O Dia 06

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Amanheceu na pequena cidade, as ruas ainda estavam bagunçadas por conta da festa.
O céu estava nublado e o clima em um extremo frio. Era muito incomum, pois estávamos no verão.
Começou a nevar na cidade, ventos fortes acoitavão cidade a dentro. Não tinha casacos ou fogo que conseguisse amenizar a dor daquele vento forte batendo em nossos corpos.
O assunto do dia era sobre a noite passada, crianças, jovens, adultos e idosos não paravam de comentar e opinar sobre o que estava de fato acontecendo, e por que estava acontecendo justo ali, e naquele momento de festividade.
Ao meio dia, as cosias começaram a ficar realmente estranhas. Ouvia-se gritos de todos os lados, mas não havia ninguém. Era gritos ao vento. Só ouvíamos, não víamos.
As crianças da cidade permaneciam em casa por medo, medo do caos que vinha a acontecer brevemente.
No fim da tarde todos estavam em suas casas e não se via uma pessoa se quer andando pelas ruas, nem mesmos os gatos e cachorros da vizinhança ousavam sair da casa de seus donos. Tudo estava quieto e silencioso, um silêncio perturbador.
Anoiteceu, e as coisas começaram a ficar tensas. Ouvimos barulhos de toda parte, mas agora era diferente, era sons de pessoas sendo mortas, gritos e pedidos de socorro, gritos nos quais sentíamos angústia.
Amanheceu e as pessoas saíram pelas ruas para vê o que tinha acontecido, o que víamos erra aterrorizante.
As ruas da cidade estavam cheias de rastros de sangue que seguia em sentido a floresta.
Na entrada da floresta, via-se um par de tênis de criança e uma boneca cheia de sangue.
-Meu filhooooooooooo, isso é do meu filhooooooooooo
- Maria, que filho ?
-Meus filhooooos, meus filhooooos.
Ela gritava sem parar, em prantos continuava a chamar pelos filhos dela.
Seu marido Jorge apareceu e segurou ela com força.
- Jorge, do que ela está falando ? - Perguntou Abroel.
- Nossos filhos
Ele disse em tom de choro.
- Mas isso não é possível, essas coisas são deles. Mas não é possível... Isso não é possível.
- O que não é possível - eu tive que pergunta.
- Eles morreram a 10 anos em um acidente na cachoeira.
Eu fiquei sem entender o que estava acontecendo, todos nós ficamos sem entender o que estava realmente acontecendo naquela cidade, e porque a nossa cidade. Será que era somente aqui ? Será que isso era uma praga e tínhamos ficado todos loucos ?
O tempo passava e as respostas eram cada vez mais uma coisa distante. Só restava esperar e tentar pedi ajuda a qualquer pessoa. Precisamos de ajuda e naquele momento, isso parecia um conto de fadas de mal gosto.

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