6. quarto proibido (part. 1)

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UMA FESTA! Scarlet estava dando uma festa na minha casa!

O time de basquete estava todo lá, assim como todas as líderes de torcida e o pessoal do futebol, e também todas as suas amigas de fora da escola. 

- Phoebe, onde fica aquelas bebidas que seu pai traz das viagens? - Tyler, eu acho que era esse o nome, líder do time de basquete me perguntava pela quinta vez.

- Eu já disse que eu não sei! - Eu falava com ignorância. - Vai tomar uma água, um refrigerante.. - Eu passava pela sala.

Estavam colocando copos na mesinha de descanso que meu pai tinha trago da Tailândia. SEM PORTA-COPOS!

- Existem porta-copos, então usem os porta-copos! - Eu falava com o cara e colocava o copo no lugar. Meus pais iriam me matar!

- Phoebe, Phoebe! - Alexander tentava me alcançar passando por aquele mar de pessoas. - Teddy entrou no quarto proibido e não quer sair.

Eu ia enlouquecer, eu ia enlouquecer, eu ia enlouquecer.

- Tem quanto tempo que ele entrou lá? - Eu gritava tentando vencer aquela música alta.

O "quarto proibido" era um quarto que, desde pequenos, eu e Teddy éramos proibidos até de encostar na porta. Meu pai falava que era uma sala preta, com quadros de moradores antigos do prédio, que iriam nos atormentar se entrássemos lá. O tempo passou, e nós nunca quisemos saber o que tinha lá. Igualmente aos gêmeos.

- Entrou ele e JJ. - Clary falava. Ouvimos o som do elevador e Sophie, filha de Taylor e Avalon, filha da tia Kate e do Tio Elliot, entravam. - Pode ir lá, eu e Alec seguramos a barra aqui pra você. - Ela sussurrava a última parte.

Tentando e quase não conseguindo, passei pela onda de gente até ir para escada e subi para o segundo andar. Eu sempre soube que lá em casa era grande, eu só não sabia que era tão grande a ponto de toda a escola se enfiar nela.

Quando cheguei perto da porta do quarto, pude ver que ela estava entreaberta. Dei duas batidinhas e entrei. Porém, se eu soubesse do que eu estava vendo, eu preferiria não ter entrado.

Theodore estava prensado na parede enquanto JJ o dava chupões pelo pescoço e o mesmo arfava. Eles eram gays?

Quando Theodore me viu, ele se afastou de Joseph bruscamente.

- Meu Deus, Phebs! - Ele tentava arrumar as calças enquanto Joseph ficava roxo de vergonha, e eu ficava estática. Eles eram gays! - A gente deveria ter te contado antes, eu sei. Por favor, não conte pro papai; ele vai me matar se souber dis...

Eu levantava a mão para ele parar de falar. Eu estava em choque, mas sabia as razões deles esconderem isso; famílias difíceis e pais mais difíceis ainda.

- Tudo bem... - Eu respirava fundo algumas vezes. Eles ainda eram irmão e meu melhor amigo, estava tudo bem. - Desde quando isso vem acontecendo?

- Desde o verão passado. - Joseph falava com a cabeça baixa. Desviei minha atenção para a parede atrás dele. Era vermelha, um vermelho que lembrava... sexo. Ok, Phoebe! Se concentra.

- Quando iriam me contar isso?

- Não sabemos... - Theodore tentava tampar os chupões no pescoço. - Nos desculpe Phebs, por favor!

Eles só eram... gays. E de alguma forma, ainda eram os mesmos. Não tinha o porque eu julgar ou, sei lá, me afastar.

Desviei minha atenção novamente para o quarto proibido. A iluminação era pesada, com alguns tipos de "ganchos" no teto.

- Como você conseguiu a chave desse quarto? - Eu me virava para Teddy, que se assustava com a mudança de assunto.

- É... Então... Eu fui testando as chaves até achar. - Ele chegava perto de mim e observava os detalhes.

- É sinistro... - Joseph chegava perto de nós. Alguns segundos de silêncio, resolvi quebrar aquela barreira entre nós. Além do mais que algo me falava para sair daquele quarto o mais rápido possível.

- Eu não vou amar vocês menos. - Eu me virava para eles. - Agora, vamos sair daqui... - Eles abriram sorrisos confortantes e me seguiam para fora do quarto.

Continua...

Phoebe Grey | 50SOG.Onde histórias criam vida. Descubra agora