Confiante e Vulnerável

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— Alex, docinho! O que aconteceu?! — a mãe de Alexander perguntou, desesperada, talvez porque seu filho havia acabado de trazer um garoto com um terrível corte no rosto e roupas ensanguentadas para casa.

— Uh... Mãe, esse é o Coral. Coral, essa é minha mãe, Marina.

Alexander sabia que aquele não era o melhor momento para a apresentação, e aparentemente Coral não era exatamente o tipo de pessoa que se dava bem com adultos. Ele desencostou-se do ombro do maior só um pouquinho, timidamente murmurando:

— Prazer em...

— Ah, não fale! Seu rosto... — Ela lançou-lhe um olhar de pura preocupação, e logo depois o direcionou para seu filho. — Traga ele para dentro, Alex. Vou buscar uns curativos.

A mãe de Alexander fez questão de cuidar do ferimento do menor, e depois deu um longo sermão nos dois garotos, citando a porcentagem de mortes por brigas entre adolescentes e mais um monte de informações desnecessárias, mesmo após Alex ter lhe dito que aquilo não foi culpa de nenhum dos dois. Ela também estava preparando o jantar, mas Coral disse que não estava muito bem para comer e Alex podia entender o porquê. De qualquer forma, sua mãe obrigou o menor a ao menos aceitar um banho quente enquanto ela avisava seus pais do motivo de sua demora. Alexander também acabou por oferecê-lo algumas de suas roupas, afinal, ele não poderia ir para casa totalmente ensanguentado, pelo menos não aos olhos da mãe do moreno.

Quando Coral saiu do banheiro, Alexander Celeste tinha mil e um motivos para não conseguir tirar seus olhos dele.

O mais novo usava uma de suas camisetas brancas, que parecia grande demais nele, mas ao mesmo tempo deixava Alex se sentindo um pouco possessivo, ainda mais ao ver a forma que a gola da blusa era larga o suficiente para mostrar uma boa porção da sua pele pálida e um dos ombros marcados por sardas. Ele aparentemente não vestiu calças, provavelmente porque não encontrou nenhuma que servisse, e Alexander realmente estava se esforçando para não prestar atenção na boxer vermelha que ele usava.

— Alexy?

— A-Ah — ele gaguejou, com grande probabilidade de estar parecendo um idiota, e corou automaticamente. — Minha mãe disse que você pode passar a noite aqui se quiser.

— Eu... não deveria. Meu pai não vai gostar — disse, falando a última frase como se estivesse com nojo de pronunciar aquelas palavras, e Alexander assumiu que fosse por causa de sua relação complicada com Louis.

— Ela disse que já ligou para sua casa e avisou seus pais.

O rosto do menor empalideceu rapidamente. Ele havia dado o número de Rose para a mãe de Alex, apenas para que pudesse notificá-la de que demoraria para chegar em casa, mas era de se entender que Coral tivesse um pouco de medo de que seu pai descobrisse que estava na casa de um garoto.

— Não se preocupa, sua mãe disse que não há problema. Q-Quer dizer, não vou te forçar a passar a noite se não quiser, mas-

— Eu quero! — falou, apressado, mas abaixou o tom de voz assim que percebeu. — Bem... eu... estou cansado, então...

— Vem, eu tenho um colchão extra. Você pode dormir na cama, se quiser — chamou, dirigindo-se ao quarto, mas Coral parou no meio do caminho. Quando o moreno se virou para ver o que estava acontecendo, percebeu que uma garotinha de cabelos encaracolados puxava levemente a blusa que Coral vestia, observando-o com uma expressão curiosa. Ela estava com uma camisola da cor dos cabelos do garoto, e parecia estar se perguntando se ele saiu de algum filme de princesas ou algo do tipo.

— Oi!

— Ah, um... Oi — o menor murmurou, sem saber direito o que fazer, e Alex soltou uma risada baixa.

Be my bad boy ღ {romance gay}Onde histórias criam vida. Descubra agora