No meio de Rivais

cap 5

Elaine Narrando:

Os tiros se intensificam e olho para o RR confusa, quando meu olhar cruza com o dele vejo sua expressão muito preocupada.

Subo rapidamente para o Camarote onde encontro um Rian andando de um lado para o outro preocupado.

Eu: Que que houve?

RR: Não sei,teu sistema falhou catraca os vigia deve tá tudo morto

Eu: Impossível!!–digo quase gritando–Teriam que ter estudado as entradas muito bem.

Avisto duas pessoas correndo e logo reconheço,Pitibul e Negão já chegam falando atrapalhadamente.

RR: Um só caralho !

Pitibul: Eles tão entrando chefe,é um montão deles,tudo alemão tá ligado

RR: Não tem geito vamo descer agora!

Descemos todo mundo correndo todos os bandidos que estavam no baile,vejo Rato do outro lado sua feição está tensa,mas assim que me vê dá aquele sorriso metálico.

Quando boto a cara para fora dá quadra só vejo as balas passando do meu lado,puta merda,esses filhos da puta estão mais perto do que eu pensava.

Vejo os moleques correndo de um lado para o outro,com a camisa na cara e atirando em nois.

RR: Catraca !! RR me grita e logo entendo seu recado.

Eu: Entendi.

Me abaixo no meio deles e vou meio que engatinhando até ele.

Olho para o mesmo que assente com a cabeça,pego minha fuzil e começo a atirar sem parar eu abaixada e o RR em pé.

Já tínhamos derrubado uns 15 garotos,e do nada sinto meu braço queimar,eu tinha tomado um tiro de raspão no braço.

Paro de atirar e sento no chão.

RR: Tudo bem ? Ele pergunta sem parar de atirar.

Eu: Sim c-claro. Gaguejo um pouco.

Olho para o lado e vejo um moleque correndo para perto do salão, minhas amigas estão lá não posso deixar ele chegar perto.

Corro atrás dele, quando chego perto começamos a trocar tiros,para mim está meio difícil por conta da dor mais mesmo assim consigo acertar ele na perna e largo a fuzil no chão cansada.

Quando eu ia pensar em relaxar sinto uma mão no meu cabelo, tento pegar a fuzil num movimento rápido mais ele chuta ela para longe.

Ele puxa meu cabelo até eu ficar em pé,e tento lutar com ele mais estou com dor no meu braço e também ele é bem mais forte que eu.

XXX: Tu é alguma coisa pra RR né?–ele dá uma risada com sua pistola na mão e se volta para mim– Já falei para ele não trazer os "fortões" para a briga.

Não consigo ver seu rosto já que a camisa cobre,mas logo reparo que ele tem braços bem musculosos,ele parece não ligar para seu parceiro caído pelo tiro que eu dei.

Ele me arrasta para o meio do tiroteio e do nada se faz um silêncio e todos param de atirar,os traficantes do Turano me olham com um olhar preocupado,vejo Rato que está com um semblante de medo no olhar.

XXX: Então cadê aquele merda do RR ?

RR: Me procurando?

Ele se prontifica na frente dos outros,com sua fuzil na mão e me olhando.

Eu estava em pé,e o cara que estava me segurando me força para ficar de joelhos.

Eu: Me solta! Grito com ele debatendo e dando uma cotovelada na coxa dele.

Ele dá um leve gemido de dor, logo depois põe a pistola na minha cabeça e sussurra.

XXX: Quietinha boneca.

XXX: Então RR como vai ser ? É a tua cabeça pela dela, se tu não se entregar eu meto uma bala na cabeça dela aqui na sua frente.

RR: Pode fazer pow.

Eu fico incrédula com o que o Rian acabou de dizer.

Vejo a arma tremer na mão do cara,meu coração bate descompassado,eu não consigo pensar em nada, será que eu iria morrer naquele lugar ? Nessa vida?

RR: Não consegue né? Além disso olha o teu pessoal vê quem vai perder esse confronto.

XXX: Tisc. Ele solta esse gruninho e me joga em cima de RR.

Eu respiro ofegante e descontroladamente,meu coração bate descompassado e sinto uma raiva imensa de RR e do homem que quase meteu uma bala em mim.

Quando me estabilizo e fico de pé Rato joga minha glock dourada para mim, pegá-la me dá um pouco de conforto.

XXX: Eu vou descer dessa vez só em, fica esperto RR.

Ele diz isso e todos recuam apressadamente, quando percebo que eles já desceram olho para RR com um olhar matador e vejo que esse idiota contém o riso.

Passo por ele e meto uma cotovelada na sua costela.

RR: Qual foi Tenebrosa?

Eu: Como assim "Qual foi ?" Eu podia ter morrido seu idiota.

RR: Ah para,eu tinha tudo sobre controle.

Chego mais perto dele com raiva e puxo a gola da sua camisa,para que ele ficasse do meu tamanho.

Eu: Da próxima vez que tiver tudo sobre controle arrisque a sua vida Valeu ?

Digo isso e saio andando, sinto dor em meu braço, o sangue não está mais quente a dor só aumenta.

Subo na minha moto que estava na frente do baile,mas antes rasgo um pedaço da minha calça que já não estava boa,pelas diversas vezes que me ajoelhei para atirar e amarrei no braço, não queria assustar minha mãe,mando uma mensagem para neguinha e Bia, dizendo que já está tudo bem.

Chego em casa e vou direto para o quarto,dou graças a Deus pela minha mãe não estar na sala e não perguntar sobre nada, já lá em cima vou até o banheiro e analiso o ferimento,bom podia ter sido bem pior, faço um curativo e vou me deitar.

Quando me deito sinto uma raiva imensa de tudo,do Meu primo por ele ter arriscado minha vida sem nenhum sentimento,por eu ter sido idiota de ter jogado tudo fora por ele sinto raiva de tudo mesmo,e assim durmo pensando que eu podia ter sido menos idiota.