Uma briga entre garotas

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THOMAS

Uma semana se passou, e tudo parece está em seu devido lugar, como sempre esteve, exceto por mim. Não sei o que de fato está acontecendo. Não sei responder a mim mesmo sobre as coisas que estão começando a ficarem bagunçadas dentro do meu ser.

Procuro sempre estar de olho em Isabele. Não sei se é pelo fato de está com medo de algo acontecer a ela ou dela fazer algo pra mim. Sempre procuro seu olhar, se está sobre mim, já que pra isso tenho duas perguntas e respostas ao mesmo tempo.

Ou a quero por perto pra proteger de algo. Ou proteger de mim mesmo.

Bufo com meus próprios pensamentos. Vou ficar maluco de tanto dar atenção a eles assim.

- Falando sozinho ? - Me virei para trás, para ver quem foi o infeliz que me deu susto logo às oito da manhã.

- Vai assustar outro, Bernardo - Reviro os olhos, e continuo juntando os matos em que capinei no dia anterior. - Fala o que você quer.

- Vim te ajudar, oras. Não vai fazer isso tudo sozinho. - Disse como se fosse muito obvio.

- Hum - Me viro e continuo o que estava fazendo. - Pergunta logo, o que você quer perguntar.

- Oras. Não quero perguntar nada - Parei e me virei pra ele novamente. - De onde tirou isso ?

- Da sua cara de cachorro perdido. Te conheço, e sei quando quer perguntar algo. - Continuei juntando o mato. - Fala praga.

- Tá nervoso ? - Respiro fundo - Oh o coração. Mas já que quero perguntar e você me permitiu isso, mesmo não tento que permitir nada. Vou perguntar. - Ele faz uma pausa - Você está bem amigo da ruivinha lá. Então, queria saber uma coisa sobre ela.

Senti meu sangue ferver na mesma hora em que ele tocou no assunto. Isabele. Trinquei meus dentes e o encarei de cara fechada.

- O que quer saber dela ? - Ele deu um passo a trás e levantou as mãos - Fala logo, tralha.

- Ei - Riu nervoso - Calma o coração. Só quero saber se ela tem namorado.

- E o que te faz querer saber se ela tem namorado ou não ?

- Não sei se você sabe, eu sou solteiro. E ela não me aparenta estar presa a ninguém se não, ela não iria vir morar aqui com os avós, e... - O corto.

- Você não toma jeito, não é mesmo ?

- Calma meu jovem. Está nervoso por quê ? - Ele abre a boca e logo um sorriso - Entendi já. Está nervoso assim, por causa que já está apaixonado na ruivinha.

- Cale a boca. - Ordenei - Não estou apaixonado e nem vou estar. Não fale coisa que não sabe, ou vou fazer você acabar com todo esse mato que capinei, engolindo.

Como se não houvesse o amanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora