Thirty three Π Real Life

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Mari

Chegamos a casa de minha madrinha e uau, a casa dela era maravilhosamente linda, e ainda dava para ver a metade da torre. Era uma casa de dois andares, com uma sala, uma cozinha, uma sala de jantar, um quarto e um banheiro no andar de baixo. Três quartos e dois banheiros, e, por último, um sótão no andar de cima.

- Meu povo, vem cá - chamou minha madrinha. - A divisão de quartos fica com vocês, se resolvam e me avisem.

Ela disse e foi até a cozinha. Me sentei no sofá porque não sou obrigada a ficar em pé.

- Eu vou dormir com a Isa - disse Tini e eu revirei os olhos.

Já sabia o que viria depois, a Clary e o Wes, sobrando eu e Vinni.

- Ah, deixa eu adivinhar... O casal putaria vai dormi junto? - disse eu.

Minha irmã revirou os olhos me mostrando o dedo do meio.

- A gente não é um casal putaria, Mari. E o que tem de errado? Somos namorados! - disse Clary e eu apenas revirei os olhos.

O problema é que dormiria com o Vinni, e eu não quero! Tudo bem que não vai ser a primeira vez, mas eu não quero. Ou quero. Ou não. Ah, foda-se!

Levei as malas para o quarto do andar de baixo, um dos quartos de cima era da minha madrinha e meus queridos amigos ficaram com os outros. Vinni veio logo atrás com sua mala.

O quarto era muito bonito, arrumadinho. Tinha uma cama de casal (ai, meu deus), um criado mudo, um guarda-roupa e uma televisão que estava na parede.

Tirei meu casaco e coloquei na beirada da cama, me jogando nela em seguida. Eu estava morta.

- Olhando assim nem parece que dormiu o vôo inteiro - disse Vinni se deitando ao meu lado.

- Eu to com sono e cansada. Poltrona de avião cansa - disse com uma vozinha de preguiça.

Ele deu uma gargalhada. Desgramado, rindo do cansaço das pessoas.

- Dorme não, Mari - disse ele e eu bufei. - A gente tem que dar um rolê por Paris!

Olhei para ele com a cara mais fofa que eu consegui e disse:

- Por que a gente não fica deitado aqui na cama, fecha os olhinhos e se deixa levar pelo sono?

- Quase que você me convenceu, dona Mari - ele disse e eu rolei os olhos. - Vamos na rua, vamos ver a torre, o Louvre e comer, claro!

- Cara, você tem noção de que são cinco horas da manhã? - ele negou com a cabeça. - E se não tivesse fuso horário seriam duas da madrugada? - ele negoi de novo. - Então aguieta o fogo no cú e vem dormir, ou me deixa dormir!

Juro que não me alterei em nenhum momento, risos.

- Tá, chatinha - ele disse. - Deita direito.

Me deitei na cama e ele ao meu lado, em questões de minutos já estava dormindo.

~***~

- Casaaaaal - escutei alguém gritar e bater na porta. - Vou entrar, não estejem pelados!

Senti um peso sobre mim e vi que Vinícios estava com o braço em cima de mim, ele e sua mania de me abraçar.

Minha madrinha logo entrou no quarto sorridente.

- Bonjour, meus amores! - disse Rose. - Levantem, se arrumem que vamos passear!

Fiz que sim com a cabeça e ela saiu do quarto, Vinni ainda dormia.

- Vinni, acorda aí vai - disse o empurrando de leve. Esse menino tem um sono de pedra. - Vinícios, levanta desgraça!

Em menos de um segundo ele já estava no chão, talvez, só talvez, eu possa ter empurrado ele.

- Mas que ca... Mari! - ele disse se levantando.

Eu comecei a rir da cara dele. Eu gargalhava, ver as pessoas caírem é tão bom.

- Sorry, você não queria acordar - me defendi.

- E você acha que jogar alguém no chão é legal? - assenti. - Preferia você quando era toda fofinha.

- Eu não era fofa, eu só tinha vergonha de ficar perto de você e deixar escapar que eu gosto de você - disse. - Mas como agora você sabe eu não preciso ficar com vergonha, ou com medo de dizer algo.

- Aham, mas então, eu tive um sonho, né - ele disse se sentando na cama ao meu lado. - Aí você tava nele, e foi muito foda.

- Óbvio que foi, eu tava lá - digo convencida.

- Aham - ele revira os olhos. - Enfim, aí eu tinha perguntado para você se você queria ser minha amiga colorida, aí você disse que sim, aí a gente se beijou - ele disse e eu olhei para ele tipo: what the fuck?

- É o que? - disse.

Eu entendi mais ou menos. Eu só queria saber o motivo desse sonho, e o porquê dele estar me contando.

- Enfim, eu sonhei que a gente virava amigo colorido, amigos que se pegam sabe?! - assenti. - Só que eu acabei de ter a ideia: O que acha de ser minha amiga colorida?

Carregando. Carregando. Carregando. 89%... 98%...

- Como é que é? Menino, não brinca comigo! - disse pondo a mão no coração.

- Tô falando sério!

Pensei por um momento, isso ia ser maravilhosos, tirando a parte de que além de me pegar, ele também pegaria metade do Rio de Janeiro, e 10% de Paris nessa semana.

- Okay - disse.

Quem vai sair chorando no final disso tudo? Será que vai ser eu? Claro que vai ser eu, sempre sou eu, mais pelo menos eu vou beijar ele muito antes de quebrar a cara, o coração, a alma e tudo mais.

Ele me olhou com uma cara maliociosa e veio se aproximando. Logo a boca dele estava colada com a minha, ele logo pediu passagem e eu dei.

Se isso for um sonho, não me acordem. Eu devo tá no paraíso, puta que pariu. Imagina beijar essa boca sempre que eu quiser.

Os beijos dele da minha boca já desceu para meu pescoço. Arfei inclinando o pescoço para trás. Isso era muito bom, meu Deus.

Só que como as pessoas me amam muito, alguém veio entrando dentro do quarto.

- Epaaaa, o negócio tá bom aqui, ein?! - disse Isabela.

Eu nunca odiei tanto essa menina como estou odiando agora.

- Isabela, vaza! - disse ele. E ela começou a rir.

- Isabela, se você não sair daqui agora eu juro que te jogo dentro do Rio Sena! - ameacei e ela saiu do quarto.

Vinni começou a rir, e eu logo comecei também.

- Você ameaçou a Isa tão sério que eu achei que era verdade, meu Deus! - ele disse, fazendo eu rir mais.

- E quem disse que não é verdade? - disse e ele me olhou assustado e começou a rir.

messages - terminada. Onde histórias criam vida. Descubra agora