The Last Hope - Destiel

Capítulo 4

Point Of View – Dean

Meu cérebro redefiniu o que era realmente dor. Meu corpo inteiro queimava, facas invisíveis cortavam cada centímetro do meu braço e parecia que Caim me chacoalhava como um brinquedo.

 Não, não era Caim. Era a marca. Ela passava por dentro das minhas veias e, cada vez que se fixava mais em meu antebraço, mais dor eu sentia.

Dor

Dor

Eu não quero sentir essa dor

Dor

Cas

Cas está sentindo essa dor

Eu vou fazer isso

Por ele

Eu preciso...

E então tudo acabou. Eu estava morto. Não sentia mais meu corpo e nenhuma dor. Era como se eu tivesse sido jogado no vazio, condenado a vagar eternamente em direção ao nada. Eu estava ali, mas não sentia coisa alguma. Eu era só um fantoche que agia por ordens de meu pai. Eu era um péssimo irmão para Sam. Eu deixei Sam, John, Bobby, Jo, Charlie, Kevin e tantos outros morrerem por minha causa. Eu era falho, uma decepção... até ele aparecer.

O azul dos seus olhos fez com que meu coração batesse rapidamente.

Seu cheiro fez com que os pelos da minha nuca se arrepiassem.

Ele descia lento e graciosamente enquanto sorria pra mim.

Eu queria agarrar ele lá de cima, dizer que ia ficar tudo bem.

E então ele caiu tão rápido quando apareceu.

Cas estava caído, fraco e abatido. Eu corria até ele, mas a cada passo que eu dava, ele se arrastava pra trás com uma expressão de horror. Minhas mão estavam cheias de sangue e ele começou a gritar meu nome. "Eu estou aqui!" era o que eu queria dizer, mas não conseguia. Corri até ele mas não comandava meus movimentos. Sua expressão de dor e horror quando eu cheguei perto era pior que ter 1000 marcas de Caim pelo corpo.

E então peguei sua espada angelical.

Ele implorava para que eu parasse.

Meu corpo fazia menção de mata-lo ali mesmo.

Minha mente gritava para parar.

Meu corpo continuou.

Assim que a espada entrou em seu peito, o som de sua voz gritando meu nome explodiu em meus ouvidos.

E então eu acordei na casa de Caim, estirado no chão.

Me levantei e estava com a primeira espada na mão. Não me lembro de tê-la pegado de Crowley. Caim estava desmaiado na cadeira com um aspecto horrível, um verme. Crowley levantava-se depressa com um certo medo em seus olhos. Aquela visão de um ser tão inferior me dava vontade de rir. Se eu não precisasse dele mais, com certeza já estaria morto.

- Por que a carinha assustada Crowley? Até parece que viu um demônio.

Meu braço tremia sozinho com a força da marca sobre ele. Eu queria bater muito em Crowley, quebrar todos os ossos de seu corpo. Queria esfaqueá-lo e apenas a ideia disso me dava mais vontade de rir, principalmente quando eu encarava aquele merdinha inútil.

- O show acabou. Me leve de volta.

- Caim está morto?

Olhei para a cadeira e Caim ainda respirava.