9 anos depois.
- Eu já te disse, mamãe. A macieira só produziu isso esse ano. - eu explico a minha mãe, que tinha a testa franzida.
- Lolla, não é nem metade do que precisamos para vender! Essa vila cresceu muito de uns 5 anos para cá.
- Eu sei, mamãe. Mas o que podemos fazer? Será que a vila vizinha nos empresta uma carga e ano que vem os recompensamos? - nossos povos eram bem unidos, acho que não haveria problema. Eles também pegavam coisas com a gente.
- Não sei, Lolla. Você não soube? Agora ele estão com uma regra que se você pede, você paga. Só podemos pegar as maçãs se pagarmos.
- Mas não temos dinheiro, mãe! O que faremos?
- Eu não sei... Precisamos de mais frutas.
- Me dê uma cesta, irei tentar vendê-las vila a fora.
Mamãe me entregou uma cesta, onde havia maçãs, pêras e laranjas. Haviam criancinhas na aldeia que costumavam comprar frutas de pessoas que passavam vendendo, e eu cobraria 2 dólares por fruta.
Respiro fundo, logo assumindo a cesta em meu braço direito, e saio dali sem esperança. Era aproximadamente nove da manhã, o povo estava andando com suas carroças e tinha mulheres com grandes baldes pegando água do poço no centro da vila.
Eu sorrio para as pessoas passando, e levanto a mão em aceno à Richard, um idoso que era dono da biblioteca. Decido ir até ele.
- Ei, velho amigo. Aceita uma fruta?
- Oi, minha criança. Eu aceito, o que tem para mim hoje? - ele sorri.
- Tenho maçãs, pêras e laranjas.
- Me vê três maçãs. - sorrio e lhe entrego as frutas. Ele me da 10 dólares. - Pode ficar com o troco, criança.
Sorrio para ele. Richard era conhecido por toda a vila por sua bondade, ele era de longe o mais conhecido, fora o prefeito, o senhor Ricardo, por coincidência filho de Richard. Ricardo não era muito mais velho que eu, por exemplo, eu estava com 24 anos e ele tinha 27. Estava a prefeitura a um ano mais ou menos.
Vou caminhando pela vila e até que consigo vender bem. A senhora Smith comprou todas as minhas laranjas, eu não conhecia outra pessoa que amava tanto laranjas. E no final da manhã, eu me encontrava com aproximados 50 dólares. Estava bom, para uma manhã. Mas não era suficiente.
Sigo caminhando em direção à minha casinha. Noto que havia uma última maçã dentro da cesta, e decido comê-la. Mas meus movimentos parecem terem se perdido quando olho a casa de Cole, que era do lado da minha e agora estava ocupada por novas pessoas.
Como eu sentia sua falta... Depois que ele foi embora, eu senti um vazio tão imenso dentro do meu peito, parecia que havia levado um tiro. Sem meu consentimento, sinto lágrimas no meu rosto.
Levo a mão à face para enxuga-las, e enfim entro em casa. O cheiro de comida de fornalha de minha mãe era espetacular, eu chegava a fechar os olhos para aproveitar aquele cheiro deslumbrante.
Ela sorri a minha presença, e após enxugar as mãos no pano de prato, ela se vira para mim.
- Lolla, soube que hoje terá uma visita de alguém importante da cidade? Parece que o prefeito o contratou para mudanças na vila, e hoje terá uma palestra para o apresentar a cidade.
- Uau, que magnífico. Quem sabe, mamãe, podemos fazer uma torta de maçã para o homem. O que acha? De boas vindas.
- Eu adorei a sua ideia, vamos só almoçar e faremos. Ele vira aproximadamente às quatro da tarde. Teremos tempo.
Sorrio para ela.
..
3:50 PM.
Finalmente minha mãe tirou a torta do forno. Ela estava linda! Com maçãs a enfeitando e um cheiro maravilhoso. E... Torta de maçã era a preferida de Cole. Ah, droga, Lolla, pare de pensar nele!
Afasto esses pensamentos, voltando minha atenção a torta. Durante esse tempo, a vila havia sido ajeitada e tinha homens ajeitando os microfones no mini palco que tínhamos em frente ao poço.
A vila inteira não se falava outra coisa, apesar, quem da cidade grande viria para cá? Éramos tão isolados.
Mamãe havia pedido para ver se eles haviam chegado, pois eu teria que entregar a torta antes de começar a palestra. Decido procurar Richard, certamente ele saberia onde seu filho e o homem da cidade estariam.
Richard estava dentro de sua biblioteca, junto com o filho. Minha chance.
- Ricardo, com licença... - entro com cuidado e logo Ricardo abre um grande sorriso ao me ver. Vamos dizer que... Esse cara tem um fogo enorme por mim. - O executivo da cidade chegou? Minha mãe e eu preparamos algo para sua chegada. - digo, sorrindo. Mas automaticamente o sorriso de Ricardo cessou.
- Ah... Ele chegou sim. Ele está no meu alojamento.
Estranhei a reação de Ricardo, mas resolvi não questionar. Me direciono de volta a minha casa, buscando a torta e indo em direção ao alojamento de Ricardo, que era do outro lado da vila.
Ando o mais rápido que consigo, e depois de alguns minutos chego ao meu destino. A porta estava entre-aberta, resolvo bater e esperar algum tipo de resposta. E logo eu a tenho, um homem com voz grave esbraveja um "entre".
Abro a porta com cuidado, sempre mantendo o melhor dos meus sorrisos em meu rosto, ele estava de costas para mim, ajeitando sua gravata em frente ao espelho. Adentro o cômodo, deixando a torta em cima de uma mesa de centro que ali havia.
- Eu trouxe uma lembrancinha, como boas vindas em nome de toda a vila. - Eu digo, e logo abro um sorriso.
- Obrigado. - e, então, seus olhos se encontram os meus e eu posso encarar a face do homem.
Meus movimentos param. Não sinto meus pés. Meu coração palpita forte. Não acredito quem estou vendo em minha frente.
Ele não estava muito diferente de mim, estava evidente a surpresa no rosto de nós dois.
- C... Cole? - eu digo, com dificuldade.
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Peasant.
FanfictionApós muitos anos de convivência, Cole se vê obrigado a abandonar a aldeia onde morava e sua melhor amiga/namorada, sua família o arrasta para a cidade na intenção de fornecer o melhor futuro para o jovem. Mas Cole jamais a esqueceu, e agora ele est...