•Henry Bowers•

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Eu sempre soube que o Henry era um pouco intenso e que adorava mexer com todo o mundo.
Mas comigo era diferente, ele era doce, atento e se preocupava muito comigo. Sempre imaginei nós dois nos casando num futuro, com uma casa modesta aqui em Derry. Um pouco idiota para uma menina da minha idade não?. Mas né, pelo menos sonhar não custa nada... nada material. O mal de viver na imaginação, é que quando você acorda pra realidade, é como se tivesse levado uma porrada na cara. Tenho certeza que vocês se perguntam: porque que eu estou dizendo isso? Simples. A vida acabou de me dar uma porrada, e uma bem caprichada.

Eu quis fazer uma supresa para o Henry, então eu fiz uns sanduíches para levar ao parque e comemorar o começo das férias. Ao chegar na casa dele, não me surpreendia o fato de que seus amigos estivessem ali, porque eles praticamente moravam ali. Mas eu fiquei incomodada quando vi uma silhueta feminina com eles. Talvez seja uma amiga dos meninos, pensei.

Mas não, não era.

E é daí que vem a minha porrada, quando eu vi como a menina colocava os braços ao redor do pescoço de Henry e o beijava. O que mais doeu não foi ver como ela o beijava, e sim ver que ele não a afastava. Meus olhos estavam ardendo, e não demorei muito para chorar. Soltei a pequena cesta com os lanches e utensílios e corri o mais rápido que consegui para minha casa.

Os dias passaram, e o Henry em nenhum momento apareceu na minha casa para dar satisfação. Diferente dos meus amigos que passeavam por aí para aproveitar o verão, e eu só ficava em casa e devorava um livro atrás do outro. Em uma tarde, Alan, um bom amigo meu, veio me buscar em casa. Disse que eu tinha que sair e aproveitar o verão e que "Um idiota com o Henry não tinha que arruinar minha vida".
Decidi que ele tinha razão, que eu estava me afogando em um copo de água sozinha. Então eu me arrumei e saí com os meus amigos para dar uma volta.
Tudo ocorria com a mais tranquilidade do mundo, Alan e mais dois amigos foram mais que o suficiente para me fazerem rir de novo. Passamos o dia na casa do Alan, escutando música, dançando no quintal.
No fim do dia, Alan se ofereceu para me acompanhar até em casa. Andávamos rindo de uma piada sem graça que ele tinha contado, até que alguém bate nele pelas costas.

-Saí de perto da minha namorada, seu idiota!! -Gritou Henry partindo para cima do Alan.

-Para Henry! Saí de perto da gente! - Gritei fazendo um grande esforço para separar ele e o Alan -Você está bem?- Alan assentiu com um pouco de sangue escorrendo pela sua testa-. Qual é a porra do seu problema?!- Olhei para o Henry brava.

-Isso eu te pergunto, o que você tava fazendo com esse imbecil?- Henry tentou chegar perto de Alan mas eu me meti na frente.

-Ele é o meu amigo. E quero que você saiba que esse "imbecil" não enganou a namorada beijando uma... qualquer.- Minha voz começava a sair entrecortada.

Henry abriu os olhos surpreendido.

-Você me...?

-"Viu"? Claro que sim idiota. Fui na sua casa no último dia de aula... e te vi com ela. Vi como ela te beijava, e como você estava gostando. Por acaso eu fiz alguma coisa de errado? Eu falhei de algum modo? - E outra vez as lágrimas encharcavam o meu rosto.

-(sn), eu...- Henry tento se aproximar. Neguei repetidamente enquanto secava minhas lágrimas.

-Tchau, Henry.-

Segurei o braço do Alan, que estava me grogue, e lentamente nos afastamos dali.

Durante o resto da semana ,eu não vi Henry. Mas pelo que parece, ninguém o viu também.
Na Quarta-feira à tarde, enquanto eu regava as flores do quintal da frente, Victor apareceu correndo e empapado de suor.

-(s/n)! Você tem que me ajudar.- o Loiro disse ofegante, parecendo que tinha corrido uma maratona. - O Henry...-

-Eu não quero mais nada dele, Victor. Diz para ele me deixar em paz.- eu disse e ele negou.

-Você não está entendendo, Henry está mal. Ele esta agindo estranho e dizendo coisas sem sentido e depois... ele se trancou em casa com a navalha do pai dele. Estou com medo de que ele faça alguma merda.

Eu nunca havia visto Victor tão assustado, então eu deixei meu orgulho de lado, e decidi ir até lá.

-Eu vou com você.- Victor disse mas eu neguei.

-Você está exausto, é melhor você ir descansar. A Nancy está em casa, entra e pede um pouco de água tabom?

-Mas pode ser perigoso, deixa eu te acompanhar.-

-Ele não vai me machucar, Vic. Descanse.- Apoiei minha mão em seu ombro e sorri.

Peguei minha bicicleta e pedalei o mais rápido que as minhas pernas conseguia, demorando apenas alguns segundos para chegar até sua casa. Me surpreendi um balão vermelho amarrado na caixa de correio dos Bowers, mas não dei muita importância. Larguei minha bicicleta e corri até a porta, batendo nela várias vezes.

-Vai embora Victor! Não tenta me impedir! Eu vou fazer de qualquer jeito!- Disse Henry de um jeito estranho.

-Henry... sou eu, abre por favor.- eu disse grudando meu ouvido na porta.

-(sn), você tem que ir embora. Eu não quero te machucar.-

-Eu sei que você não me machucaria, por favor abre a porta. Eu não vou sair daqui até você abrir.-

Ainda com o ouvido na porta, escutei passos se aproximando, então eu me distanciei um pouco. Henry apareceu com o rosto vermelho e os olhos chorosos.

-Vai embora, não é para você estar aqui.- ele disse desviando o olhar

-Eu não vou embora.- olhei a navalha em suas mãos.- O que é que você vai fazer com isso?.- eu perguntei mas ele não me respondeu.- Henry.- Eu disse segurando seu rosto e o obrigando a me olhar.- Não sei o que está acontecendo , mas... estou aqui para você.- Eu disse e dessa vez ele me olhou.

- Mas eu te traí...não mereço outra oportunidade.-

-Sou eu quem decido isso, Henry. Agora me escuta, eu só posso te ajudar se você me permitir, ok?- eu disse e ele me encarou.

Como se tivesse medo de que eu me afastasse, Henry se aproximou lentamente, soltando a navalha. Botei minha mãos em seu rosto novamente, ele colocou as dele no meu quadril e me abraçou firme, apoiando sua cabeça em meu ombro.

-Te amo (sn). Te amo muito. Desculpa por tudo o que aconteceu, eu... prometo que vou mudar.-Ele disse eu devolvi o abraço.

-Eu também te amo, Henry.- eu sussurrei em seu ouvido.

Talvez ele não fosse o menino perfeito, talvez ele fosse um pouco... complicado. Mas eu o amava e sempre estaria ao seu lado quando ele precisasse.




















Mais um capitulo eeeee
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-A

One Shots e outras coisas de It (TRADUZIDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora