1x9 - "Isso é uma ofensa a mitologia!"

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Alaric e os meninos, caminharam por minutos para longe da delegacia. Apesar do vampiro ter uma incrível habilidade; a super velocidade, os demais não tinham, e sua intenção era de proteger e guiar eles. O cansaço e a falta de informação, fizeram aqueles jovens para a caminhada, no meio da floresta escura –Já que a lua, naquela noite, decidiu não aparecer. De braços cruzados Demétrius parou, em pé, com a feição tristonha, assim como os outros. Nicolas e as meninas, sentaram-se em alguns tijolos.

Naquele lugar havia habitado uma mansão, mas que depois de abandona entrou em ruinas, a prefeitura a tombou, mas parte de seus destroços permaneceram. Não se sabe porque o lugar não foi restaurado como monumento histórico da cidade, mas nunca houve questionamentos. Talvez uma mansão no meio da mata não era bem um lugar turístico afinal.

–Estamos  cansados, e você não falou nada depois de nocautear aquele guarda e corre mais rápido do que nossos olhos podem acompanhar. É estranho o motivo pelo qual ainda estamos o seguindo. –Estão me seguindo porque eu salvei vocês, e continuaram a fazer isso. Estamos perto. –Retrucou o vampiro, de forma rápida, interrompendo a fala de Dem. O mesmo seguiu, dando passos a frente, enquanto os jovens continuavam imóveis.

 –Não vamos o seguir mais. Pelo menos, até nos dá uma resposta que não seja vazia e misteriosa. Isso pode ser legal no crepúsculo, mas não aqui. –Respondeu, Victoria, erguendo-se. Ela se limpou da poeira acumulada em sua calça, um possível efeito colateral por se sentar sobre ruinas.

 –Se querem respostas, tudo bem. –Disse Rick, que parou e virou-se, levando sua atenção a loira. –Estou levando vocês ao local que nos encontramos ontem a noite. Sei que é estranho voltar a onde viram o corpo de seu amigo, mas terão mais respostas a mais do que somente eu possa dar, É preciso ver. –Ver o que? –Questionou Vic. –Se eu pudesse explicar sem mostrar, não estaríamos andando a minutos. Confie no estranho misterioso que salvou vocês. E, loirinha, eu não gosto de crepúsculo. –Nem eu. Então vamos sem manter a linha “eu sou perigoso, bela” e sem mais rodeios. Fui clara?

–Completamente... Bela. –Disse em ironia.

Eles voltaram a andar, ainda repleto de duvidas, contudo dois metros a frente, ainda sobre os escombros eles pararam. –Parece que chegamos! –Falou Alaric, parando em frente a uma grande pedra, com um formato definido. Com a escuridão mal se via meio metro a frente.

–Não foi aqui. Havia uma porta, e uma escada, e. –Eu sei, Bela. Mas é por aqui que começamos. –Respondeu Rick.

–O que uma pedra pode nos dizer? –Perguntou Ane.

–E não me chame de Bela. –Completou, Vic.

–Ah esqueci. Vocês humanos, tão... humanos. –Sorriu. –É brincadeira seus chatos. Isso é um altar. Sim quanta coisa estranha e já vista em filmes, mas veja pelo lado bom... –Fale. –Disse Dem, com voz firme. Uma arqueada nas sobrancelhas, e Alaric prosseguiu. –A morte do Tony, Alicia e Chris não foram acidentes, nem foi culpa de vocês, como já devem saber. Tudo teve um proposito.

– Só não me diga que vampiros maus mataram eles e você é um vampiro do bem?! –Disse Nicolas, enquanto arrumava seu óculo. –Vampiros maus existem, eu sou um bom. Mas não foi um da minha espécie.  Foram as bruxas.

–Ai, serio? –Questionou Ane. –Olha eu gosto de ficção, mas isso já tá indo longe demais. Daqui a pouco nos dirá que nas noites de lua cheia homens se transformam em cachorros peludos.

