O Garoto do Ônibus - EM REVISÃO

0.2

Vamos ao segundo garoto? O segundo garoto foi Lucas Wurt. Não se iluda, ele não fez coisas boas.

Lucas, eu realmente me pergunto o que te levou a fazer aquilo. E eu nunca vou saber. Nunca.

Era uma típica manhã, eu ainda estava superando os acontecimentos com o Denis. E você chegou, chegou causando um enorme terremoto dentro de mim, eu fiquei confuso, meus sentimentos ficaram confusos.

Eu não sabia o que fazer no momento, mas você fez o que eu queria você não tivesse feito, você veio falar comigo. E sua voz fez todos os pêlos do meu corpo se levantarem. E eu odiei isso, por quê? Porque eu estava me apaixonando novamente. Me apaixonando por você, Lucas.

Conversas para lá, conversas para cá, até que o dia em que nos beijamos chegou, você tinha gosto de baunilha com chocolate.

Eu realmente acreditei que ficaríamos juntos, de verdade, eu acreditei nisso. Mas o que você fez, foi imperdoável. Inventar boatos sobre mim, Lucas? Sério? Por que fez isso?

Em todo o lugar que eu ia, eu ouvia cochichos, os mais dolorosos cochichos.

"Eu não acredito que ele transou com 4 caras de uma vez."

"Cara, ele é pior que uma prostituta."

"Eu não acredito que fui amigo dele."

Todos se afastaram de mim, Lucas. Todos. Era isso o que você queria? Acabar com a minha reputação no campus? Pois parabéns, você conseguiu.

Eu nunca liguei para os boatos, de verdade. Mas se eu pudesse te desconhecer Lucas, ia ser maravilhoso. Mas isso não foi o pior, Lucas. Você ainda se lembra do que fez?

Não? Pois eu irei te lembrar. Eu fui a pé para casa naquele dia, e você veio de carro até mim, me ofereceu carona, eu recusei, mas você insistiu tanto, que eu acabei aceitando. Mas você não me levou para casa, não é Lucas? Você me levou para a floresta que rodeava a cidade, e lá, você deixou seus amigos me violentarem, e você filmou tudo. E depois simplesmente me largou naquela escuridão. Mas minha alma estava completamente negra, Lucas.

Você espalhou o vídeo para o campus, Lucas. Eu não sabia onde enfiava a cara. Os meses passaram, com o tempo, o assunto do vídeo morreu.

Mas você, meu caro leitor, deve estar se perguntando o porquê de eu não ter ido a polícia. Simples, isso me assombra até hoje, até hoje eu tenho pesadelos.

Depois de vinte anos, fiquei sabendo que você foi preso por ter estuprado uma mulher, e que você foi violentado pelos presidiários. Eu nunca te desejei mal, Lucas, mas ao saber disso, me senti completamente realizado.

Adeus, Lucas. Espero que se divirta sendo a escrava sexual dos presidiários.

**

Críticas bem-vindas.