O Garoto do Ônibus - EM REVISÃO

0.4

Enfim, o quarto e último garoto. Sim, é você Samuel Ficker, dentre todos vocês quatro, acho que você foi o mais legal. Sim, legal. Mas o medo que você tinha, acabou com uma história que podia ter durado para sempre, mas, aqui não é um conto de fadas, aqui é a vida real. Pessoas existem, pessoas sofrem por amor.

Agora imagino, um adolescente de 16 anos, cuja primeira transa obteve resultados de um trauma. Cuja primeira carona que pegará na vida, teve outro trauma. Mas e você, Samuel? O que foi que você fez?

Samuel, eu me lembro claramente da primeira vez que entrei no ônibus e vi você, você está sorrindo. O seu sorriso, nossa, foi o mais bonito que eu já vi, eu não me apaixonei por você, Samuel. Eu me apaixonei pelo seu sorriso.

Também me lembro da primeira vez que você sentou do meu lado, e o seu sorriso, ele estava lá. Mas por que uma coisa que parecia que tinha tudo pra dar certo, acabou de uma hora pra outra? A resposta é simples, Samuel. Foram os seus amigos que acabam com tudo o que nós tínhamos.

Por que você tinha que se importar com o que os outros iam falar? Sua reputação era tão valiosa assim? Sua vida de estudante popular era tão importante assim?

Mas eu me lembro de outra coisa que foi responsável pelo nosso tão breve término, você se lembra? Não? Quer relembrar?

Você e eu tínhamos acabado de sair do cinema, aquela altura, nós já éramos amigos, mas você me beijou. E quem aparece na hora? Os seus amigos.

Você me empurrou, disse coisas horríveis a mim, e no fim, eu levei uma surra dos seus amigos. E você não fez nada, absolutamente nada para me ajudar.

Eu fui para casa todo machucado, e com os pedaços do meu coração na mão, e naquela noite eu chorei, chorei por ter pensado que você seria diferente, por ter sonhando com coisas que não estavam ao meu alcance.

Hoje, depois de tantos anos que se passaram, eu nem me lembro mais do seu rosto, nem dos outros três, mas me lembro perfeitamente de tudo o que vocês me fizeram.

E no fim, eu achei alguém legal, que realmente goste de mim. Hoje eu sou casado e tenho dois maravilhosos filhos.  No fim, eu sempre fui Louis. O garoto do ônibus.

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HOMOFOBIA É CRIME. DENUNCIE.

Críticas bem-vindas.