Bad Romance.

Uniforme.

Mais um dia começou e eu já estava mais que pronta para o colégio.

Já tinha meu uniforme, chegou na noite passada.

Mal desci do carro, coloquei meus fones e procurei na minha playlist uma música dos Linkin Park, escolhi logo "Castle Of Glass".

Assim que coloquei um pé dentro do colégio, alguém alto esbarrou comigo. Respirei fundo para não ser mal educada, e olhei para cima de cara fechada.
Era o professor que tinha tirado sarro de meu nome, revirei os olhos e ele me disse bom dia, respondi amargamente o mesmo.

Nesse momento Yunie passou com seus headphones, queria muito falar mais com ela mas tinha bastante vergonha.

Deixei isso de lado e continuei andando. Passei o corredor extenso do colégio e fiquei mais uma vez admirando cada pequeno detalhe das paredes e estruturas da escola. Realmente gostava da sua aparência.

Parei em frente a uma pequena multidão que estava de volta de um panfleto.
Quando todos saíram eu fui ver o que era. Meus olhos brilharam assim que terminei de ler o que tinha escrito. Era uma informação sobre uma prova de atletismo com varias categorias distintas.
Sempre fui apaixonada por atletismo, principalmente, na parte de velocidade (mega-sprint), na minha antiga escola participava sempre nas provas.

Quando fui olhar as horas comecei correndo só rezando pra não chegar atrasada no segundo dia de aula.

A sorte foi que cheguei mesmo quando a professora de Matemática estava abrindo a porta.

A aula passou tão devagar que senti todo mundo quase dormindo, principalmente eu.

A Yunie, que sentava na minha frente, estava desenhando, mas eu não conseguia ver direito o que era. Como estava curiosa para saber, acabei me empoleirando demais na cadeira e acabei caindo, fazendo com que todo mundo caísse na gargalhada.

Fiquei com muita vergonha no início mas acabei rindo também.

Yunie perguntou se estava tudo bem comigo. Ainda rindo e com vergonha falei que sim.

Mostrou seu desenho e eu o elogiei, pois era digno de desenhista de anime. Me ofereceu e disse que seria um presente de boas vindas. Dei apenas um sorriso e agradeci, mas por dentro meu cérebro gritava por ela ter falado comigo, ela era ainda mais simpática do que eu pensava.

Passou metade da aula e quando achei que a morte estava me chamando, o tédio foi interrompido pela diretora da escola. Ela comunicou a toda a turma que o resto das aulas do dia seriam dadas pelo Professor de Francês, devido a um imprevisto da professora de Biologia.

Revirei os olhos na hora, enquanto que todas as outras garotas celebravam e comentavam a noticia. O dia não poderia piorar. Teria que aguentar aquele cafajeste quatro horas seguidas, sem ter alguém pra me distrair.

Sentia que estava dentro de um filme policial, só que sem ninguém para ajudar a "prender" o criminoso. Pensei talvez falar com Yunie mas ela estava tão bem desenhando que não quis incomodar. Simplesmente continuei entediada com a aula. 

Finalmente a hora de almoço chegou, fui sentar num dos bancos de mármore sentindo uma leve brisa passando pelos meus cabelos. Estava distraída com a minha musica e observando a natureza que nem dei pela presença de um ser desconhecido.

Fiquei incomodada, pois não conhecia ninguém não teria lógica alguém sentar perto de mim. Era um garoto, já tinha repara nele, pois vi que era conhecido da Yunie. Viu que tinha notado sua presença, sem jeito comentou a música que eu estava escutando. Só aí notei o quão alto estava o som. Sorri meio sem graça para ele, entendi que só uma pessoa que é fã saberia que música era. Linkin Park é uma das minhas bandas favoritas, foi logo o que esse menino mencionou, falou que o seu nome era  John Walker. Yunie passava por ali e sorriu para ele, fiquei intimidada, mas ela veio sentar perto de nos. Passado um tempo, levantamos e apressamos o passo, com tanta conversa nos atrasamos para a aula daquele mesquinho professor de Francês. Chegando na sala, ainda estava tudo esperando o dito professor, afinal parece que quem chegou atrasado foi ele.

Deu uns 5 minutos, ele entrou, pediu desculpas pelo atraso e todas as garotas se derreteram. Deu vontade de perguntar se queriam que chamasse o Ibama, ri ao pensar isso e com a sorte que eu tenho na vida, ele me pediu para compartilhar a piada.

Fechei a cara e não respondi, só olhei para ele com cara de quem não gostou da abordagem, ele sorriu ainda mais quando eu fiquei vermelha, ele estava muito perto da minha secretária, sou imune a toque humano.

Todos começaram rindo, até que Yunie pediu para começar a aula, me salvando daquele constrangimento todo. Agradeci mentalmente a ela, e a mesma entendeu e riu baixinho. John estava do outro lado da sala lendo um mangá escondido no livro de Francês, tentei não ficar curiosa, mas já era tarde demais, Steffanie levantou do seu lugar e foi dar em cima do mesmo.

Virei a cara, não por ciúmes mas por vergonha, o que ele iria pensar de mim? 

Deu a hora do intervalo, fui no banheiro lavar minha cara, Yunie veio comigo, Jonh ficou perto da porta da sala continuando a sua leitura do mangá. Era Tokyo Ghoul, a capa era bonita e fiquei com vontade de ler também, quando o mesmo me contou que também tinha anime, eu pirei.

O resto das 3 horas passaram bem devagar, Steffanie não parava de dar em cima de John e ainda me olhava com desdém.

O professor passou um dever de casa, deixou a gente sair mais cedo, só por isso acho que já gosto dele.

Mentira, continuo a odiá-lo.

Me despedi de Yunie e John, desde esse dia que nós os três nos tornamos bons amigos.

Esperava minha mãe me buscar, no entanto quando tentava colocar meus fones fui empurrada pela 2x no dia.

Comecei a xingar a pessoa de quase todos os nomes, pois meu celular tinha caído no chão mas por sorte não quebrou nada. A pessoa pediu desculpa e falou que não deveria ser tão mal educada,comentou também  que afinal eu falava. Fiquei com raiva e vermelha de tanta vergonha, pedi desculpa por ter sido tão rude, pois era o maldito do professor. Como sempre riu para mim num sorriso malicioso, odiava quando ele fazia isso, me desejou resto de bom dia e foi embora assobiando uma música que eu conhecia..era Linkin Park. Fiquei em choque naquele momento, e minha mãe chegou, finalmente eu iria para casa.