVA GRÁVIDA, VOCÊ FEZ ATÉ FESTA!
Aalyah colocou as mãos nos ouvidos tentando, em vão, não ouvir os gritos entre os dois.
Logo o carro ficou em silencio, e a menor abriu os olhos vendo que já havia chegado em casa.
Abriu do carro e saiu do mesmo, sem importar em fechar, e foi andando lentamente em direção a porta. Mas no meio do caminho teve que parar para vomitar, atraindo os olhares dos seguranças.
-Que foi? - Perguntou. - Nunca beberam até passar mal?
Aalyah riu abafado, e finalmente conseguiu entrar em casa, encontrando algumas vadias por ali com roupas curtas. Se é que pode chamar aquilo de roupa.
Foi direto para seu quarto, trancando a porta e se jogou na cama, esperando o fim de sua vida. Mas antes disso, conseguiu ouvir gemidos vindos do quarto ao lado.
-Aw, Justin!
-Me chupa, vadia!
Aalyah colocou alguns travesseiros em seu rosto, tentando não ouvir, mas se sentiu tonta e correu para o banheiro.
A partir daquele momento, Aalyah se sentiu com desejo. Ela desejava seu pai.
-Aalyah... - A pequena ouviu assim que saiu do banheiro. - Abre a porta, por favor.
Aalyah foi até a porta a abrindo em seguida, e avistou seu pai com o cabelo bagunçado, mas dava para notar o arrependimento em seu rosto.
-Posso... Posso entrar? - Perguntou.
Assentiu e seu pai entrou no quarto, fechando a porta atrás de si e a abraçou forte.
-Desculpa ter gritado com você, pequena.
-Mas eu merecia papai.. Quer dizer, Justin.
Aalyah mordeu o lábio inferior, e se afastou do seu pai, sentando na cama de cabeça baixa.
-O que ouve, Ally? - Olhou para seu pai rapidamente, surpresa com o que tinha ouvido, mas abaixou a cabeça novamente.
-O-o senhor pediu para não te chamar de pai.
Justin respirou fundo, e foi até a filha, se deitando na cama e puxou Aalyah para se deitar em seu peito.
-Eu sou seu pai, não sou?
-Mas, você disse para o tio Ryan que..
-Ei! - A interrompeu. - Eu falei aquilo porque estava com raiva..
-Me desculpa papai! - A pequena abraçou seu pai mais forte. - Prometo não fazer mais isso.
-Pink Promess? - Perguntou levantando o mindinho.
Aalyah sorriu fraco, e 'cruzou' seu mindinho com o do seu pai, que sorriu de lado.
-Agora, quero ver o sorriso mais lindo desse mundo!
-Papai..
Justin começou a fazer cócegas em Aalyah, que gargalhava, tentando se afastar. Esse era o clima entre Justin e sua filha. Ela era a única pessoa que conseguia o ver sorrindo verdadeiramente, sem esforços.
-Te amo papai! - Aalyah falou, e deu um beijo na bochecha do mesmo.
-Também te amo, pequena!
Continua..
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Dangerously Close
FanficSinopse: Pode parecer loucura, mas eu não consigo evitar. Ela me atrai. Muitos acham isso errado, uma completa loucura, mas eu simplesmente me perco olhando para ela. Sinto ciúmes apenas de a ver perto de outros caras, ou quando alguém a toca, nem q...