1x13 - Seja forte e lute

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–Você nunca me disse. Era minha melhor amiga... como pode? –Dizia Victoria, enquanto seus olhos marejados, deixavam algumas lagrimas escapar, e rolar pelo seu rosto. Estava na casa de Alaric, não chegaram a muito tempo. Rick receoso olhava pelas janelas, tentado notar qualquer aproximação.

–Eu tive meus motivos. –Quais? Grandes o suficientes para mentir? –Não se altere, eu nunca menti. Nunca cheguei e disse: “hey, Vic, sou humana”. –E saber que eu estava preocupada por você está ficando com o galinha da escola.

–Ei... –Sam abaixou-se perto de onde a amiga estava sentada e depositou a mão sobre seu joelho. –Eu agradeço sua amizade, eu realmente era sua amiga, e eu te amo. Mas o fato de você ter acabado de ser perseguida por bruxas assassinas, responde porquê eu não podia te contar. –Victoria se ergue, e saiu da sala, indo para o andar de cima, ou pelo menos até a atrás da parede mais próxima, já que ela estava a ouvir a conversa.

–Não se preocupe. Hora ou outra ela entende. –Diz Candice, na intensão de despreocupar Samantha. –Somos amigas desde que me lembro, ela desenhou um boneco horrível que tem atrás da cômoda no meu quarto. Eu gritava de dor na minha primeira transformação, e ela vinha a todo instante na minha cabeça. Mas ela precisa entender por si mesma.

–Primeira transformação? Como isso funciona? –Questiona Nicolas, encolhido no sofá  ao lado de Ane. –Aos quinze anos, a família do futuro lobo precisa sacrifica-lo, para que ele renasça com os poderes. –Qualquer jovem morto aos quinze anos vira lobo? –Se ele for descendente de algum lobo, sim. –Respondeu Sam, a Ane.

–E vocês, porquê não estão revoltados com o segredo dela? –Pergunta, Candice, mexendo o copo de bebida.

–Não somos... –Não somos muito próximos. –Diz Ane e Nicolas respectivamente.

–Hum, e você bonitão? –Demétrius direciona o olhar para Sam, que o olha no mesmo instante. –Tanto faz. –Responde, Dem.

-Não. –Diz a loba, que logo vai até Dem, e para em sua frente, tentando trazer seu olhar para ela. –Eu te amei... –Jura, Samantha? –Juro. Mas eu não podia ficar com você.

–Por que? –O silencio se fez presente por alguns instantes, parecia que Samantha se renegava a falar. –Minha família nunca aceitou muito bem, não pode se unir a outras espécies. –Rick franziu a testa confuso, mas não interviu na conversa. –Saiba, que eu amei você. Fui inteligente em te fazer me encontrar enquanto transava com aquele garoto, foi intencional. Confesso que quis te reconquistar, meu ego é gigante, e você terminar o feriu... Mas sabia que não o podia te magoar mais. E peço... é... desculpa, por isso.

–Meninos, subam para o segundo andar. –O que foi? –Questionou os garotos, sobre o pedido de Alaric. –No andar de cima não há grandes janelas como aqui, vão estar mais seguros. Samantha, pode subir com eles?

–Olhe para mim; não sou uma garota que foge da luta.

–Candice... –Eu me sacrifico ficando com os garotos, segura, lá em cima. –Obrigado, C. –Diz Alaric, com um sorriso de lado estampado no rosto, pela ironia da amiga. Quando todos os garotos saem de vista (todos subiram para o outro andar), e Candice vai segui-los... –Candice, o Demétrius...  –Sim, é. –Interrompe, ela, respondendo. Alaric volta a olhar a janela, agora vendo quem eram responsáveis pelos barulhos vindos da mata; as bruxas.

–Samantha... –Eu sei. –A loba, mostra suas garras, afirmando está preparada para lutar.

John e os demais, ainda prosseguiam presos na mata. O circulo era muito poderoso, é um calculo básico: dez bruxas executaram, apenas quatros não podem desfazer. Contudo, dois dos bruxos haviam morrido, o feitiço havia ficado mais fraco, talvez o suficiente para que Liv o quebrasse de forma temporária. Pensando nisso, ela falou: –Alguns morreram. –Como sabe disso? –Questionou o policial. –Da para sentir a magica que nos prende menos. –O que está pensando, filha? –Talvez possa abrir uma fenda, grande e por tempo suficiente para que passem. –Mas pra isso, terá que ficar dentro. –Colocou, o enfermeiro. –Sim. –Filha... –Pai, eles vão encontrar a garota. E ai todos estaremos em risco. Vocês podem voltar depois e tentar quebrar o circulo, ou a morte deles o quebre. Vão. –Com um sina, vindo de seu pai, que a apoiava, a garota coloca suas mãos para frente e recita um cântico por alguns segundo, até gritar: –Vão, agora! Após a saída dos três, Liv baixa as mãos e com um movimento com a cabeça dá autorização para irem.

–Vamos ficar para sempre? Eu acho que elas não vão parar de caçar a Samantha. –Calma bonitão. Rick dará um jeito. –Confia tanto assim nele? –Sim. E sei que você também. –Os meninos e Candice, estavam no quarto de Alaric, todos - com exceção da bruxa esponja- estavam sentados. Com um sorriso, Demétrius respondeu: –Ele é um vampiro o bem. –Sem duvidas, ele é.

–Acha que eles vão conseguir o que querem? –Perguntou, Vic, que olhava para uma janela coberta. –Quer dizer matar sua amiga? Bom, se elas estão dispostas a atrair todos os seres para cá. Sem duvidas, elas vão. Mas vamos ser positivos.

John, Bryce e Jonas corria pelas mata á procura do clã. Como bruxos, e os inimigos tendo uma magia tão escura, eles conseguiam rastrear. Samantha e Rick estavam prontos para um possível ataque, pelo lado de dentro, perto da porta de entrada, eles aguardavam uma invasão do clã. E estavam certos, após segundos a porta se abre magicamente, e os bruxos começam a aparecer. Alaric logo é tirado de cena, arremessado na parede. Samantha, não se intimida e começa a lutar com que já estavam dentro da sala. Não demorou para que Rick ergue-se e fizesse o mesmo. Quatro dos oito já estavam mortos –Um morto pelas garras de Samantha, outro a mesma tratou de quebrar o pescoço, já Rick matara dois com mordidas– entretanto Sam já se encontrava sobre domínio deles. Ouvindo os barulhos Candice e os meninos descem. Assustada e vendo um ferimento no amigo, a bruxa, segura na mão de Demétrius, e a outra aponta para o clã, fazendo eles por algum segundos enfraquecerem e Sam se soltasse, mas logo a magia dela também é domada. O punhal é empunhado por um dos bruxos, o mesmo ao perceber a aproximação dos outros bruxos (John, Jonas e Bryce) tranca a porta com um feitiço fraco.

–Victoria, seja forte. Lute. –Diz a amiga, se despedindo. Do lado de fora, os bruxos recitam um feitiço para destravar a porta, mas assim que abrem o punhal é cravado na cabeça de Samantha. Os olhos da garota brilham com um azul intenso, mas logo tornam-se completamente negros e a jovem cai no chão. Repleta de Raiva, Victoria grita. Um grito tão alto, que algo um escudo invisível se forma em sua frente e é arremessado para frente, fazendo os bruxos desaparecerem. Aquilo, o clã, não passava de uma representação ilusória, tão real que conseguira ceifar a vida da loba. Victoria em prantos, é consolada por um Abraço de Ane e Nicolas.

–Pai... –Sussurra, Demétrius encarando seu pai, que logo desvia o olhar. –Vamos para casa, temos muito a conversar. –O que? –Dem... –Interviu, Rick. –Vá. Eu fico com eles.

Depois de passar pela floresta e quebrar o feitiço que prendia Liv, a família Veraux fora para casa. Numa conversa longa e pesada, John e Liv tentam explicar o “segredo de família”; bruxos, vindos da mesma linhagem que habitou aqui durante a guerra, sua mãe também era, que não morrera de Câncer, e sim em uma luta contra aquele clã, que já queria realizar aquele feitiço a muito tempo. Contudo, Dem sofrendo a morte da mãe, nunca foi informado...

Sem direção, Demétrius retorna a casa de Alaric. Na sala, o corpo de Samantha estava coberto com um lençol. E no andar de cima, encontrou os meninos dormindo sendo vigiados por Alaric.

–Ela dormiu... Bom, hipnotizei ela para ir descansar. –E Candice? –Em outro quarto. –Demétrius, apenas fez um balanço positivo com a cabeça, e caminhou até a cômoda do quarto. –Você sabia, não sabia. –Da historia da sua família, não. De você ser um bruxo-esponja, sim. Candice me alertou sobre. –Como lidou com sua transformação? –Quase enlouqueci. –Como não enlouqueceu?

–Eu era imortal, sem família, sem amigos, ser ter para onde ir... –Te invejo. Eu não sei o que fazer. –Tem amigos, tem família, se quiser tem até à mim. Seja forte.

–Eu, eu posso dormir? Não quero voltar pra casa, não hoje. –Claro, o tempo que quiser ficar. –Obrigado.

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