–Vocês nunca viram um lobisomem? –Perguntou o vampiro com uma expressão de repulsa e duvida.

-Meu Deus! –Disse os garotos, como um coral, virando o rosto. Incrédulos, se achando ridículos. 

–Olha, sei que é difícil abrir a mente, mas se existe uma lenda, todas existem. Não da forma que a maioria dos filme e series mostram, mas somos reais. Pessoas diferentes. Vocês vão se acostumar com tudo isso. –Acho que não. –Respondeu Ane.

–Tá, estamos agindo normal demais. –Falou Nicolas, quebrando o pequeno silêncio que havia se estabelecido. –Em menos de uma semana, perdemos 3 pessoas, fomos presos, descobrimos um universo sobrenatural... é muito louco, muito, muito louco. Mas se vamos ter que encarar isso, então vamos fazer isso. –Ótimo! –Respondeu, Rick. Os demais apenas se olharam e aceitaram com um movimento positivo com a cabeça. –Explique para gente primeiro as diferenças entre o que estamos enfrentados e os contos de fadas. –Completou, o garoto.

– Vampiros bebem sangue humano?  –Demétrius deu a deixa.

– Sim. Podemos nos alimentar normalmente, mas sangue é essencial.

– O que acontece se não beber? –Perguntou Vic. –Bom, definhamos. Todas as nossas habilidades enfraquecem, é como uma virose bem forte que nos deixa de cama. Nossa pele perde o tom, ficando acinzentada, nossos olhos completamente brancos, e se sairmos no sol, bom... churrasco de vampiro.

– Andam no sol? –Desta vez a pergunta veio de Nicolas. –Sim, normalmente. Assim que nos transformamos recebemos uma marca, que surge após voltarmos a vida. Sem sangue nossa pele perde a cor, consequentemente a marca, por isso morremos. –Isso é uma afronta a mitologia. –Respondeu Nicolas. –A mitologia quem nos afronta, meu caro.

– Crucifixos? –Curiosa, pergunta Ane. –Bom, são legais. Mas não nos enfraquecem. Assim como; água benta, prata... –E alho? –Novamente, Ane. –Gostoso, eu prefiro cebola mas... –Responde o vampiro, com certa ironia.

–Estacas? –Dem, questiona. –Isso ai ainda mata, se for no coração, claro.

–O que mais matam vocês? –Pergunta Dem, novamente. –Bom, eu não levarei isso como uma ameaça bonitão. Se arrancar nossas cabeças ou arrancar nosso coração, também morremos.

–Se nada da mitologia básica os enfraquece... O que os enfraquece? –Voltou a pergunta, Nicolas. –Ausência de sangue. –Só? –Só.

–Hipnose? –Dem, pergunta. –É muito legal, né? –Algo nos previne dela? –Nosso sangue, em um adereço abençoado como: colar, pulseira ou anel. –Queremos um desse. –Fala, Demétrius.

–Quanta falta de confiança. –Responde, o vampiro. –Se tudo que nos diz é verdade, e você é do bem, então não vai precisar nos hipnotizar. –Retruca, Dem.

–Ok. Vou lhe da. Quando formos pra minha casa. –Sua casa? –Pergunta, Victoria, assustada. –Bom, vocês agora são oficialmente fugitivos da policia vão dormir em um lugar onde não acharam vocês, só por está noite. Não se preocupem, tenho camas, eu não durmo no teto estando em forma de morcego, mas seria legal voar.

–Podemos fazer outra coisa? –Não me diga que está concordando com isso Dem? –Pergunta, Victoria.

–Teu pai nunca te ensinou a não desconfiar de estranhos não, o menino? –Sim, ensinou Nic, mas melhor dormi com um desconhecido, do que na cadeia. –Demétrius olhou para rick, com uma feição meio prepotente e disse: -Continue a falar das bruxas.

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