1x6 - V de Vadia

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Sabendo da chegada da viatura, os garotos saem correndo do porão até o sheriff. O mesmo estava com mais dois policiais. Equipados com lanternas e armas,. Eles iluminam os rostos  dos jovens, que saiam de um buraco no chão daquela floresta densa, aparentemente assustados. Sem Alaric ali, metade da historia precisaria ficar encoberta, até mesmo, porque ninguém acreditaria naqueles acontecimentos, ou no que significava aquela abominação do porão. Mas em uma coisa eles concordavam; Williams precisava saber o que aconteceu com Tony.

- O que houve aqui? –Pergunta, Sheriff Williams. –Por que estão assustados?
- Precisa ver algo Sheriff. –Responde, Dem.
- Naquele buraco? –Questiona, o Williams.
- É um porão. E sim, naquele “buraco.” –Completa, Nic.
- Tem haver com o Tony. –Responde, Ane.
- Meu filho? –Pergunta, o policial, com lagrimas nos olhos. –O que aconteceu?
- O senhor deveria ver com seus próprios olhos. –Responde, Nic.

O sheriff sai correndo, com a maior rapidez possível para dentro daquele lugar. Ele chegou a pular degraus, para atalhar seu percurso. Ao entrar naquele lugar, ele viu uma tocha acesa, dando uma tonalidade de luz alaranjada por todo o local. Estava vazio, totalmente vazio, não continha sequer uma palha dentro do local, somente a tocha acesa bem no centro. Os garotos, com receio da reação do sheriff, ao ver o cadáver de seu filho, pendurado por cordas e completamente nu, seguem o mesmo até o porão. Eles continuavam a ver aqueles corpos, enquanto Mr. Williams só enxergava a labareda.

- Eu não sei qual tipo de, brincadeira idiota é essa, mas não tem graça. Passar um ocorrência falsa para a policia, ainda mais sobre meu filho, que morreu a dois dias... –Fala, em lagrimas, o policia. –É um crime. E tratando-se da situação, é de uma insensibilidade tremenda.
- Como? O senhor não está vendo o que tem na sua frente? –Questiona, Ane, assustada.
- O que? Uma tocha em um local vazio? Eu não sei o que fazem nessa floresta a noite, nem porque executaram essa brincadeira, mas sugiro que vão embora para suas casas. –Fala, Mr. Williams. –E mais uma coisa. Eu vou investigar o que houve com meu filho, e irei achar um responsável, custe o que custar.

Sem argumentos, e completamente confusos, eles apenas abaixam a cabeça e saem da floresta, escoltados pelos policiais, e são deixados no carro de Vick, que nem tinha carteira ainda - mas acho que as autoridades não sabiam disso. Parados na porta do carro, eles veem a viatura da policia sair. Envergonhados pelo que tinha feito o Mr. Williams passar, eles entram no veiculo desconsolados. As portas se batem em conjuntos, todas as quatro.

- Eu...
- Não nerd, não fala nada. –Completa, Vick. 
- Precisamos falar, Vick. –Fala, Dem.
- Sobre o que? O fato de só a gente ver três corpos nus dentro de um porão? Ou o fato do novato bonitão, ser um vampiro? E quem sabe, a policia local achar que somos mentirosos insensíveis? Não, Dem. Não vamos falar nada, não hoje.

Irritada com tudo o que aconteceu e sem respostas sobre o que aconteceu com seu namorado, Victoria liga o automóvel e sai, em alta velocidade. A garota deixa Ane e Nic no Beverage Alley. Antes mesmo que os garotos possam dar tchau, Vick volta a acelerar o veiculo. Sua ultima parada, foi na casa de Dem. Seria, e com o olhar fixo na estrada, ela para o carro em silencio, dando uma brecha de tempo para que o rapaz pudesse descer.

- Comigo você pode falar. –Fala, Dem, olhando para a jovem.
- Falar o que? –Questiona, a garota.
- Vick, nos conhecemos a quanto tempo? Pode mentir para eles, mas pra mim, não.
- Estou perdida, Dem. Estou cansada, triste e me sentindo horrível. Eu sempre fui apaixonada pelo Chris...
- Desde da quinta serie. –Afirma, Dem, dando um sorrindo sem graça.
- Sim, desde da quinta serie. –Reafirma, a garota, retribuindo o sorriso. –Quando ele pediu para você falar comigo, ano passado, eu nem hesitei. Não me fiz de difícil como aquelas revistas, de garotas, sugerem. Eu só me entreguei. –A garota, se emociona. –É tão duro saber, que nunca mais o beijarei. Eu tenho um buraco no meu coração, no lugar onde ele costumava estar.
- Sinto o mesmo vazio.
- Eu nem tenho culpar. –Completa, a garota, em prantos. –Não tem um culpado, nada faz sentido. E isso tudo? Aquele tal de Alaric, o porão... nada faz sentido. E não ter respostas só aumenta ainda mais o vazio. As pessoas acham que eu sou a garota que namora o popular, para ser popular. Eu namorava o Chris, porque o amava.
- Eu sei Vick, Iremos descobrir o que houve.
- Como? –Questiona, Vick, que traz seu olhar para Dem, fitando-o. –Invocado a bruxa que o matou? Ou pedindo informações a um vampiro.
- Isso não existe.
- Nós vimos, Demétrius. Não precisa ser muito esperta, para saber que o fato de vermos aqueles corpos e outras pessoas não...
- Pode ser apenas trauma nosso. Estamos assustados com tudo o que aconteceu.
- Você acredita nisso? –Pergunta, ela, com a testa franzida. –Amanhã falaremos com Alaric. Por mais louco que isso seja é tudo o que sabemos.
- Se isso te deixa melhor, tudo bem.
- Precisamos de respostas, e se isso tudo for verdade, ele é o único que pode nos dar respostas.

Truoorness: a VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora