capítulo oito: o interior que vai para o exterior.

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Me sinto atraída por expressões. Aquelas fotografias que captam com perfeição o sentimento. A alma que decide transbordar para fora do corpo. O interior que vai para o exterior. Me sinto muito mais fascinada por essas expressões ao vivo: quando o lábio superior de alguém a minha frente decide se destacar do restante do rosto, contudo permite que a beleza se desencadeie com tal simples detalhe peculiar. Aquele dente torto que torna o sorriso mais sincero; o olhar desajustado com um pouco de desconfiança; a orelha um pouco esticada demais; a pinta localizada no queixo, realçando as clavículas que se localizam pouco abaixo; os dedos cheios e longos com curativos por conta do serviço árduo; a pele morena com o olhar intenso; o nariz arrebitado; os lábios finos; os lábios carnudos. Eu gosto de ver a sinceridade reluzir em seu semblante, seu corpo acompanhar seu sentimento efêmero.
Eu gosto de ver você sendo a sua melhor e pior versão ao mesmo tempo: quero ver sua alma, pois nela que eu encontro seu universo.

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